Fanfics Brasil - Capítulo 114 Lembre-se de Mim AyA -Finalizada

Fanfic: Lembre-se de Mim AyA -Finalizada | Tema: AyA


Capítulo: Capítulo 114

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- Não lute contra mim, Anahí. Você sempre foi minha.

Anahí olhou para o homem em cima dela, na cama. Seus olhos selvagens espelhavam luxúria frustrada, suas narinas fremiam. A raiva coloria suas faces de vermelho, enquanto ele a imobilizava. Esmagada sob o pesado corpo, a única coisa que ela conseguia fazer era respirar.

- Não... Solte-me. Por favor, solte-me. – implorava ela.

A fúria era evidente no rosto do homem.

- Você pertence a mim, não a ele!

- Não! Eu não pertenço a ninguém, a não ser a mim mesma – gritou Anahí. – Eu sou de quem escolher e escolhi meu marido. Você não tem direito algum sobre mim!

O homem apertou mais os pulsos dela. Quando o rosto dele aproximou-se, Anahí arquejou.

- O que quer dizer, não tenho direito? Tenho todos os direitos – sussurrou Rodrigo. – Olhe para o meu rosto. Olhe nos meus olhos. Lembra-se do passado? Lembra-se de tudo que compartilhamos? Não importa o quanto você tente esquecer, sempre se lembrará de mim.

Inutilmente, Anahí lutava reconhecendo a inevitabilidade daquele momento. Seu coração estava partido por Alfonso e pelo que ia acontecer com ela. Mas morreria antes de dar a Rodrigo a satisfação de pensar que vencera. Seus olhos se tornaram sem expressão, como se de repente ela houvesse saído do próprio corpo.

- O fato de ser mais forte do que eu e poder me dominar não muda o fato de que eu o desprezo. Você me tirou da minha casa. Se me possuir, terá que ser à força. Você jamais irá controlar meu coração, que pertence a Alfonso. É dele que vou me lembrar. É a ele que amo.

Uma raiva gelada pareceu explodir no intimo de Rodrigo e, estremecendo, Anahí preparou-se para o pior.

Ela acordou gritando o nome do marido e assustou-se com o som de sua voz ecoando na casa.

- Oh, Deus! Meu Deus! – murmurou.

Levantou-se, foi para o banheiro, tirou a camisola e enfiou-se sob o chuveiro. A água ficou quase fria por ter aberto demais a torneira, porém ela não se importava. Com as mãos ensaboadas, esfregava o corpo com força. Sentia-se desprezível e suja. Durante semanas insistira em negar, dizendo a si mesma que fora seqüestrada, sim, porém não violentada. Mas aquela lembrança mudava tudo. Lágrimas contidas ardiam-lhe na garganta, que doía. Como encarar Alfonso, sabendo que o homem que a sequestrara também a havia estuprado?

Então, algo a atingiu tão depressa que ela quase perdeu o equilíbrio. Lembrou-se com clareza de ter implorado por piedade e do rosto daquele homem. Enxaguou o corpo, fechou o chuveiro, secou-se e vestiu-se, ansiosa por contar o sonho para o investigador Christopher. Mas quando falou com ele por telefone a reação do policial não foi o que ela esperava.

- Olhe, a senhora disse que foi um sonho.

- Sim, mas....

- Como pode ter certeza que não se trata apenas de uma manifestação dos seus medos? A senhora me disse, que lembrava-se de alguns flashes do seu seqüestro, mas não do rosto do seqüestrador.

Anahí sentiu-se enjoada. Não havia esperança, ninguém queria acreditar nela. Pensara que Christopher acreditaria, mas era evidente que se enganara. Uma coisa estava mais do que clara: ele achava que era uma louca, como todos os demais.

- Sim, mas...
- E agora depois de ter visto a fotografia do rapazinho com quem foi criada, decidiu que ele é o homem que a seqüestrou.

Dominando o ímpeto de gritar, Anahí respondeu:

- Eu não decidi isso, apenas me lembrei.

- Não, minha senhora – contrapôs Christopher, com calma. – A senhora sonhou. É muito diferente.

Anahí deixou-se cair numa poltrona, vazia de vida como só uma mulher desacreditada podia sentir.

- O que vai acontecer agora, Christopher? Será que não consegue ver que ainda estou em perigo? – A hesitação silenciosa dele foi a resposta e ela não se conteve mais. – Bem, pelo menos afinal temos a verdade! O senhor realmente pensa que eu fugi de casa e depois... por motivos particulares, voltei.

- Sra. Herrera, eu não disse isso.

- Nem precisava dizer! Antes de encerrarmos esta conversa inútil, quero fazer-lhe uma pergunta hipotética.

- Pois não, senhora.

- E se eu tivesse sido encontrada morta em outro Estado? O senhor teria prendido Alfonso ou teria deduzido que eu morrera durante uma viagenzinha ao encontro de mim mesma?

Christopher sentiu um arrepio: era impossível não notar o sarcasmo na voz dela.

- Não poderei responder a isso sem examinar todos os aspectos da situação.



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Alfonso engoliu seu último pedaço de torrada quando Anahí entrou na cozinha.- Está levando bastante agasalho? – perguntou. – Apesar de ter parado de nevar, está muito frio lá fora.Ele riu, engoliu e respondeu:- Sim, mamãe. Minhas luvas estão na caminhonete e estou usando ceroulas por baixo do jeans.Um leve s ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 700



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  • biaportilla13 Postado em 14/09/2016 - 03:17:27

    Oi, eu queria saber se você deixa eu postar sua web no Wattpad (lhe darei os créditos, óbvio) é que eu achei ela incrível e queria postar no meu perfil de lá. *-*

  • Cristieli Postado em 06/01/2016 - 23:53:07

    Amei essa história muito aconchegante....uma das melhores que já li aqui no fanfics

  • queren_fortunato Postado em 29/12/2015 - 02:53:50

    Que perfeita adorei 😍😍😍😍

  • juliapuente Postado em 03/03/2013 - 16:00:12

    uma das melhores historias AyA que ja li aqui *-*

  • isajuje Postado em 26/01/2013 - 18:33:51

    Realmente, essa história é demais. Gostei muito. Comecei a ler ela ontem e terminei hoje, de curiosa que eu sou :3' KKKKKKKKKK' e o Poncho e a tatuagem rsrs, sem comentários... K

  • elizacwb Postado em 11/01/2013 - 13:20:50

    caramba carol_17, sempre procuro webs dos AyA pra ler e qdo comeceei a ler essa eu não parei mais, que historia linda que final maravilhoso vc deu a ela, até chorei, juro que chorei que coisa linda, valeu demais ter lido essa web

  • elizacwb Postado em 11/01/2013 - 13:20:34

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  • elizacwb Postado em 11/01/2013 - 13:20:10

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  • elizacwb Postado em 11/01/2013 - 13:19:59

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  • elizacwb Postado em 11/01/2013 - 13:19:19

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