Fanfics Brasil - 048 Amanhecer contigo [Adaptada AyA] (Finalizada)

Fanfic: Amanhecer contigo [Adaptada AyA] (Finalizada) | Tema: Rebelde


Capítulo: 048

40 visualizações Denunciar


 


Sentia o ferro de seus braços envolvendo-a, sentia a segurança de sua fortaleza; era justo que se apoiasse nela. Girou a cabeça para ele, inalou e saboreou com a língua o cheiro embriagador de seu corpo. Cheirava a homem, a suor, um cheiro limpo e herbal que esquivava-se quando tentava apoderar-se dele. Alfonso  possuía o cheiro almiscarado do sexo, lembrança de uma noite incrível. Com um lento e suave suspiro, dormiu, seus sentidos satisfeitos por ele.

Quando acordou estava sozinha na cama e deduziu pela luz que inundava o quarto que a manhã quase havia acabado. Não teve a sorte de esquecer, nem sequer por um instante, os acontecimentos dessa noite.

Dirigiu os olhos para a galeria, mas a cadeira de rodas não estava, e se perguntou como Alfonso  teria saído da cama e teria levado a cadeira sem acordá-la. Normalmente tinha o sono muito leve, acordava ao menor ruído. Mas estava tão cansada... Continuava estando, sentia o corpo pesado e entorpecido, e os reflexos intumescidos.


 


Ao sair da cama sentiu uma estranha dor e fez uma careta. Como podia ter cometido a estupidez de deixar que Alfonso  lhe fizesse amor?

Estava tentando passar aqueles últimos dias com ele sofrendo o menos possível, e no final havia acabado complicando as coisas inexoravelmente. Não deveria ter tentado suscitar seu desejo; não sabia como tratar aos homens, nem como se comportar se chegava o caso.

Ele havia dito «Te necessito» e ela havia se derretido. Como um autêntico fantoche, disse desdenhosamente.

Alfonso  devia de ter imagino a uma milha de distância. E logo, para satisfazê-lo, havia lhe contado sobre Scott Derrick.

Se retorceu por dentro, avergonhada.
Havia conseguido dominar-se durante anos, evitando naufragar no turvo passado. Se não se sentia a gosto com os homens, o que tinha demais?

Muitas mulheres viviam perfeitamente sem eles. Quando pensava em como havia se aferrado a ele, em como havia chorado e gemido, sentia tanta vergonha que tinha vontade de morrer. Seu caráter solitário odiava a idéia de se expor demasiado ante os demais, inclusive ante o homem que durante tanto tempo havia ocupado seus dias e noites.

A força de vontade tinha muito que dizer por si só; serenou seus nervos e lhe deu o valor necessário para dar de ombros e se meter na ducha como se fosse uma manhã qualquer.

Se vestiu como todos os dias e foi direto à academia, aonde sabia que encontraria a Alfonso . Não tinha sentido adiar seu encontro porque o tempo não o tornaria mais fácil. O melhor era dar as caras e acabar de uma vez.

Quando abriu a porta, ele olhou-a mas não disse nada. Estava deitado de barriga para baixo, levantando pesos com as pernas e contando. Parecia concentrado nas exigências que fazia a seu corpo. Levantava alternativamente as pernas com um ritmo lento, mas constante.


 


- Há quanto tempo você está fazendo isso? - perguntou Anahí muito séria, esquecendo seu mal-estar à medida que aflorava seu interesse profissional.
- Meia... hora - respondeu ele com esforço.
- Já é o suficiente. Deixe isso já - ordenou-lhe - Você está exagerando. Não me estranha que te dêem cãibras. O que você pretende? Castigar suas pernas pelos anos que não funcionaram?

Ele se relaxou com um grunhido.

- Tento deixar o andador - respondeu irritado - Quero andar sozinho, sem me apoiar em nada.
- Se te distende algum músculo vai precisar apoio muito mais tempo do que o necessário - replicou-lhe Anahí - Tenho visto você se esforçar muito mais do que é aconselhável, mas isso acabou. Sou fisioterapeuta, não espectadora. Se você não vai seguir minhas instruções, não tem sentido que eu continue aqui.

Ele girou a cabeça bruscamente e seus olhos se escureceram até adquirir uma cor tormentosa.

- Está insinuando que vai me deixar?
- Isso depende de você - repôs ela com severidade - Se fizer o que eu digo e seguir o programa de ¬treinamento, ficarei. Se vai ignorar tudo o que eu digo e fazer o que quiser, é absurdo que eu perca o tempo aqui.

Alfonso  ficou muito corado, e Anahí se deu conta de que continuava sem se acostumar a dar seu braço a torcer.

Por um momento pensou que ia dizer a ela que fizesse as malas, e se preparou para ouvir as palavras que poriam fim à sua vida com ele.

Logo Alfonso  apertou a mandíbula e espetou:

- Está bem, você é quem manda. Dá pra saber o que você tem hoje? Está mais suscetível que uma cobra cascavel.


