Fanfics Brasil - 053 Amanhecer contigo [Adaptada AyA] (Finalizada)

Fanfic: Amanhecer contigo [Adaptada AyA] (Finalizada) | Tema: Rebelde


Capítulo: 053

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Alfonso  pôs os braços em jarras.

- Estou de acordo, mas não me referia a nenhuma das duas coisas - disse, chateado - Estou falando de casamento, Anahí. Desse rolo de «até que a morte nos separe».


 


Ela não teria ficado mais surpreendida se Alfonso  tivesse ficado verde diante de seus olhos. Olhou-o fixamente.

- Você não pode estar falando sério.
- Por que não? - perguntou, irritado - Basta uma única resposta para a única proposta de casamento que eu já fiz na minha vida.

Ela não pôde evitar; riu ao sentir sua irritação, apesar de que no fundo sabia que Alfonso  a esqueceria muito proximamente. Todavia estava concentrada em sua relação terapeuta-paciente, isolada e intensa, e a isso se havia somado a complicação de seu caso sexual. Ela sabia desde o princípio que fazer amor com ele era um erro, mas não havia suspeitado que chegaria até o extremo de pensar em casamento.

- Não posso me casar com você - disse sacudindo a cabeça para reforçar sua negativa.


 


- Por que não?
- Porque não funcionaria.
- E isso por que? Levamos vivendo juntos quase meio ano, e você não pode dizer que não nos damos bem. Foi tudo bem intenso. Brigamos, é claro, mas nisso em parte consiste a diversão. E não me diga que não me quer, porque sei que não é assim - concluiu com voz crispada.

Anahí ficou observando-o com desalentado silêncio.

Havia se esforçado para que ele não desse conta, mas seu olhar havia traspassado suas fracas defesas. Havia demolido cada muro que ela havia levantado.

Não podia ficar.
Teria que ir embora imediatamente, afastar-se dele enquanto ainda restava tempo.

- Não tem sentido prolongar isto - disse, afastando-se dele - Irei hoje mesmo.

Sabia que, uma vez se desfizesse dele, Alfonso  não poderia alcançá-la. Supôs mal ao deixar que ele voltasse sozinho para casa. E se caísse? Mas à força enforcam-se, e ela tinha já tinha a corda no pescoço.

Foi direto a seu quarto e começou a tirar sua roupa. Foi rápida e eficiente; tinha toda a roupa sobre a cama, porcamente empilhada, quando se deu conta de que a roupa que havia comprado não cabia nas duas maletas.

Teria que deixá-las ali, ou comprar outra mala. Se comprasse outra, teria que pedir a alguém que a levasse no carro... Não, que tonta. Podia pedir um táxi. Não tinha que pedir nada.

- Você não vai embora, Di - disse Alfonso  suavemente desde a porta - Volte a guardar tudo e se acalme.


 


- Tenho que ir. Não há razão para ficar - havia sido uma perda de tempo que lhe dissesse que se acalmasse.

Estava perfeitamente tranqüila. Sabia o que devia fazer.

- Eu não sou uma razão para você ficar? Você me quer. E sei faz tempo. Se nota nos seus olhos quando me olha, em como me toca, na voz, em tudo o que você faz. Você faz com que eu me sinta como se fosse um gigante, querida. E, se necessitava ainda alguma prova, você me deu ontem ao deixar que eu fizesse amor contigo. Você não é mulher de se entregar a um homem sem amor. Me quer, ainda que seja muito teimosa para me dizer isso.

- Já te disse - respondeu ela com a voz sufocada pela dor. Sempre me apaixono por meus pacien¬tes. É praticamente necessário.

- Mas você não dorme com todos os seus pacientes, né?


 


Ele já sabia a resposta dessa pergunta.
Não necessitava que ela movesse penosamente a cabeça, nem que sussurrasse um não tranqüilizador.

Se aproximou dela por detrás e enlaçou sua cintura.

- Não se trata só de você - sussurrou - Te quero tanto que me dói. Você me quer, e eu te quero. O mais natural é que nos casemos.

