Fanfics Brasil - 054 Amanhecer contigo [Adaptada AyA] (Finalizada)

Fanfic: Amanhecer contigo [Adaptada AyA] (Finalizada) | Tema: Rebelde


Capítulo: 054

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- Certo.

- Não posso fazê-lo.


 


Alfonso  a sacudiu e logo a atraiu para si e começou a cerca sua boca com ternura, penetrando a barreira de seus dentes e apoderando-se do tesouro que jazia mais além.

- Fará - insistiu suavemente - Porque me quer. Porque te necessito.

- No passado: me necessitava. Isso pertence à ontem. Agora pode valer por ti mesmo, e o faz muito bem.

- Não irei bem se você me deixar. Juro que voltarei à cadeira de rodas e não voltarei a me levantar. Não irei trabalhar; não comerei; não dormirei. Necessito que você cuide de mim.

- A chantagem não te servirá de nada - advertiu-lhe, tentando de novo não rir.

- Então terei que provar outra tática. Por favor. Fique comigo. Te quero, e você me quer. E se você se equivoca? E se dentro de dez anos sigo tão louco por você como agora? Vai atirar pelo ralo essa oportunidade só porque te dá medo ter fé?


 


A dor que ardia em seu coração lhe dizia que afinal Alfonso  havia dado com a verdadeira razão pela qual queria ir. Tinha medo de acreditar no amor, porque ninguém nunca a havia querido.

Olhou Alfonso  intensamente, consciente de que, em seu foro íntimo, havia alcançado um feito pessoal.

Podia brincar seguramente e fugir, mas a gente que brincava seguramente nunca conhecia o sentimento embriagador de ir por todas, de arriscar o coração. Nunca corriam nenhum risco, assim que nunca ganhavam nada.

Por tudo havia que pagar um preço, se lembrou de novo. O único que podia fazer era provar. Se saísse ganhando, se por obra de algum milagre conseguia a maçã de ouro, sua vida estaria completa.

Se perdia, estaria pior que antes? Já queria Alfonso . Deixá-lo agora lhe causaria menos dor que deixá-lo mais adiante?

- Está bem - disse com certa aspereza, consciente de que estava queimando seus barcos. Sentia as cha¬mas atrás dela - Ficarei com você. Mas não me peça pra me casar ainda. Vamos ver como vão as coisas. É muito mais fácil se recuperar de um caso amoroso que se azeda do que de um casamento.


 


Ele a olhou levantando uma sobrancelha.

- Não está muito segura de si mesma, né?
- Sou... prudente - reconheceu - O casamento foi traumático para mim. Deixe que se vá passo a passo. Se... se tudo sair bem, me casarei com você quando quiser.
- Penso te tomar a palavra - murmurou ele - Gostaria de me casar com você agora mesmo. Te deixar grávida em seguida, se pudesse. Estava desejando que dedicássemos um montão de tempo a esse projeto, mas agora terei que tomar precauções. Nossos filhos nascerão quando estivermos casados pelo menos nove meses. Ninguém vai se colocar a contar com os dedos nem olhará com condescendência a nossas crianças.

Os olhos de Anahí eram tão grandes, tão azuis, tinham uma expressão tão maravilhada, que eclipsavam o resto de seu rosto.

A idéia de ter filhos lhe parecia tão atraente que lhe davam vontade de dizer que se casaria com ele no ato. Sempre havia querido ter filhos, ser capaz de verter neles o profundo poço de amor que guardava em seu interior. O cuidado e as atenções que nunca havia recebido de sua mãe estavam ali, esperando pacientemente a ter um filho próprio.

O filho de Alfonso : olhos verdes, cabelo negro, aquele sorriso sedutor que levava à luz seu esconderijo.

Mas com a vida de uma criança não se podia brincar, de modo que não o contrariou. Em lugar de fazê-lo, disse com calma:


 


- Irei ao médico para que me receite algo.
- Não - respondeu ele com voz acerada - Nada de pílulas. Você não vai correr nenhum risco físico, ainda que seja pequeno. Posso arranjá-las sem correr nenhum risco, e isso é o que faremos.

Ela não se importou; a idéia de que estivesse disposto a aceitar a responsabilidade de seus encontros amorosos lhe parecia cálida e emocionante.

Rodeou-o com os braços e se acurrucou contra ele, deleitando-se em seu odor.

