Fanfics Brasil - Epílogo Lembre-se de Mim AyA -Finalizada

Fanfic: Lembre-se de Mim AyA -Finalizada | Tema: AyA


Capítulo: Epílogo

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A primavera já chegara a Denver havia bastante tempo. O inverno havia sido um verdadeiro teste para a resistência de Anahí. A semana que Alfonso passara no hospital entre a vida e a morte, depois o mês e meio de recuperação, havia sido o mais longo período de sua vida. Apenas o fato de estar carregando uma nova vida dentro de si a mantivera lúcida e determinada a cuidar de si mesma, confiando nos cuidados que os médicos dedicavam ao seu marido.

O Natal chegou e foi embora antes que Alfonso tivesse alta do hospital. O dia em que ele voltou para casa foi o dia em que ela conseguiu forçar-se a voltar também. No entanto, as más lembranças pairavam no ar como resquícios de um perfume doentiamente doce, e Alfonso percebeu imediatamente o quanto isso a afetava.
Os dias iam passando, porém o ânimo de Anahí não melhorava. Ela movimentava-se como um robô, saltando aos menores ruídos inesperados,e acordava no meio da noite gritando o nome dele.

O marido a amava mais do que nunca e procurava tranqüilizá-la o quanto podia. No entanto, permanecia o fato de que um homem fora ferido no hall da casa deles, outro fora morto junto aos degraus do pórtico e o sangue de Alfonso ainda manchava o tapete. Então, certa manhã, ele acordou com um plano. Felizmente o enjôo matinal de Anahí havia passado e ela estava na cozinha fazendo café quando entrou.

- Bom dia, meu anjo.
Beijou a orelha da esposa, perto da tatuagem dourada. Ela demorou um pouco para responder, por fim voltou-se.

- Bom dia – respondeu e beijou-o na boca.

Com um gemido misturado a um suspiro, Alfonso distanciou-se dela, rindo ao ver que Anahí ficava vermelha.

- É melhor você tomar cuidado – avisou, tocando o ventre ainda apenas intumescido. – Esse tipo de cumprimento pode metê-la em encrenca.

Ela apertou a mão dele contra o seu ventre.

- Já estou numa encrenca, se bem que ainda não se veja.

Ele riu.

- Mas logo todos irão ver.

Ela suspirou e prendeu o cabelo atrás das orelhas, depois tocou distraidamente o local onde ele beijara.

- Isso o perturba?

Alfonso estava se servindo de café. Voltou-se, com o bule numa das mãos e a caneca na outra.

- Deveria me perturbar, Any?

- A tatuagem.

Ele hesitou. Como podia ajudá-la a livrar-se das lembranças ruins se ela lembrava-se constantemente daqueles tristes acontecimentos?

- Claro que não – respondeu. – Por que me perturbaria?

Ela deu de ombros e desviou o olhar.

- Não sei. Só pensei que talvez... Quero dizer, às vezes você deve sentir...

- Quer saber de uma coisa, Anahí? Com o passar do tempo passei a achar essa tatuagem sexy.

Era a última coisa que Anahí esperava que ele dissesse.

- Mas...

- Nada de "mas". Ouça-me. – Ele colocou o bule e a caneca no balcão, em seguida ergueu os cabelos dela, descobrindo a pequena ankh. – Aqui está ela, escondida sob esses cabelos maravilhosos, quase atrás dessa pequena e linda orelha, esperando que eu a toque. Às vezes, quando eu estou trabalhando, penso nesta pequena tatuagem e sorrio, sabendo que ela marca um lugar que eu adoro beijar.

- Oh, Poncho! – surpreendeu-se Anahí, com um leve sorriso. – Nunca pensei que você fosse poeta.

Ele fez uma cara triste, fingindo-se magoado.

- Anahí, meu amor, há muitas coisas a meus respeito que você não sabe. Desconhece meus talentos ocultos.

Entrando na brincadeira ela fez força para não rir.

- Que talentos ocultos?

Com falsa fúria, ele sacudiu o indicador diante do nariz dela.

- Vou ensiná-la a rir de mim! Apenas espere até esta noite, minha linda esposa, que eu lhe mostrarei o que tenho escondido.

A assustadora apatia que dominava Anahí ultimamente desapareceu, como Alfonso esperava. E quando ele estava a caminho do trabalho, pensou no que havia dito à esposa. Era verdade. Aquela pequena tatuagem deixara de representar uma marca que outro homem pusera nela. Como o bebê que crescia em seu ventre, era apenas mais uma coisa pertencente à mulher que amava. Mas não o fora até que aqueles dois homens haviam sido detidos pela determinação dela.

Chegou ao canteiro de obras e olhou para o relógio, calculando quanto tempo levaria para pôr em pratica o plano que arquitetara. E, antes que pudesse mudar de idéia, chamou o capataz, encarregou-o de cuidar de tudo e foi para um lugar que conhecia, do outro lado da cidade.

