Fanfics Brasil - 008 - Capítulo II Amanhecer contigo [Adaptada AyA] (Finalizada)

Fanfic: Amanhecer contigo [Adaptada AyA] (Finalizada) | Tema: Rebelde


Capítulo: 008 - Capítulo II

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Capítulo 2



Alfonso levantou a cabeça bruscamente e apertou os olhos enquanto pousava o olhar por sua figura esbelta e seus braços sedutores e femininos. Anahí quase podia ler seu pensamento. Apesar de ele estar muito magro, lhe tirava ao menos dez quilos, talvez até quinze. Sabia que, ainda que um homem e uma mulher pesassem o mesmo, em circunstâncias normais o homem era mais forte. Anahí evitou que um sorriso se desenhasse em seus lábios, mas sabia que as circunstâncias não eram normais. Alfonso levava dois anos parado, e ela estava em excelente forma. Era terapeuta; tinha que estar forte para fazer seu trabalho. Era magra, sim, mas cada palmo de seu corpo era puro músculo. Corria, nadava, fazia alongamentos regularmente e, o que era mais importante, levantava pesas. Devia ter força nos braços para manejar aos pacientes que não podiam se mexer por si mesmos. Olhou as mãos pálidas e enfraquecidas de Alfonso e pensou que ganharia dele.

- Não faça isso! - disse Dulce com veemência enquanto retorcia as mãos.

Alfonso girou e observou-a com incredulidade.

- Você pensa que ela pode me ganhar verdade? - murmurou, mas suas palavras soaram mais como uma afirmação que como uma pergunta.

Dulce estava tensa e olhava Anahí com expressão estranha e suplicante. Anahí compreendia o que ocorria: não queria ver humilhado a seu irmão. E ela tampouco. Mas queria que ele aceitasse a terapia, e estava disposta a fazer o que fosse preciso para que ele visse o que estava fazendo consigo mesmo. Tentou dizê-lo com o olhar, porque não podia dizer em voz alta.

- Me responda! - brandiu ele de repente. Cada fibra de seu ser estava tensa.

Dulce mordeu o lábio inferior.

- Sim - disse por fim - Creio que ela possa ganhar de você.



Fez-se um silêncio, e Alfonso permaneceu petrificado.Anahí , que o observava atentamente, advertiu o instante preciso em que ele tomava uma decisão.



- Só há uma maneira de ter certeza, não é?


 


Anahí o seguiu até seu escritório, junto ao qual Alfonso se deteve.


- Não deveria ter uma cadeira de rodas motorizada - observou ela distraidamente - Um manual lhe haveria permitido manter as forças da parte superior do corpo em um nível aceitável. É uma boa cadeira, mas não lhe está fazendo nenhum bem. Ele lhe lançou uma olhar severo, mas não respondeu.

- Sente-se - disse, indicando o escritório.

Anahí obedeceu sem pressa. A certeza de que venceria não lhe produzia exaltação alguma; era algo que tinha que fazer. Christopher e Dulce contornaram os dois quando se colocaram em posição. Alfonso se moveu até que esteve satisfeito com sua postura, e Anahí fez o mesmo. Apoiou o braço direito sobre a mesa e agarrou o bíceps com a esquerda.

- Quando quiser - disse.

Alfonso contava com a vantagem de ter o braço mais longo, e Anahí compreendeu que teria que empregar toda a força de sua mão e seu pulso para vencê-lo. Ele colocou o braço em frente ao seu e rodeou firmemente com os dedos sua mão, muito mais pequena. Estudou um instante seus dedos finos e delicados, o rosa tênue de suas unhas bem cuidadas, e um leve sorriso se abriu nos seus lábios.

Seguramente pensava que estava no papo. Mas Anahí notou a frieza de sua mão, que indicava falta de circulação, e supôs qual seria o inevitável resultado de sua pequena disputa.

-Christopher, dê o sinal - ordenou Alfonso e, levantando os olhos, fixou-os nos de Anahí. Ela sentiu sua intensidade, seu agressivo desejo de ganhar, e começou a se preparar concentrando toda sua energia e força na mão e no braço direito.

- Em frente! - disse Christopher, e ainda que apenas se movessem seus corpos se tesaram de repente.


