Fanfic: Lembre-se de Mim AyA -Finalizada | Tema: AyA

A fumaça de incenso embaçou a visão de Rodrigo quando ele parou diante da estátua de Osíris. Perdera a noção de quanto tempo passara na sala subterrânea, mas devia admitir que seu coração estava mais leve, e seu propósito, mais claro. Lamentou sua anterior falta de discernimento e atribuiu-a ao fato de ainda não estar curado. Mas aqueles dias haviam terminado. Ficar entre aquelas relíquias lembrara-o de que quase havia ido para a eternidade. Os reis eram onipotentes. Eles ditavam as regras, não as seguiam.

Como os antigos personagens que eram designados pelo seu nome, os faraós, ele ia destruir o inimigo e tomar de volta o que lhe pertencia. Já o fizera antes. Faria de novo. Voltou as costas para a câmara sem sol e penumbrosa onde estavam as esfinges dos antigos deuses. Havia muitas coisas que deviam ser feitas e pouco tempo para fazê-las.
Um pouco mais tarde, saiu da sala de sauna e encontrou Anuar à espera. Despreocupado com a própria nudez, aproximou-se, virou de costas e enfiou os braços nas mangas do robe que seu assecla segurava, agasalhando com ele o suado corpo.

- Simon telefonou – informou Anuar.

Rodrigo imobilizou-se.

- Aquele trabalhinho com o xereta já foi realizado.

- Qual? – indagou Rodrigo.

- O atropelamento-e-fuga.

Um sorriso de satisfação entreabriu os lábios de Rodrigo.

- Sabe, é muito triste – disse com suavidade – mas as pessoas precisam aprender a olhar para os dois lados ao atravessar uma rua...

Anuar sorriu.

- É, chefe, o senhor tem razão.

O estômago de Rodrigo manifestou-se.

- Estou com fome – declarou – diga ao cozinheiro que faça uma omelete de cogumelos. Tenho uns telefonemas a fazer, então quando ficar pronta leve-a para a biblioteca.

- Sim, senhor. Alguma coisa mais?

Rodrigo pensou na tarefa que tinha pela frente.

- Sim, traga-me o barbeiro... – Acrescentou em seguida: – E a manicure. Minhas unhas estão indecentes.

O capanga apressou-se a sair e Rodrigo foi para o chuveiro. Pela primeira vez depois do terremoto sentia-se bem. Realmente bem. Estava de volta a forma antiga, no controle total.

***

O investigador Christian encontrava-se do lado de fora da casa dos Herrera, com um policial de técnicas tirando fotografias da trilha de pegadas na neve. Lá dentro, sentado numa poltrona com uma xícara de café nas mãos, Christopher ouvia atentamente o que Anahí tinha a dizer. Várias vezes ele colocou a xícara de café sobre a mesinha e tomou notas. Num certo momento, interrompeu-a para perguntar:

- Então, o que a senhora quer dizer é que está começando a lembrar?

Anahí assentiu, olhou para Alfonso que estava sentado ao seu lado e tornou a voltar-se para o investigador.

- As lembranças vêm mais vezes a cada dia que passa.

- E a senhora está acusando Rodrigo Ruiz como o homem que a seqüestrou a dois anos?

Ela fechou as mãos em punhos e escorregou um pouco mais para a beira do sofá. Sua voz tremia, e balançava o corpo enquanto falava.

- A porta estava fechada. Alfonso sempre a tranca quando vai embora. Eles devem ter forçado a fechadura. Da cozinha, ouvi a porta abrir-se e achei que meu marido tinha voltado para pegar alguma coisa que esquecera.

- O que aconteceu então? – indagou Christopher.

- Eu sorria quando eles entraram...

- Eles?- interrompeu o policial.

A princípio, Anahí pareceu surpresa com as próprias palavras, depois franziu a testa como se olhasse um quadro em sua mente.

- Sim, havia dois outros. Eram mais baixos do que ele, mas muito musculosos. Pareciam iguais...

- Estavam vestidos do mesmo modo? – quis saber Christopher.

- Não, mas pareciam irmãos.

O policial assentiu e escreveu algo.

- E aí, o que aconteceu?

- Ele riu... Rodrigo, quero dizer. Disse que estava procurando por mim fazia muito tempo. – Ela estremeceu. – Gritei e saí correndo...

Anahí calou-se e fechou os olhos, lembrando-se da sensação de ser erguida e empurrada contra a parede.

- E?

Ela abriu os olhos, vazios de qualquer expressão.

- Ele me pegou.

- Como conseguiu levá-la para fora da casa sem ser observado?

Começando a tremer, Anahí procurou a mão do marido, que passou o braço pelos ombros trêmulos e apertou-a contra si. Ela tentou engolir para desfazer o nó na garganta, depois respirou fundo.

Juh minha Linda..

Fico muitoFeliz com seus Comentários *--*

Ahh Amei esse Livro é cheio de mistério e muito  Viciante...

Espero vc aqui me acompanhado na minhas próximas adaptações :)

Quando vc vai posta nas suas Webs ??

Saudades ....