Passava um pouco das seis da tarde quando ele estacionou o carro na entrada da garagem. Havia um pequeno pacote no assento ao seu lado, com um buquê de uma dúzia de rosas vermelhas e uma embalagem com seis latas de refrigerantes. Desde que se havia sabido da gravidez dela, toda bebida alcoólica fora abolida, mas precisavam de algo com que brindar essa noite.

Desceu da caminhonete, inclinou-se para pegar as flores, o pacote e o refrigerante. Correu para a porta da frente sorrindo e o sorriso aumentou quando Anahí foi encontrá-lo no pórtico.

- Bem-vindo ao lar – disse ela. – Senti saudade. – Alfonso entregou-lhe as rosas. – Para mim? Por quê?

- Você verá – resmungou ele e inclinou a cabeça para receber o beijo que ela oferecia. – Hum... Este beijo tem gosto de quê?

- De mim – respondeu Anahí.

Ele riu.

- Sim, de você e de algo com sabor de laranja. O que é?

Foi a vez de ela rir.

- Isso é para você descobrir. – Então, olhou para o pacote. – O que é isso?

- É para você descobrir – devolveu ele.

Rindo, ela cheirou as rosas.

- Vou colocá-las num vaso com água. Quando cansar de brincar com enigmas, venha jantar. Está pronto.

Ele entregou-lhe a embalagem com refrigerantes.

- Já, já! Dê-me apenas alguns minutos para eu tomar um banho rápido e mudar de roupa.

Anahí estava teminando de servir o jantar quando ele voltou, colocou o pacote em cima do prato dela, tirou-lhe a travessa das mãos e a pôs na mesa.

- Posso ajudar? – perguntou.

- Claro, na hora de lavar a louça – provocou Anahí.

Alfonso fez uma cara de desconsolo, mas ajudava todas as noites, depois que terminavam de jantar. Puxou a cadeira da mesa para ela e esperou que se sentasse.

- Oh, como estamos formais esta noite!

Ela riu quando ele aproximou-se da mesa, com cadeira e tudo. Indo para seu lugar em frente de Anahí, Alfonso ficou esperando pela reação ao pacote que colocara no prato.

- Tenho que abri-lo antes de jantarmos? – perguntou ela.

E começou a apalpar o embrulho antes de ele responder. Com a respiração contida, Alfonso ficou vendo a expressão dela mudar de curiosa para perplexa e, em seguida, para reconhecimento. Quando o fitou, seus olhos brilhavam traiçoeiramente.

- Oh, Poncho! Isto é o que estou pensando que é?

- É um catálogo. Olhe na página 154. É a minha preferida, se bem que haja algumas outras interessantes. Claro, a decisão final é sua, uma vez que depois de construída, minha intenção é morarmos nessa casa pelo resto das nossas vidas.

Ela deixou o catalogo de fotos e plantas de casas sobre a mesa, ergueu-se e foi aninhar-se no colo do marido.

- Não vai olhar? – perguntou ele. – Qualquer uma dessas plantas pode ser modificada, se você quiser.

- Mais tarde nós a olharemos juntos – murmurou Anahí, com os dedos deslizando no pescoço dele. – Agora, eu tenho que fazer isto...

Aproximou o rosto do dele e capturou seu sorriso com a boca, num beijo que era pura delicia e o fez gemer.

- Você é o melhor marido que uma mulher pode ter – murmurou ao ouvido dele.

Alfonso segurou-lhe o rosto com as duas mãos e traçou o desenho dos lábios dela com os polegares.

- E você, Anahí, é um sonho de esposa. Você não apenas salvou nossas vidas, como também a do nosso filho. Está na hora de começarmos tudo de novo e quero que isso aconteça em outro lugar. Haja o que houver, estaremos mudando para nossa nova casa no começo do verão. Uma casa nova para um bebê novo e uma nova vida. O que você acha?

- Que amo você.

Ele abraçou-a, escondendo o rosto na curva de seu pescoço e sentindo com alegria a pulsação acelerada do coração dela.

- É... Está ótimo para começar.

Anahí achava-se na cama, lendo as últimas páginas de um livro, quando ouviu Alfonso fechar a torneira do chuveiro. Ansiosa por terminar antes que ele viesse e apagassem a luz para dormir, voltou a ler depressa, querendo conhecer a revelação do mistério que estava prestes a ser feita. Justamente quando ela chegou à última folha, Alfonso saiu nu do banheiro. Dizer que a atenção dela dispersou-se do livro não seria mentir.

Porém, continuou a ler bravamente e virou a página, lendo linha após linha, à medida que os últimos nós da trama iam de se desfazendo. Alfonso pegou as roupas que ia usar no dia seguinte e colocou-as sobre uma cadeira, depois tornou a ir para o banheiro, passando diante dela.

De repente, Anahí perdeu a respiração. Desta vez era impossível concentrar-se no livro. Na metade da última página, jogou-o de lado e saltou da cama.

- Alfonso Herrera! O que você fez?

Ele recuou até a porta do banheiro, olhando-a por cima do ombro e gostando do espanto no rosto dela.

- Não sei do que está falando, querida – respondeu, com a maior inocência.