 


Um alívio absurdo embargou Anahí, tanto pelo adiamento de seu exílio como pela naturalidade com que ele parecia falar. Podia enfrentar aquilo; mas não cabia dúvida alguma que não teria podido encarar a situação se ele tivesse feito alguma referência à intimidade que haviam compartilhado à noite anterior, se tivesse tentado beijá-la ou se comportar como um amante.

Estava tão decidida a recuperar sua relação terapeuta-paciente que durante todo o dia resistiu à suas provocações e à seus esforços para fazer brincadeiras, ficando de cara feia diante de seus olhos risonhos.

Quando acabaram os exercícios, estavam se pegando como cães de briga. Anahí, que não havia comido nada o dia todo, tinha tanta fome que quase se sentia doente, o qual só contribuía para aumentar seu mal humor.

Seu corpo começava a se rebelar contra sua negligência quando por fim chegou a hora do jantar. Desceu as escadas com as pernas trêmulas. A cabeça dava voltas, sentia náuseas e teve que se agarrar ao corrimão.

Estava tão concentrada na tarefa de descer as escadas que não ouviu Alfonso  atrás dela nem sentiu seu olhar esverdeado cravada em suas costas.

Chegou à sala de jantar e se derrubou na cadeira, aliviada por não ter caído. Depois de um momento, Alfonso  passou a seu lado e entrou na cozinha; Anahí se sentia tão mal que não lhe deu importância, apesar de que era a primeira vez que o via entrar na cozinha desde que vivia ali.

Alberta saiu ao instante com um prato fumegante de sopa que colocou diante dela.

- Coma - ordenou-lhe com voz de poucos amigos.

Anahí começou a comer lentamente. Não se fiava de seu estômago revolto.
À medida que comia, sem embargo, assentou o estômago e foi se sentindo melhor; quando acabou a sopa, o tremor de sua mão havia desaparecido e ela já não estava tão mareada.

Levantou a vista e viu Alfonso  sentado em frente à ela, observando-a comer em silêncio. Uma onda de rubor cobriu sua cara, e deixou a colher, avergonhada por ter começado a comer sem ele.


 


- Boneca - disse ele com firmeza - você dá à palavra «teimosia» uma nova dimensão.

Ela baixou os olhos e não respondeu; não estava segura se ele se referia ao quão faminta estava ou à outra coisa. Temia que fosse outra coisa, e não se sentia com forças para falar com calma do sucedido entre eles.

Se esforçou para conceder-lhe uma trégua, ainda que fosse sem baixar a guarda. Não podia rir com ele; tinha os nervos e as emoções à flor de pele. Mas sorria e falava, e geralmente evitava olhá-lo nos olhos. Desse modo conseguiu passar o tempo até que chegou a hora de ir para cama e pôde se retirar.

Estava já deitada, olhando o teto, quando o ouviu chamá-la.
Era uma repetição da noite anterior e ficou paralisada enquanto uma película de suor cobria seu corpo. Não podia entrar em seu quarto depois do ocorrido na última vez. Alfonso  não podia ter cãibras nas pernas porque tinha ouvido ele subir fazia menos de cinco minutos. Nem sequer havia se deitado ainda.

Ficou ali tombada, dizendo-se com veemência que não deveria entrar. Logo ele tornou a chamá-la e seus muitos anos de formação se rebelaram contra ela.

Alfonso  era seu paciente, e a estava chamando. Podia dar uma olhadinha e assegurar-se de que estava bem, e ir embora se não estivesse acontecendo nada.

Saiu da cama a contragosto, recolheu o roupão e o atou com força.
Não voltaria a entrar no quarto dele só de camisola. A lembrança das mãos de Alfonso sobre seus seios alterou o ritmo de sua respiração, e uma estranha comichão se apoderou da carne que ele havia acariciado.



 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a):

Este autor(a) escreve mais 25 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

  Quando abriu a porta se surpreendeu em ver que já estava na cama. - O que você queria? - perguntou com frieza, sem se afastar da porta. Alfonso  suspirou, se sentou e ajeitou os travesseiros atrás de suas costas. - Precisamos conversar - disse.   Ela não se moveu. - Se você gosta tanto de conversar, deveria entrar num ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 118



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • maria_cecilia Postado em 19/12/2012 - 22:01:16

    aaa a web é lindaaaaaaaaaaaaaa

  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:03

    Ainh que pena que acabou =(

  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:03

    Ainh que pena que acabou =(

  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:03

    Ainh que pena que acabou =(

  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:03

    Ainh que pena que acabou =(

  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:02

    Ainh que pena que acabou =(

  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:02

    Ainh que pena que acabou =(

  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:02

    Ainh que pena que acabou =(

  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:02

    Ainh que pena que acabou =(

  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:02

    Ainh que pena que acabou =(


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais