Fanfics Brasil - Capítulo 009 Lembre-se de Mim AyA -Finalizada

Fanfic: Lembre-se de Mim AyA -Finalizada | Tema: AyA


Capítulo: Capítulo 009

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O quarto de hospital estava em silêncio, ao contrário do corredor lá fora. De costas para a janela, Alfonso olhava para sua esposa. Ela ainda não recuperara os sentidos. Toda a raiva que ele sentira enquanto se julgava traído se tornara preocupação. Não importava o que ela houvesse feito, jamais desejara vê-la naquele estado lamentável. Amava-a. Sempre a amaria, mesmo que seu amor não houvesse sido suficiente para fazê-la ficar a seu lado.
Ele suspirou, olhando para Anahí. O rosto em forma de coração, o nariz fino e perfeito, a boca grande e sensual. Era a mulher que ele amava, no entanto Alfonso pensou que sabia pouquíssimo do seu passado, dito por ela mesma.

Órfã aos quatro anos, passara os quatorze anos seguintes de sua vida na casa Gladys Kitteridge, um orfanato em Albuquerque, Novo México. Depois disso, cursara a faculdade em Denver, encaixando estudos entre dois períodos de trabalho. Ele lembrava-se de quando entrara no restaurante onde ela trabalhava. Magra quase ao ponto de ser esquelética, Any segurava uma enorme bandeja com quatro grandes filés fumegantes. Estava rindo. Alfonso quase podia sentir o nó que se formara em seu estômago. Ele a quisera naquele momento, mesmo antes de saber o nome dela.

Com um suspiro, pensou que fazia muito tempo que isso acontecera, antes que ela o deixasse , antes que o mundo dele caísse.
Um músculo tremeu na face esquerda de Anahí e suas pálpebras agitaram-se. Alfonso imaginou se ela saberia onde estava. Sua respiração era lenta e superficial. Os cabelos dourados espalhados sobre o travesseiro acentuavam a palidez do rosto. A testa dele franziu-se. Ela estava tão imóvel! Pelo que lera a respeito, os sintomas que Any apresentava não indicavam que fosse uma viciada em drogas.

No entanto, que outra explicação haveria para as marcas de injeções nos braços? E havia aquela estranha agitação pela qual ela passara. Citara um ônibus.... O que isso quereria dizer?

Ele passou os dedos nos cabelos, criando momentâneos sulcos nas mechas escuras, que logo voltaram ao lugar enquanto massageava a própria nuca. Alfonso não saberia dizer o que doía mais, se sua cabeça ou seu coração. Ainda não conseguia acreditar no que acontecia. Por um lado, o reaparecimento de Any era um sonho que se tornava realidade. Mas por que ela tinha ido embora?
Inconscientemente, chegou mais perto dela, desejando poder ler sua mente. Precisava de explicações, não de mais mistérios. Mas até o momento não havia respostas e sim apenas mais perguntas.

Um nó começou a formar-se em sua garganta. Maravilhado por ela estar realmente ali, respirou fundo e teve ímpetos de tocá-la. Com cuidado, para não deslocar a agulha intravenosa nas costas da mão dela, Alfonso inclinou-se, e seus dedos trêmulos deslizaram pelo braço inerte. Ele passara dois anos recusando-se a sepultar a lembrança de Anahí, no entanto, agora que ela estava ali, tinha medo de esperar demais. Quando ela ficasse boa, se ficasse boa, permaneceria com ele?

Alfonso ainda se fazia essa pergunta quando Anahí entreabriu os lábios e aspirou fundo, como se lhe faltasse ar. Abriu os olhos e ele poderia jurar que estavam cheios de terror. Em seguida o terror apagou-se e as pálpebras fecharam-se de novo. Ela estava outra vez sem sentidos.
Ele inclinou-se mais, até seus lábios ficarem junto ao ouvido dela.

- O que houve, Any? Por que você foi embora?

Ela suspirou e ele viu, com o coração apertado, uma lágrima surgir nos cílios de cada um dos olhos e escorregar para os lados, até desaparecer nos cabelos.
Então, Alfonso moveu a boca um pouco mais para a direita e, pela primeira vez depois de dois anos, beijou a mulher que era sua esposa.

