Fanfics Brasil - ... AMOR SEM FIM - ADAPTAÇÃO VONDY {finalizada}

Fanfic: AMOR SEM FIM - ADAPTAÇÃO VONDY {finalizada} | Tema: Vondy


Capítulo: ...

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— Por que não está servindo? — alguém sussurrou ao seu ouvido. Dulce levou um susto e acordou do transe como se tivesse levado um tapa. Quando apanhou a primeira xícara com o pires, Christopher Uckermann a avistou e ela voltou a ficar imobilizada. O estômago contraiu-se  e o coração disparou, dificultando a respiração. Por um segundo, o mundo ao redor desapareceu.


Dulce só conseguia perceber a sensação estranha que pesava em seu peito,  a boca seca, e algo quase doloroso que formigava pouco abaixo da pélvis. Abaixou os olhos, tentando conter aconfusão que a assomava. Ficou impressionada pelo fato de que era necessário um esforço físico para conseguir se concentrar em sua tarefa.


Café: forte, preto, doce, lembrou a si mesma, enquanto se perguntava onde estava com a cabeça. Ao imaginar qual seria a resposta, sentiu as bochechas corarem na mesma hora, de vergonha. Nunca mais ousaria olhar para ele novamente!  Buscou acalmar-se e respirou fundo enquanto enchia a xícara de café para ele. Involuntariamente, acabou acrescentando quatro colheres cheias de açúcar, mexeu e forçou o passo na direção dele. Christopher havia estado meio entediado até então. Se não a tivesse visto novamente, tinha certeza de que não pensaria mais nela.


Porém, a presença daquela ruiva a poucos metros de distância descartava tal possibilidade. Em um movimento elegante, sentou-se à mesa. Seria uma garçonete terceirizada? Ou fazia parte da equipeda copa?


Ao olhar para ela, rapidamente, perdeu o interesse por pequenos detalhes de sua identidade. Preferiu se deter nos detalhes de sua figura. Era mignon, tinha um rosto lindo, com lábios carnudos e naturalmente rosados, que combinavam simetricamente com as abundantes curvas do corpo.


Os olhos verdes lhe lembravam um pedaço de vidro da mesma cor que havia encontrado na praia quando era criança. A boca bem desenhada de Christopher se contorceu ao lembrar da reação de desprezo da mãe ao receber um presente tão bobo. No entanto, ao ler a expressão  calmada pequena e sensual ruiva, a lembrança desagradável de sua infância perturbadora desapareceu.


Quando Dulce serviu o café para Christopher, a mão tremia tanto que ele  teve que apanhar a xícara e envolver o pulso dela para evitar um acidente.


— Cuidado —  Christopher a advertiu. Foram necessários apenas alguns segundos para que o perfume floral estonteanteda pele alva dela lhe invadisse o olfato. Rapidamente ele ficou excitado.Durante um breve olhar que ela lhe deu, pôde perceber quão vulnerável  elaestava. Ela se encontrava tão próxima que ele mal conseguia respirar, e aquela constatação era incrivelmente excitante.


Imaginou agarrando-a, sentando-a em seu colo, abrindo sua blusa até que os seios estivessem à mostra e usando a boca e as mãos para brincar com as curvas abundantes que marcavam o tecido da roupa. Ficou surpreendido com o poder erótico daquela visualização e afastou a fantasia com desdém.


Desde quando se interessava por garçonetes? Tomou um gole do café fortíssimo, mas a tensão que lhe invadia o corpo exaltado recusava-se a desaparecer. Com calor por todo o corpo e tremendo, Dulce deu a volta. Sentia-se uma tola! O que ele devia estar pensando dela, por ter ficado encarando-o daquele jeito? Obviamente, havia notado que ela o olhava boquiaberta. Como não poderia ter notado? Olhou ao redor e percebeu que ninguém  havia observado o deslize e a intervenção dele, ou o olhar de reprovação.


Aliviada, mas  ao mesmo tempo chateada pela cena deplorávelque fizera, recompôs-se e começou a servir  as demais pessoas sentadas à mesa.


 — Este café está intragável — reclamou um dos presentes, fazendo uma careta. Dulce ficou consternada com o comentário.


— Ao contrário, é o primeiro café decente que tomo nesta empresa — respondeu Christopher com um tom impaciente. — Vamos continuar com a apresentação. Vexada e frustrada  pelas críticas, Dulce não perdeu tempo em responder ao sinal de Annabel para que se apressasse e servisse logo a todos. No afã de cumprir tal missão e escapar rapidamente da sala de conferência, Dulce tropeçou em um dos fios espalhados no chão. Perdeu o equilíbrio e caiu, de frente, sobre o carpete. O computador cujo fio enroscou-se no pé de Dulce  tombou logo em seguida. Por alguns segundos, o silêncio reinou no recinto. Christopher observou a ruiva de bruços com uma incredulidade sardônica. Ela parecia uma obra de arte sem igual, mas, sendo humana, tinha um defeito fatal: ao se mover era um acidente em potencial. 


— Por que não olha por onde anda? — um dos executivos a repreendeu em tomde desespero.


— Sinto muito — disse Dulce, sem graça, olhando consternada para o computador.


— O memory stick  partiu ao meio — o homem resmungou. — Terei que tirar outra cópia da apresentação e mandar por e-mail para o senhor. Pura impaciência estampou-se na face de Christopher, pois estava com prazos muito apertados. Não satisfeita em quase ter derramado café em cima dele, Dulce havia  conseguido, sozinha, arruinar a reunião. 


— Como pode ser tão incrivelmente desastrada? — ele murmurou friamente. Horrorizada com o estrago que havia causado e desolada pela reprimenda,  Dulce se levantou rapidamente e disse, em voz baixa: — Sinto muito, senhor. Não vi o fio.


Naquele momento Christopher se perguntou o que havia naqueles traços delicados e na palidez daquela pele de tão familiar. Os olhos agora estavam levemente lacrimejantes, deixando o verde da íris ainda mais brilhante. Havia um crachá de identificação na blusa, mas Christopher não conseguia ler o que estava escrito. Ele a estudou sob a proteção dos   cílios. Os olhos brilhavam com intensidade. Os lábios carnudos e vermelhos eram tentadores.


 — E você é...? — ele perguntou secamente.  — Dulce... Dulce Maria Saviñón. Dulce avistou Annabel e viu a superior balançar a cabeça, indicando claramente que  deveria sair dali o mais rápido possível. Voltou para o carrinho e foi em direção à saída. Sentia tanto calor, frustração e raiva que teve de lavar o rosto com água fria parase acalmar.


Quando finalmente tinha a oportunidade de se encontrar pessoalmente com Christopher Uckermann, havia conseguido causar a pior impressão possível de si mesma. Estremeceu com a suspeita de que ele tivesse visto as lágrimas involuntárias de desgosto em  seus  olhos ao perceber a extensão do estrago que causara. Como pôde ser tão pouco profissional? O que a incomodou ainda mais foi o tipo de comportamento que teve na frente dele. Eram irritantes a ingenuidade e a inexperiência que demonstrava quando o assunto era homem.


Na verdade, tivera poucas oportunidades de adquirir vivência na área amorosa, pois havia passado toda a adolescência e o início da juventude presa às responsabilidades da casa.  Era impossível ter vida social, nunca podia sair. Em alguns aspectos, era mais madura que as meninas da sua idade, pois convivera muito com os avós. Quando se mudou para Londres, para procurar emprego, depois que a avó faleceu, descobriu que não estava em sintonia com a maioria das pessoas da sua geração. Sexo casual e bebedeira iam contra os princípios que havia aprendido a respeitar. Porém, Dulce era honesta o suficiente para admitir que,  no momento em que entrou naquela sala de conferência e viu Christopher Uckermann, descobriu que nunca havia se sentido tão genuinamente atraída por um homem.


Naquele instante, seu cérebro parecia derreter, e o corpo, um ente independente e estranho que respondia a impulsos que desconhecia que possuía. A força daquele instinto físico a tinha pego de surpresa, e mesmo depois, ao relembrar os acontecimentos, ficava chocada. A consciência perturbadora de algumas partes íntimas do corpo não a deixava em paz, percebendo que tinha estímulos sexuais que havia ignorado, até então, por precaução ou medo. Será que ele desconfiara dos motivos por que ela havia ficado tão alterada ao lado dele? A suspeita a fez encolher-se de apreensão. Mesmo que ele estivesse acostumado a chamar a atenção feminina, era compreensível que esperasse um comportamento mais prudente e reservado por parte de uma de suas empregadas.




 



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Autor(a): AneVondy

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  — Senhorita Saviñón? — Annabel Holmes murmurou da porta. — Posso conversar com você? Dulce empalideceu, afastou-se obedientemente do carrinho que estava limpando e encarou a gerente. — Tem certeza de que está bem? Foi uma queda e tanto — disse Holmes de um jeito um tanto ríspido. — Estou óti ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 288



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  • stellabarcelos Postado em 23/12/2015 - 01:48:38

    Amei muito

  • winnedevill Postado em 31/07/2012 - 15:21:05

    Venham conferir a nova série, The Pact. Comente lá e ajude-nos a melhorar a web série que estamos proporcionando para vocês: http://www.fanfics.com.br/?q=fanfic&id=17521

  • miranda Postado em 23/07/2012 - 15:13:24

    perfeita!! amei cada cap. s2 espero por novas adaptações. *_*

  • breco Postado em 19/07/2012 - 23:06:30

    Amei!!! Pena que acabou

  • nandamoderadora Postado em 18/07/2012 - 19:09:31

    pooooooosta maaaaais *-*

  • nandamoderadora Postado em 18/07/2012 - 19:09:31

    pooooooosta maaaaais *-*

  • nandamoderadora Postado em 18/07/2012 - 19:09:31

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  • nandamoderadora Postado em 18/07/2012 - 19:09:30

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  • nandamoderadora Postado em 18/07/2012 - 19:09:30

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  • nandamoderadora Postado em 18/07/2012 - 19:09:30

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