Fanfic: Melhor amiga. | Tema: Independente.

          O banheiro era enorme e tinha uns setes cabines uma ao lado da outra, e na frente tinha uma pia enorme que acima dela se encontrava um espelho que ia da altura do teto até a pia. Eu fiquei de frente ao espelho olhando tal imagem, uma garota bêbada, suada e... Linda, eu continuava linda, soltei um riso alto, sem saber do que, e bebi quase metade da garrafa em um gole só. 
          — Olha só! — Conheci a voz de imediato. Amanda. — Rindo do que Bianca? —
          Olhei para o espelho e ela estava parada encostada na porta de uma das cabines com os braços cruzados, olhando pra mim. Coloquei minha garrafa em cima da pia e me virei a encarando e me encostando-se a pia.
          — Estou rindo do amor Mand! Do amor! — Quase gritei, eu estava tonta e sentia o chão se mexer aos meus pés. 
          — Eu quero rir dele também, posso? — Ela falou com uma cara de safada.
          Dei alguns passos pra trás, com minha mão sobre a pia me segurando pra não cair.
          — Pode rir do prazer. Está afim? —
          — Vem cá. — Ela ordenou me chamando com o dedo indicador, eu mordi meus lábios e rapidamente, sem pensar avancei em sua direção.
          A segurei pela cintura e com o pé empurrei a porta da cabine que fez a mesma abrir-se, eu a empurrei para dentro com violência e fechei a porta, ela estava encostada na parede e eu por cima dela, pressionando nossos corpos. Nossas respirações eram ofegantes e se misturavam. Foi aí então que eu a beijei.

         Foi um beijo diferente, que só transparecia desejo e excitação, um beijo tão gostoso e rápido, minhas mãos passavam pelo corpo da Amanda com tal força, como se fossem arrancar os pedaços do mesmo. Ela envolveu sua perna em minha cintura e eu segurava sua coxa com força a mantendo ali, enquanto eu movimentava meu corpo em um vai e vem forte e rápido contra seu corpo, que fazia com que meu sexo roçasse no dela, a Amanda soltava gemidos altos em meu ouvido, me enlouquecendo com gemidos roucos e ofegantes, ora eu chupava seu pescoço, ora eu beijava sua boca. Nosso ritmo se encaixava perfeitamente, estávamos domadas pela excitação dos nossos corpos fervendo ali dentro daquela cabine de um sanitário. Minha mão descontrolada agora pressionava seu sexo por dentro da calça e calcinha, meus dedos com força tocavam o clitóris daquela garota com muita vontade, nossas bocas ainda coladas e nossas línguas molhadas tocando uma na outra. Ela então parou o beijo gemendo, gemendo rouco e alto, com os olhos fechados, eu a encarei com cara de safada, eu tinha penetrado dois dedos dentro do sexo dela sem piedade, os movimentos dos meus dedos não pareciam cansar, eu penetrava com força e rápido em um vai e vem e às vezes enfiava os mesmos deixando eles lá dentro enquanto fazia movimentos circulares com muita força, ela só sabia gemer e gemer, e mordia meu ombro com força pra abafar os gemidos, ela me apertava com muita força e passava suas unhas nas minhas costas por baixo da blusa. Ela afastou mais suas pernas, dando mais espaço aos meus dedos.

         Oh caramba! O que estou fazendo? Não meu. Bia sua burra para com isso. Alguma coisa dentro de mim implorava para parar com isso, mas parecia que já era tarde demais quando notei a Amanda que tinha parado de gemer, meus dedos dentro da calça dela congelaram, um silêncio se fez ali no banheiro, a não ser do barulho da música lá fora. A Amanda estava olhando pra porta da cabine que agora não estava mais fechada, eu segui devagar seu olhar e olhei para fora. Sophia! Droga. E naquele momento eu quis correr, quis fugir ou voltar ao passado, ela estava chorando, desesperadamente, ela me olhava com ódio e tristeza e eu tive medo de que ela me deixasse o que seria provável. 
          Eu tirei a minha mão de dentro da calça da Amanda que continuava imóvel, e lentamente limpei meus dedos em minha própria calça. Ela não falava nada, apenas me encarava o que me deixava com mais medo, ela só chorava e eu estava morrendo por dentro, por ter feito aquela merda, por ta fazendo a Sophia chorar. Não Sophia, eu te amo! Queria gritar, mas algo não deixava. Eu soltei por fim o corpo da Amanda e saí da cabine indo em direção a Sophia, mas ela se afastou, então eu fiquei parada apenas a olhando.