Ela aproximou-se e levou-o para dentro do banheiro, onde a luz era mais intensa.

- Pois sim, que não sabe! – zangou-se ela e virou-o de costas para a luz. Na nádega direita dele havia uma ankh dourada tatuada, idêntica a que Anahí tinha atrás da orelha. – O que você fez?

Ao perguntar, tocou a tatuagem com as pontas dos dedos.

- Ai, cuidado! – Alfonso estremeceu. – Essa maldita coisa ainda dói.

Fez um movimento. Voltando-se de costas para o espelho de corpo inteiro, atrás da porta do banheiro, e ajeitou-se para ver melhor o próprio traseiro.
Anahí sentou-se na beira da banheira e ficou olhando para ele, sem acreditar.

- Por quê?

Alfonso passou uma toalha pela cintura e sentou-se num banquinho, de modo a ficar bem em frente dela.

- Porque toda vez que eu ia tocar sua tatuagem, percebia dor e tristeza em seu rosto. Então... achei que oferecer-lhe uma outra conexão com essa maldita coisa seria uma boa idéia. Agora, toda vez que você olhar ou tocar sua tatuagem vai pensar em mim... apenas em mim.

Terminando de falar ele ergueu-se, virou-se de costas para ela e tirou a toalha, para que tivesse uma perfeita visão de sua nádega decorada.

- Então, o que acha?

Por um instante Anahí não soube o que dizer. Afinal, ergueu os olhos, e a ansiedade no rosto do marido quase lhe partiu o coração. Sacudiu a cabeça.

- Acho que você é louco – murmurou.

- Você já sabia disso quando se casou comigo – disse Alfonso, sorrindo. – Eu quero saber é o que acha da minha tatuagem.

Ele contraiu e descontraiu os músculos da nádega, fazendo a tatuagem se mexer.
As sobrancelhas dela arquearam-se.

- Você se acha irresistível, não?

O sorriso de Alfonso transformou-se em risada e ele desfilou de um lado para o outro do banheiro, exibindo-se.

- Diga você...

Ainda nem terminara de falar, parou e ergueu-a nos braços.

- Vou dizer só amanhã de manhã – determinou ela, enquanto ele a deitava na cama.

No ardor da paixão que os unia, o livro de Anahí caiu no chão. Levaria mais um dia para ela saber como ele terminava, porém não tinha que esperar para saber como acabava a história deles dois.

Com Alfonso, seria feliz até o fim.


F I M


 


Gracias a Todas de Verdade *--*


Agradeço aVocês por terem paciência em esperar os Posts,Eu sei que é horrível.


Meninas agora só tenho Duas Webs.


 


Fuga Para o Amor-AyA


 


A Paciente-Aya


 


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 700



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  • biaportilla13 Postado em 14/09/2016 - 03:17:27

    Oi, eu queria saber se você deixa eu postar sua web no Wattpad (lhe darei os créditos, óbvio) é que eu achei ela incrível e queria postar no meu perfil de lá. *-*

  • Cristieli Postado em 06/01/2016 - 23:53:07

    Amei essa história muito aconchegante....uma das melhores que já li aqui no fanfics

  • queren_fortunato Postado em 29/12/2015 - 02:53:50

    Que perfeita adorei 😍😍😍😍

  • juliapuente Postado em 03/03/2013 - 16:00:12

    uma das melhores historias AyA que ja li aqui *-*

  • isajuje Postado em 26/01/2013 - 18:33:51

    Realmente, essa história é demais. Gostei muito. Comecei a ler ela ontem e terminei hoje, de curiosa que eu sou :3' KKKKKKKKKK' e o Poncho e a tatuagem rsrs, sem comentários... K

  • elizacwb Postado em 11/01/2013 - 13:20:50

    caramba carol_17, sempre procuro webs dos AyA pra ler e qdo comeceei a ler essa eu não parei mais, que historia linda que final maravilhoso vc deu a ela, até chorei, juro que chorei que coisa linda, valeu demais ter lido essa web

  • elizacwb Postado em 11/01/2013 - 13:20:34

    caramba carol_17, sempre procuro webs dos AyA pra ler e qdo comeceei a ler essa eu não parei mais, que historia linda que final maravilhoso vc deu a ela, até chorei, juro que chorei que coisa linda, valeu demais ter lido essa web

  • elizacwb Postado em 11/01/2013 - 13:20:10

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  • elizacwb Postado em 11/01/2013 - 13:19:59

    caramba carol_17, sempre procuro webs dos AyA pra ler e qdo comeceei a ler essa eu não parei mais, que historia linda que final maravilhoso vc deu a ela, até chorei, juro que chorei que coisa linda, valeu demais ter lido essa web

  • elizacwb Postado em 11/01/2013 - 13:19:19

    caramba carol_17, sempre procuro webs dos AyA pra ler e qdo comeceei a ler essa eu não parei mais, que historia linda que final maravilhoso vc deu a ela, até chorei, juro que chorei que coisa linda, valeu demais ter lido essa web


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