- Mas você não me quer! - gritou ela, enlouquecida ao ouvir aquelas lindas palavras.

Era injusto que ela se castigasse até aquele ponto por amá-lo, mas tudo tinha seu preço.
Por se atrever a cometer uma transgressão, tinha que pagar com seu coração.

Começou a forcejar para desfazer-se de seus braços, mas Alfonso  a apertou mais forte, segurando-a sem machucar. Ao cabo de um momento de esforço inútil, ela deixou cair a cabeça sobre seu ombro.


 


- Você só pensa que me quer - disse com a voz carregada pelas lágrimas alojadas em sua garganta - Já passei por isso antes. Um paciente chega a depender tanto de mim, fica tão obcecado, que confunde sua necessidade com amor. Não durará, Alfonso , acredite em mim. Você não me quer de verdade. É que agora mesmo sou a única brincadeira que há no seu pátio de recreação. Quando você voltar ao trabalho verá outras mulheres e voltará a ver tudo em perspectiva. Seria horrível que me casasse contigo e logo descobrisse que foi um erro.

- Sou um homem - disse ele lentamente - Já tive outras mulheres que desejei, outras mulheres que me interessaram, mas te asseguro que sou bastante inteligente como para distinguir entre o que sinto por você e o que sentia por elas. Quero estar contigo, falar contigo, brigar contigo, ver você rir, fazer amor com você. Se isso não é amor, querida, ninguém poderá distinguir a diferença.

- Eu distinguirei, e você também.

Alfonso  suspirou com impaciência.

- Você não vai atender às razões, verdade? Pois então, vamos fazer um trato. Está disposta?

Ela o olhou com receio.

- Depende.


 


Ele sorriu enquanto sacudia a cabeça.

- Qualquer um diria que sou um assassino em série pelo jeito que você me olha. É um trato muito simples. Você diz que, quando eu saia mais e veja outras mulheres com as que comparar-te, me darei conta de que só estava cismado contigo. Eu, por outro lado, digo que te quero e que seguirei te querendo, por mais mulheres que veja. Para resolver a questão, o único que você tem que fazer é ficar até que tenha oportunidade de fazer essa comparação. Simples, não?

Anahí deu de ombros.

- Vejo no que te beneficia isso. Você sai ganhando, de todos os modos. Sei que planeja seguir dormindo comigo, e sou bastante honesta como para saber que, se ficar, isso será o que aconteça. Se decide que, depois de tudo, não era mais que um capricho passageiro, você não terá perdido nada e terá tido uma companheira de cama enquanto pensava no assunto.

- Você também sai beneficiada - disse ele com um sorriso.

O brilho malicioso de seus olhos o delatavam.
Anahí poderia ter-lhe dado uma patada, mas ele parecia capaz de fazê-la rir ainda que estivesse zangada.

- Já sei, já sei - disse enquanto começava a rir - Eu também poderei dormir com você.

- Não é um mau trato - disse ele com descaro.

- Você tem muita lábia, senhor Herrera - repôs Anahí sem deixar de rir, apesar de que tentava se conter.

- Não é a única coisa que faço bem - disse ele, e alargando os braços a apertou contra si. Seus lábios encontraram o declive de seu pescoço e ela se estremeceu e baixou as pálpebras para velar seu olhar - Considere como uma terapia - disse - Uma espécie de retribuição por teus conhecimentos. Você me deu uma razão para viver, e eu te ensinarei a viver.

- Você é um convencido.


 



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  - Certo. - Não posso fazê-lo.   Alfonso  a sacudiu e logo a atraiu para si e começou a cerca sua boca com ternura, penetrando a barreira de seus dentes e apoderando-se do tesouro que jazia mais além. - Fará - insistiu suavemente - Porque me quer. Porque te necessito. - No passado: me necessitava. Isso pertence à ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 118



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  • maria_cecilia Postado em 19/12/2012 - 22:01:16

    aaa a web é lindaaaaaaaaaaaaaa

  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:03

    Ainh que pena que acabou =(

  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:03

    Ainh que pena que acabou =(

  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:03

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  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:02

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  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:02

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