Fanfics Brasil - Capítulo 10 Lembre-se de Mim AyA -Finalizada

Fanfic: Lembre-se de Mim AyA -Finalizada | Tema: AyA


Capítulo: Capítulo 10

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- O sangue na cabeça dela ainda está exsudando um pouco de sangue e soro, o que indica que foi ocasionado a cerca de três ou quatro horas,

Alfonso empalideceu, lembrando-se que chegara a zangar-se com Any, e sua voz tremeu quando falou.

- Ela vai ficar bem? – O médico exitou, o que bastou para fazer o peito dele apertar-se. – O que é, doutor? – insistiu.

- O senhor me disse que sua esposa parecia confusa a respeito do tempo que decorreu desde seu desaparecimento?

- Eu pensei que ela estivesse fingindo – disse Alfonso.

- Talvez – o dr. Willis sacudiu os ombros. – Mas existe a possibilidade de que ela realmente não se lembre. A pancada na cabeça foi bastante violenta. Acrescente a isso o estresse, o trauma mental, e é possível que esteja ocorrendo um caso de amnésia seletiva.

- Ela vai se recuperar? Recuperar a memória, eu quero dizer.

- Provavelmente, mas não se pode saber quando.

- Quer dizer que talvez eu nunca fique sabendo o que aconteceu com minha mulher?

O dr. Willis procurou falar de maneira encorajadora, porém nunca havia sido bom em consolar os outros.

- Há sérios motivos para acreditar que, com o tempo, ela se recupere inteiramente. Mas até então o senhor precisará ter paciência. – Alfonso suspirou. Não era o que queria ouvir. – Ah, eu ia me esquecendo!- disse o médico. – Há dois policiais lá fora querendo falar com o senhor.

Depois de mais um olhar para Anahí, Alfonso saiu do quarto.
Christopher aproximou-se assim que o viu, e Christian, o parceiro dele, vinha chegando com dois copos de café.

- O dr. Willis disse que você quer falar comigo Christopher.

O investigador pegou o café que o parceiro lhe entregava e levou Alfonso para um lugar mais sossegado.

- Achei que o senhor gostaria de saber que houve um desastre às duas horas, esta tarde. Um ônibus colidiu com um caminhão, um carro e um táxi.


Os dentes de Alfonso apertaram-se. Meu Deus, o aviso de Any!
O investigador parecia escolher cuidadosamente as palavras.

- Não temos certeza de que tenha sido sua esposa, mas quando o motorista de praça voltou a si notou que a passageira havia sumido. Ele disse que era uma mulher jovem, muito bonita, com cabelos claros, um pouco abaixo dos ombros.

- E você acha que era Anahí? – indagou Alfonso.

Christopher deu de ombros.

- Talvez. Mas se era a sua esposa, ela teve muita sorte. Todos os envolvidos no acidente estão no hospital ou no necrotério.

- Que horror... – murmurou Alfonso.

Deixou-se cair na cadeira mais próxima e apoiou a cabeça nas mãos. Nesse instante, algo lhe ocorreu. Uma coisa tão evidente que imaginou que os policiais já a teriam feito.

- Alguém perguntou ao motorista onde ele pegou a passageira?

Christopher assentiu.

- Na estação rodoviária. Disse que quase a atropelou quando ela saiu correndo de um terminal, que entrou no táxi tremendo, mas ele atribuiu isso ao frio e à chuva. O tempo todo ela olhava para trás, como se temesse que alguém os estivesse seguindo.

- O que vamos fazer agora? – quis saber Alfonso, pondo-se de pé.

- Não há nada a fazer – respondeu o investigador . – Ela desapareceu e agora está de volta. Claro, caso ela dê alguma informação ou comece a lembrar-se dos acontecimentos, peço-lhe que me avise e verificaremos tudo.

- Só isso? – estranhou Alfonso.

- Olhe aqui, sr. Herrera, nada mais podemos fazer. Não é crime ir embora de casa.

- Não foi isso o que vocês pensaram a dois anos – irritou-se Alfonso.

Voltou as costas aos policiais e foi para o quarto, tão zangado que nem sabia o que fazer.
O médico havia desaparecido. A não ser pelo bip contínuo dos monitores, o quarto estava silencioso. Ele observou o rosto de Anahí. Ela não se mexera desde que a haviam posto na cama. Um pensamento horrível o fez estremecer: e se a mulher nunca mais acordasse?