Alfonso  lhe pôs a mão sob o queixo e levantou o rosto para ele.

- Diga que me quer - disse - Sei que é assim, mas quero ouvir.

Um trêmulo sorriso aflorou aos lábios de Anahí.

- Te quero.
- Isso parecia - disse ele com satisfação, e a beijou como recompensa - Tudo sairá bem, querida. Já verá.


 


Anahí não se atrevia a acumular esperanças, mas dava a impressão de que talvez Alfonso  estivesse certo. Comprou uma fina bengala negra que parecia mais um acessório muito sexy que um apoio, e cada manhã Miguel o levava de carro para trabalhar.

No principio, ela sofria cada segundo que passava . Se preocupava que ele caísse e se machucasse, que tentasse se esforçar demais até se esgotar. Ao fim de uma semana, teve que reconhecer que Alfonso  crescia ante o desafio de voltar a trabalhar. Longe de cair, cada dia melhorava mais, caminhava mais depressa e com menos esforço.

Anahí tampouco tinha que se preocupar porque se esforçava demais; Alfonso  estava em excelente forma graças à reabilitação. Quase ficava louca pensando que passava o dia rodeado de mulheres. Sabia como era atraente, sobretudo com aquela enigmática mancada.

No primeiro dia, quando voltou pra casa, ela conteve o alívio, esperando que lhe dissesse alegremente: «bom, tinha razão. Só era um capricho passageiro. Já pode ir».

Mas ele não disse nada parecido. Voltava pra casa com a mesma vontade com que ia a trabalhar, e passavam as tardes na academia, ou nadando na piscina se o dia estava quente. Dezembro era um mês agradável; pelas tardes as temperaturas chegavam a alcançar os vinte e tantos graus, ainda que pelas noites caiam até fazer quase geleiras.

Alfonso  havia decidido instalar um climatizador na piscina para que pudessem nadar pelas noites, mas tinha tantas coisas na cabeça que ia adiando. Anahí não se importava que a piscina estivesse climatizada ou não; para que perder tempo nadando se era melhor
passar as noites nos braços de Alfonso ?


 


Aconteça o que aconteça, fosse qual fosse o final que o destino reservava para sua história, sempre amaria Alfonso  por tê-la libertado da jaula do medo.

Em seus braços se esquecia do passado e se concentrava só no prazer
que ele lhe dava, um prazer que ela lhe devolvia gozosamente. Alfonso  era o amante que necessitava; era bastante maduro como para
conhecer as recompensas da paciência, e bastante astuto para
mostrar-se às vezes impaciente.

Dava, exigia, acariciava, experimentava, ria, incitava e satisfazia. Estava tão fascinado pelo corpo dela como Anahí
pelo seu, e essa era a classe de franca admiração que a ela fazia falta.

Os sucessos que haviam conformado seu ser a faziam desconfiar das emoções reprimidas, inclusive quando se tratava de felicidade, e a franqueza com que Alfonso  a tratava lhe proporcionava um trampolim firme desde que se transformou como mulher, segura de sua própria feminilidade e de sua sexualidade.

Aqueles dias de dezembro foram os mais felizes de sua vida. Conhecia já de antes a paz e a alegria, uma conquista pequena depois do horror a que havia sobrevivido, mas com Alfonso  era verdadeiramente feliz.

Salvo pela falta de uma cerimônia, poderia já estar casada com ele, e cada dia que passava a idéia de ser sua esposa ganhava forças em seu espírito, passando de impossível a pouco plausível, logo a incerta, e, finalmente, a um talvez entre temeroso e esperançado. Resistia a ir mais além, mas ainda assim começava a sonhar com uma larga sucessão de dias, até anos, e às vezes se descobria pensando nos nomes de seus filhos.


 


Alfonso  a levou pra fazer compras natalinas, coisa que Anahí nunca havia feito. Nunca teve ninguém tão próximo para dar ou receber um presente, e quando Alfonso  soube embarcou em uma cruzada para que seu primeiro Natal fosse memorável.


 



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 118



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  • maria_cecilia Postado em 19/12/2012 - 22:01:16

    aaa a web é lindaaaaaaaaaaaaaa

  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:03

    Ainh que pena que acabou =(

  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:03

    Ainh que pena que acabou =(

  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:03

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  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:03

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  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:02

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  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:02

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