Fanfic: Eu sou teu! (Terminada) | Tema: Vondy ♥

Dulce: Não andam mesmo, para piorar os meus cabelos estão caindo – suspirou cansada.

Dr. Anderson: Eu sinto muito, mas desde o começo falamos que podia cair – Dulce apenas afirmou com a cabeça – chamei você aqui pois vimos umas mudanças na evolução de seu câncer – Dulce o encarou – calma, só quero lhe explicar o que acontece – abriu o envelope do exame dela – você está com uma anemia, mais forte que o normal, o seu corpo não está conseguindo combate-la – Dulce prestava atenção nele – por isso vamos ter que fazer uma transfusão de eritrócitos – explicou devagar – só que esse é o problema – suspirou p- não achamos ninguém compatível ao seu tipo sanguíneo – Dulce apenas deu uma risada irônica.

Dulce: Dr. Por que não me matam logo? – perguntou amarga.

Ninguém compatível? Será possível que eu nunca vou ter uma noticia boa, em anos de doença nunca recebi um “você será curada” e sim “ você tem 25% de chances de sair boa”, isso lá era noticia boa? Quero ouvir que não vou morrer, quero achar um doador de medula, quero poder viver... quero viver apenas isso.

Dr. Anderson: Dulce? – estalou o dedo no rosto dela, ela tinha viajando em pensamentos.

Dulce: Já posso ir embora? – com a voz embargada.

Dr. Anderson: Ir embora? Querida você precisa tomar uma aplicação hoje – ela suspirou cansada.

Dulce: serio mesmo? – revirou os olhos – posso não tomar mais isso? – olhando para ele.

Dr. Anderson: Querida, agora só falta três aplicações – falou carinhoso – venha, eu mesmo vou te levar até lá – se levantou e a conduziu para fora da sala.

Dulce: Dr. E a Milena? – seguindo o medico.

Dr. Anderson: Está em processo de preparo para receber a medula – sorriu, chegando na sala de aplicação ele a deixou por lá e foi atender outros pacientes. Dulce foi furada como sempre e dessa vez como estava sozinha preferiu colocar fones de ouvido e apenas escutar musica nessas horinhas ali.

...

Uma enfermeira veio ao encontro dela e a tirou daquele momento doloroso, ela a ajudou com o balde para enjoos.

- Está melhor querida? – Dulce afirmou com a cabeça.

Dr.Anderson: Ainda por aqui – indo até Dulce.

Dulce: É eu gosto muito daqui – falou irônica, estava bastante pálida.

Dr. Anderson: Eu adoro o seu senso de humor – falou rindo.

Dulce: Pelo menos isso eu ainda não perdi – suspirou – porque o cabelo, oh! – mostrou alguns fios caídos em seus ombros.

- É normal Dulce – falou a enfermeira com carinho.

Dulce: Normal? Prefiro ficar careca ao ver eles caírem aos poucos – passou a mão pelo rosto, piscou algumas vezes – raspa o meu cabelo? – olhou para a enfermeira.

Dr. Anderson: Eu devia negar isso, mas eu sei que para você uma menina tão linda é doloroso ver os cabelos cair – sorriu amarelo – pegue a maquina – pegou a mão de Dulce – você tem certeza? – Dulce afirmou com a cabeça.

Dulce: Já devia ter feito isso antes, estou adiando não sei para que – suspirou – é só cabelo, não? – tentando se convencer.

Então foi tudo preparado para aquele momento, o momento mais temido por Dulce. Lá estava ela sentada em uma cadeira, um enfermeiro com uma maquina e o Dr. Anderson segurando sua mão.

Dulce: Eu sei que vai ficar tudo bem – olhando para o medico – pode cortar – então veio o barulhinho da maquina ZUUUUUUU!! Os primeiros fios foram cortados, Dulce conseguia ver pelo reflexo do vido seus cabelos caírem no chão, era tão doloroso. Piscou algumas vezes para segurar as lagrimas, mais foi em vão, elas começaram a escorrer, sua respiração ficou acelerada e tudo o que mais temia estava ali acontecendo, estava ficando careca.

Dulce: Não digam nada – pediu olhando para baixo, ainda raspando a cabeça – não quero a pena de ninguém – suspirou e ao levantar a cabeça os olhos se encontraram, a boca ficou seca e as mãos suadas.

O meu amor está ali parado, parado em frente a uma garota careca, em frente a uma garota desconhecida, eu não estou mais bonita e nem mais atraente. O meu amor está ali me olhando com aqueles olhos castanhos, ele parece estar em êxtase. Saia daqui! É o que eu quero gritar, mas as lagrimas e o choro me prenderam a voz e o grito. Não quero que me veja assim, novamente não consigo falar.

"Aquele que nunca viu a tristeza, nunca reconhecerá a alegria."

Continua [...]

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