Anahí tinha uma expressão que não deixava transparecer o árduo esforço que estava custando manter direito o pulso. Momentos depois, ao ver que não podia dobrar seu braço, o semblante de Alfonso começou a refletir seu assombro, depois sua fúria e, a cabo de uns instantes, um desesperado desejo de sorte.

Anahí sentiu que seu primeiro arrebatamento de força refluía e que lenta e inexoravelmente seu braço começava a ceder. O suor brotou da testa de Alfonso e começou a deslizar por um lado de seu rosto enquanto lutava por inverter o movimento, mas já havia gastado suas forças e não lhe restava nada na reserva. Anahí compreendeu que lhe tinha nas mãos e, lamentando sua vitória ainda que soubesse que era necessária, resolveu a questão derrubando seu braço sobre a mesa.

Sentado em sua cadeira de rodas, uma expressão ferida cruzou fugazmente os olhos de Alfonso antes que seu rosto se convertesse em um muro branco.

Só sua respiração agitada rompia o silêncio. Christopher tinha uma expressão amarga. Dulce parecia dividida entre o desejo de reconfortar seu irmão e o forte impulso de por ela mesma Anahí a patadas para fora de casa.

Anahí se pôs de pé rapidamente.


 


- Isso resolve tudo - disse despreocupada - Dentro de dois meses já não poderei fazê-lo. Colocarei minhas coisas no quarto contíguo a este e...
- Não - disse Alfonso em tom cortante, sem olhá-la - Dulce, dê à senhorita Anahí a suíte dos convidados.
- Isso não me serve - disse Anahí- Quero estar perto de ti para poder ouvir se me chama. O quarto contíguo é perfeito.Christopher, quanto tempo demorará em fazer as mudanças que pedi?

Alfonso levantou a cabeça bruscamente.

- Que mudanças? - perguntou.
- Necessito de equipamento especial - explicou ela, notando que sua manobra de distração havia funcionado como pretendia.

Alfonso já havia perdido aquele olhar vazio. Saltava à vista que havia tomado a decisão correta ao não dar importância à sua vitória e tratar o incidente como algo normal. Não era aquele momento de jogar na cara dela, nem de dizer que havia muitos homens que não seriam capazes de ganhá-la no braço. Ele averiguaria quando chegassem ao programa de levantamento de pesos.

- Que tipo de equipamentos? - perguntou ele.

Ela sufocou um sorriso. A possibilidade de que se fizessem mudanças em sua amada casa havia captado sua atenção. Ela lhe explicou em grandes linhas o que necessitava.

- É necessária uma banheira de hidromassagem. Também precisarei de uma esteira, um banco de pesos, uma sauna, coisas assim. Alguma objeção?
- Talvez. Aonde pensa em colocar todas essas coisas?
-Christopher me disse que podia montar uma academia no piso de baixo, junto da piscina, o qual seria muito conveniente, porque fará muitos exercícios na. A água é ótima para fazer ginástica - disse com entusiasmo - Os músculos se exercitam, mas a água sustenta o peso.
- Não vai montar nenhuma academia - disse ele amargamente.


Ela sorriu.


- Leia meu contrato. A academia vai ser montada. Não fique assim. A casa não ficará desfigurada, e o equipamento é necessário. Um esportista olímpico não treina tanto como você vai treinar - disse sinceramente - Vai ser um trabalho muito duro, e também doloroso, mas o senhor fará ainda que eu tenha que tratá-lo como em escravo. Pode apostar que andará para as festas de fim de ano.

Um terrível anseio cruzou seu rosto antes que levantasse a mão para esfregar a face, e Anahí percebeu sua indecisão. Mas não era próprio de seu caráter render-se facilmente, e franziu a testa.

- Você ganhou o direito de ficar aqui - disse a contragosto - Mas isso não significa que eu goste da ideia, nem que goste de você, senhorita Anahí.Christopher, quero ver esse contrato de que ela tanto fala.
- Não o trouxe comigo - mentiu Christopher com nervosismo e, agarrando o braço de Dulce, a conduziu até a porta - Vou trazê-lo da próxima vez que vir.



 



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 118



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  • maria_cecilia Postado em 19/12/2012 - 22:01:16

    aaa a web é lindaaaaaaaaaaaaaa

  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:03

    Ainh que pena que acabou =(

  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:03

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  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:03

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  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:02

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