Passaram-se horas. Horas em que os pensamentos de Alfonso haviam ido de uma imagem para outra, procurando encontrar um sentido naquilo tudo. Mas era impossível, por mais que ele tentasse explicar a ausência e o retorno dela.
De súbito, a porta do quarto abriu-se e entrou o dr.Carl Willis, que estava cuidando de Anahí.

- Vim falar com o senhor – disse o médico.

O coração de Alfonso deu um salto.

- Já tem os resultados dos exames, doutor?

- Da maior parte deles.

Sem perceber que cerrara os punhos, Alfonso deu um passo à frente.

- Drogas?

O dr. Willis fez um gesto de impotência.

- Não sei o que foi injetado nela, mas não se trata das drogas que está pensando. Aliás, os sintomas que apresenta não são os de viciados enm drogas que já vi. Não há traços de substâncias ilegais no organismo dela. Só foram encontrados indícios de sedativos. Sua esposa tinha dificuldade para dormir?

Alfonso estava surpreso. Não se tratava de drogas? Olhou para Anahí, tentando assimilar a informação. Se não eram drogas, o que seria?

- Sr. Herrera?

Ele quase saltou.

- Desculpe, doutor. O que disse?

- Perguntei se sua esposa sofria de insônia.

- Não... Não que eu saiba.

A mão de Alfonso acariciou a face de Anahí. Queria que ela acordasse. Precisava dizer-lhe que sentia muito, que precisava saber em que inferno ela estivera.

- O que há de errado com Anahí, doutor?

- Ela sofre de grave concussão cerebral, e há marcas de ferimentos nas costas e no ombro, que indicam que foi vítima de um acidente.

Alfonso estremeceu, lembrando-se das palavras dela antes de perder os sentidos. Cuidado com o ônibus!

- É possível saber quando esse acidente aconteceu? - perguntou.

E Alfonso contou ao médico, resumidamente, o que acontecera dois anos antes. O dr. Willis lembrou-se de ter lido e visto notícias do caso Herrera e envergonhou-se por ter pensado que o marido da desaparecida havia cometido o crime. Agora que sabia a verdade, sentia-se quase na obrigação de ajudar a resolver aquele mistério.



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- O sangue na cabeça dela ainda está exsudando um pouco de sangue e soro, o que indica que foi ocasionado a cerca de três ou quatro horas,Alfonso empalideceu, lembrando-se que chegara a zangar-se com Any, e sua voz tremeu quando falou.- Ela vai ficar bem? – O médico exitou, o que bastou para fazer o peito dele apertar-se. – O que &eacut ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 700



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  • biaportilla13 Postado em 14/09/2016 - 03:17:27

    Oi, eu queria saber se você deixa eu postar sua web no Wattpad (lhe darei os créditos, óbvio) é que eu achei ela incrível e queria postar no meu perfil de lá. *-*

  • Cristieli Postado em 06/01/2016 - 23:53:07

    Amei essa história muito aconchegante....uma das melhores que já li aqui no fanfics

  • queren_fortunato Postado em 29/12/2015 - 02:53:50

    Que perfeita adorei 😍😍😍😍

  • juliapuente Postado em 03/03/2013 - 16:00:12

    uma das melhores historias AyA que ja li aqui *-*

  • isajuje Postado em 26/01/2013 - 18:33:51

    Realmente, essa história é demais. Gostei muito. Comecei a ler ela ontem e terminei hoje, de curiosa que eu sou :3' KKKKKKKKKK' e o Poncho e a tatuagem rsrs, sem comentários... K

  • elizacwb Postado em 11/01/2013 - 13:20:50

    caramba carol_17, sempre procuro webs dos AyA pra ler e qdo comeceei a ler essa eu não parei mais, que historia linda que final maravilhoso vc deu a ela, até chorei, juro que chorei que coisa linda, valeu demais ter lido essa web

  • elizacwb Postado em 11/01/2013 - 13:20:34

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  • elizacwb Postado em 11/01/2013 - 13:20:10

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  • elizacwb Postado em 11/01/2013 - 13:19:59

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  • elizacwb Postado em 11/01/2013 - 13:19:19

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