Sentou-se na poltrona ao lado da cama e colocou a mão sobre a dela. Ao seu toque, os longos dedos estremeceram espasmodicamente. Ele não saberia dizer se ela resistia ao seu toque ou se queria segurar-lhe a mão; suspirou, com o coração pesado. Momentos depois ergueu-se e foi até a janela. Tinha a impressão de que mesmo inconsciente, Any não o queria mais.

- Poncho....

Ele voltou-se, rápido. Sua mãe estava à porta.

- Não devia ter voltado mamãe.

Betty Herrera apenas ergueu a pequena bolsa de viagem.

- Achei que você iria precisar de algumas coisas. – Com um sinal, Alfonso convidou- a a entrar. – Como ela está? – perguntou Betty.

- Do mesmo jeito.

- Você falou com o médico?

Alfonso fez que sim.
A senhora colocou a bolsa num banco junto a parede e tirou o casaco; pendurou-o no espaldar de uma cadeira e foi para junto do filho, à janela.

- Então? Vai me contar o que ele disse ou vou ter que arrancar-lhe, palavra por palavra?

- Ele disse que Any perdeu a memória por causa de uma pancada na cabeça, num acidente, e que deverá recuperá-la. Que ela não é viciada em drogas, não teve uma overdose. Não há substâncias ilegais em seu corpo. A única coisa que encontraram foram traços de sedativos.

Betty apertou os lábios, aproximou-se da cama e ficou pensativa, olhando para Anahí.

- Isso não me surpreende – disse por fim.

A culpa sufocou Alfonso e sua voz soou amarga.

- Diga-me, mãe, sou o marido dela, por que não acreditei em Any como você acreditou?

A sra. Herrera voltou as costas para o filho. Sofria por ele e pela nora.

- Sabe... minha mãe dizia que quanto mais profundo o amor, mais dói quando as coisas dão errado. Você deve ter sofrido as penas do inferno Poncho. Deve ter sido muito difícil para você ser objetivo enquanto se via acusado de um crime

Alfonso foi para junto da mãe.

- Sabe o que é pior?

Ela passou o braço pela cintura do filho, querendo confortá-lo.

- Não, o quê?

Ele engoliu várias vezes antes de ser capaz de falar.

- Eu não sei mais o que sinto por ela.



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Betty fechou os olhos por instantes, procurando a coisa mais certa a dizer. E afinal falou.- É compreensível, meu filho. Mas se o médico está certo e ela perdeu a memória, imagine como Any se sente. Para ela não existem os dois últimos anos. Teoricamente é a recém-casada que era, seu coração ainda p ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 700



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  • biaportilla13 Postado em 14/09/2016 - 03:17:27

    Oi, eu queria saber se você deixa eu postar sua web no Wattpad (lhe darei os créditos, óbvio) é que eu achei ela incrível e queria postar no meu perfil de lá. *-*

  • Cristieli Postado em 06/01/2016 - 23:53:07

    Amei essa história muito aconchegante....uma das melhores que já li aqui no fanfics

  • queren_fortunato Postado em 29/12/2015 - 02:53:50

    Que perfeita adorei 😍😍😍😍

  • juliapuente Postado em 03/03/2013 - 16:00:12

    uma das melhores historias AyA que ja li aqui *-*

  • isajuje Postado em 26/01/2013 - 18:33:51

    Realmente, essa história é demais. Gostei muito. Comecei a ler ela ontem e terminei hoje, de curiosa que eu sou :3' KKKKKKKKKK' e o Poncho e a tatuagem rsrs, sem comentários... K

  • elizacwb Postado em 11/01/2013 - 13:20:50

    caramba carol_17, sempre procuro webs dos AyA pra ler e qdo comeceei a ler essa eu não parei mais, que historia linda que final maravilhoso vc deu a ela, até chorei, juro que chorei que coisa linda, valeu demais ter lido essa web

  • elizacwb Postado em 11/01/2013 - 13:20:34

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  • elizacwb Postado em 11/01/2013 - 13:20:10

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  • elizacwb Postado em 11/01/2013 - 13:19:59

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  • elizacwb Postado em 11/01/2013 - 13:19:19

    caramba carol_17, sempre procuro webs dos AyA pra ler e qdo comeceei a ler essa eu não parei mais, que historia linda que final maravilhoso vc deu a ela, até chorei, juro que chorei que coisa linda, valeu demais ter lido essa web


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