Fanfic: AMOR SEM FIM - ADAPTAÇÃO VONDY {finalizada} | Tema: Vondy

 — Eu... — E o desejo que sente por mim ainda está presente em cada olhar que me dá, porque o sexo foi fantástico — falou Christopher enfaticamente. A memória suscitou bruscamente a vívida imagem do corpo esbelto e forte de Christopher embalando-a, a dor da iniciação, que foi seguida por ondas de prazer. O que acontecera realmente havia sido fantástico. Porém, não era exatamente o que ela sonhara na infância, pensou, frustrada. Faltavam outros ingrediente, mais duradouros e plenos.

 — E isso é tudo que quer, não é? Sexo e nada mais. Christopher tocou suavemente os grandes cachos de Dulce e falou em voz baixa e firme: — Quero você. Farei tudo o que for preciso para ter você. Com grande esforço, Dulce se desvencilhou, afastando-se e respirou fundo. Mal conseguia disfarçar o tremor.

 — Por quanto tempo? Christopher fez uma longa pausa, refletindo como poderia responder a tal pergunta.

Dulce observava, admirada com a atitude sofisticada e tranquila dele. Era lindo, uma obra de arte masculina e forte. Era demais para ela.

 Como diria uma colega de trabalho: "Muita areia para o seu caminhãozinho." Já sabia que aquela história não teria futuro. Sea tratava assim agora que estava fortemente atraído por ela, imagine quando começasse a perder o interesse, quando ela deixasse de ser novidade. O orgulho e o bom senso finalmente voltaram à mente de Dulce.

  — Não daria certo... já começou mal — argumentou com segurança. O cinismo iluminou os traços bronzeados e sensuais do rosto dele. 

 — E isso é um problema? Acha, mesmo, que vou pensar mal de você só porque mostrou que tem tanto furor e ímpeto sexual quanto eu? Dulce o olhou desconfiada.

 — E  não pensa? Quer dizer, você costuma tratar todas as mulheres assim? Pego de surpresa, Christopher respondeu com um olhar sedutor, mas de nada serviu, pois ao ver as horas Dulce ficou aflita.

 — Não pode ser! Vou chegar atrasada ao trabalho!

 — Trabalho? Você trabalha nos fins de semana também?

 — Sim. — Pegando a bolsa e a jaqueta, Dulce abriu a porta. — Tenho de ir — anunciou nervosa. Christopher saiu e se virou para observá-la fechar a porta.

 — Onde trabalha?

 — Em um supermercado aqui perto. Dulce desceu as escadas em tempo recorde. E Christopher a seguiu.

 — A que horas sai? Já na rua, Dulce avistou a limusine preta com janelas blindadas e um homem bem vestido de óculos escuros esperando, atentamente. No instante em que Christopher saiu da portaria do prédio, dois outros homens do outro lado da rua ficaram  em alerta. Christopher era protegido em todos os lugares aonde ia. Ele não vivia uma vida comum como os demais mortais.

 — Dulce Maria? Vai responder à minha pergunta? — perguntou Christopher secamente.

 — Às seis horas. Mas por que quer saber? Homens como você não saem com garotas como eu!