Fanfic: Uma Viagem Inesperada | Tema: CSI

No dia seguinte Grissom convidou Sara para almoçar num restaurante. Ela de início achou que era por causa do caso, então vestiu algo que desse para se movimentar bem depois.

- Meu Deus, como você consegue ficar mais linda? – perguntou Grissom olhando para a roupa que sara usava.

Ela corou com o comentário, mas sorriu.

- Você também está lindo – disse ela.

- Obrigado...

Sara usava uma blusa vermelha, um pouco decotada, que marcava bem as curvas dela. Ela estava com um shorts jeans, larguinho, que ia até o meio da coxa. Ela colocou um all star preto. Ele usava uma calça jeans, uma camiseta pólo azul clara e um tênis.

- Vamos? – perguntou ele.

- Vamos... Onde nós vamos?

- Onde você quiser.

- Eu quero ir no Mc Donalds...

Ele riu e pegou na mão dela. De início eles se estranharam, tanto que ficaram se olhando por uns segundos em silêncio até que começaram a andar.

Tinha uma Mc Donalds bem perto dali, então foram a pé. Eles andaram o tempo todo de mãos dadas. Eles chegaram no Mc e foram no caixa pedir o lanche. Sara pediu um Mc Lanche Feliz, e Grissom pediu um Big Mac. Eles pegaram o lanche e foram para uma mesa.

Sara comia seu lanche silenciosamente, e ele também. Por mais “velha” que fosse, Sara sempre iria pedir um Mc lanche feliz, dessa vez ela tinha pegado uma maletinha da “Hello Kit”.

Depois que terminaram de comer Grissom estendeu a mão sobre a mesa, como se pedisse para Sara colocar a mão dela sobre a dele. Ela percebeu isso então colocou a mão dela sobre a dele. Ele ficou fazendo carinho com o polegar enquanto ela o observava.

- Sara?

- Sim Griss...

- Eu preciso te contar uma coisa – começou ele tomando coragem.

- O que você precisa me contar?

Ele respirou fundo e disse tudo de uma vez:

- Sara, desde quando te vi pela primeira vez em São Francisco eu me apaixonei. Foi amor a primeira vista. E você passou a se interessar pelas minhas palestras, e depois aquela noite... Ah... Me lembro como se fosse hoje. Mas eu tive que voltar para Vegas. Quero que saiba que eu sempre te amei, e que ainda te amo. Quando eu tive a oportunidade de chamar você para ir trabalhar comigo, eu chamei, nem pensei em outra pessoa. Bem, depois começamos a trabalhar juntos. Toda vez que eu te via chegando ao lab, ah, que alegria... Quando trabalhávamos no mesmo caso, nossa, eu quase morria... Seu perfume de chocolate. E tivemos alguns momentos que eu realmente não vou esquecer...

- Griss – Sara começou a dizer.

- Não Sara, deixa eu terminar, não sei se vou conseguir dizer tudo isso de novo. – ele respirou fundo e continuou – E agora... Estamos juntos aqui. Quando nós transamos, eu senti muita coisa. Pra mim não foi somente sexo, foi fazer amor. Quando eu tenho que fingir ser seu marido eu fico imaginando nós dois, como seria... Toda vez que eu te vejo, meu coração bate mais forte, fico nervoso, minhas mãos começam a suar, como agora. Toda vez que nós damos as mãos, eu fico imaginando se quando esses 10 dias acabarem como ficarei. Eu não sei se você me ama, porque, dei tantos foras em você que acho que você já seguiu em frente, mas quero que saiba que, eu te amo.

- Griss eu...

- Shii, por favor, deixa eu terminar – implorou Grissom – Eu estou pedindo pra você me escutar porque, foi tão difícil chegar e falar isso. Ontem eu fiquei ensaiando em como eu iria contar essas coisas a você, mas, eu vi que teria que ser coisa de momento. Eu há alguns dias atrás ia me declarar, mas eu não consegui. Fui um covarde, mas agora aqui estou eu, me declarando para a mulher que amo e sempre amei e... Ah droga... – a voz dele falhou.

Ele abaixou o rosto e soltou das mãos dela. Ele se sentiu muito pequeno ali, se sentiu uma criança de 8 anos. Ele se sentiu vulnerável. Grissom pensou que fosse chorar ali. Sara também não dizia nada, o que o assustava.

“Cancela, cancela, cancela, cancela” – pensou Grissom.

Grissom ia a um psicólogo há um ano e meio. Estava fazendo tratamento, por causa do trabalho. E o médico dele disse que toda vez que viesse um pensamente ruim ou que o deixasse deprimido era pra pensar “cancele, cancele, cancele”. Ia ajudar a esquecer aquele pensamento.

- Griss?

Ele levantou o rosto vagarosamente e viu o rosto de Sara banhado em lágrimas. Grissom ficou estático por uns minutos.

- Sara você ta bem?

“Idiota, babaca, não, não, cancelar, cancelar, cancelar” – pensava ele atordoado.

Sara se levantou, e foi até o outro lado da mesa e se sentou na cadeira que tinha ao lado dele.

- Grissom isso foi a coisa mais linda que alguém já me disse – disse Sara por fim. – Grissom eu sempre te amei, e vou te amar para sempre.

Ela inclinou o rosto para frente e o beijou. O beijo foi calmo, cheio de amor. Estavam no meio de beijo quando ouviram barulhos de tiro.

Eles se soltaram e olharam em volta. O casal viu alguns homens de preto e o dono do baile.

- Que merda é essa? – perguntou Sara dando chutes no homem que se aproximava dela.

- Não sei não. Mas vamos lá – respondeu Grissom.

- Grissom estamos em dois, e eles estão em... Em muitos – concluiu Sara. – Não vamos conseguir.

Eles se olharam assustados e Sara começou a se aproximar de Grissom.

- Grissom se eles nos pegarem... Não. Não é para ser assim – disse Sara tremendo.

- Sara eu te amo. Não esquece disso, ta? – pediu Grissom.

Eles deram as mãos e engoliram em seco. Se lutassem iam perder mesmo assim, eles não tinham armas, e eram em dois.

Poderia ser o fim deles, ali mesmo. Poderiam levar um tiro na cabeça, mas se eles queriam matar os dois já teriam feito, não teriam?