Fanfics Brasil - Vinte. Melhor amiga.

Fanfic: Melhor amiga. | Tema: Independente.


Capítulo: Vinte.

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          Minha respiração ainda estava rápida, então fiquei em silêncio tentando ouvir, mas não estava conseguindo, só ouvia sussurros fracos impossíveis de identificar. Eu me abaixei, ficando com as mãos no chão, completamente curvada, pra ser mais explicada: Fiquei de “quatro”. Escondendo-me atrás do muro da varanda, engatei até a ponta da escada, e sentei no primeiro degrau da mesma abraçando minhas pernas, eu suava, mas não pelo calor agora, pelo medo, curiosidade, nervosismo e afins. Minha vista ainda era ruim, eu ainda estava alcoolizada, mas lutei contra tal e me mantive focada nos sussurros. “Você acha que eu não ia vim, não é?” disse o Pietro, agora ele falava mais alto e soltou uma risada sombria no final. Então a conversa continuou, e a Sophia falou com uma voz rouca: 
“Me larga, eu vou gritar”
“Ahaha, grita amor, eu gosto assim”
“Soco...”
 

          Ela tentou gritar mais o Pietro tampou sua boca, eu estava distante mas poderia sentir o desespero e a dor da Sophia. Por que eu ainda estava ali? Vai lá salva-lá! Foi o que eu fiz, ele estava machucando o meu bebê, eu desci as escadas correndo, mas sem fazer barulhos, quando estava no meio dos degraus o vi bater com força em sua cara que fez um barulho enorme assim que sua mão grande e pesada se chocou com o rosto delicado dela, que agora estava vermelho. Eu fervi, quase gritei agora eu chorava, mas me controlei.


“Cala boca sua vaca, isso é pra aprender a não me deixar.”
          Ele gritou agora, com raiva e arrepiei-me na hora de medo, a Sophia só chorava, eu respirei fundo e continuei a descer as escadas enfim eu cheguei a baixo, aquilo pareceu uma eternidade, tinha uma pá encostada na parede, ao lado de uma das áreas da plantação de rosas, o jardineiro teria esquecido provavelmente. Até aquele momento eu não sabia o que fazer, mas agora aquela pá enorme me mostrou um modo de salva-la. Eu segurei no cabo da pá com força, era super pesada, de ferro, a levantei até a altura da minha cabeça, a posicionei ao alto do meu ombro esquerdo e fechei os olhos, respirei fundo novamente e então andei lentamente, para que ele não me escutasse, eu fiquei com medo no momento de errar a pontaria, aliás, eu estava ao efeito do álcool. Andei um pouco mais pra frente e me escondi atrás de uma parede, encostando-me na mesma, eu tremia, mas confiei em mim mesma, eu poderia fazer aquilo, embora ela não me quisesse mais depois não seria motivo para deixá-la ali, já que não a fazia feliz queria salvá-la pelo menos.
“Ah, não... Pie... Não, para por... para”


         Ela gritava, chorava, soluçava, eu estava chorando com ela, me segurando para não gritar como uma menininha inútil, mas controlei-me, ele segurava em seu pescoço apertando sua garganta e a empurrando com força contra o caule da árvore.
          Então agi. Aproximei-me até uma distância que a pá pudesse o atingir, a Sophia me olhou chorando, mas em menos de dois segundos desviou o seu olhar, ela não queria chamar a atenção do Pietro, acredito eu. Ele movimentou sua perna direita para trás e com uma força e velocidade atingiu seu joelho na barriga da Sophia, ela tossiu e gritou, um grito fino e agonizante, então eu explodi. 
          — Ei, mexeu com a garota errada! — Eu falei alto o suficiente com uma voz firme.


         Ele virou-se rapidamente com um olhar de medo e raiva, ele ainda segurava o pescoço da Sophia com uma das mãos, mas foi rápido demais, menos de um segundo quem sabe, não deu tempo dele reagir ou se proteger. Então foi tudo bem rápido antes mesmo dele chegar a olhar em meus olhos eu pressionei o cabo da pá e sem pensar duas vezes, com toda minha força depositava as minhas mãos eu deixei que a pá caísse direcionada á cabeça do Pietro, e a pá pesada de ferro bateu no alto de sua cabeça, não fez aquele barulho como nos filmes, fez um barulho abafado, ele não gritou apenas abriu a boca sem barulho, sem grito e caiu com seus joelhos ao chão, ficou de joelho e fechou os olhos antes de cair aos meus pés, desacordado.


         Eu o olhei com olhar de superioridade, raiva, mas o que eu teria feito? Será que o matei? Deixei a pá cair ao lado do seu corpo e novamente comecei a chorar, com medo de que tivesse o matado. Eu tremia e não sabia o que estava acontecendo, ou eu sabia, ela estava bem, agora estava bem, eu a salvei. Então olhei pra frente a olhando nos olhos e seu rosto estava molhado e manchado pela maquiagem, seu olho estava roxo, seu rosto avermelhado e suas mãos estavam em sua barriga, ela respirava fundo me olhando nos olhos, chorávamos, mas em silencio sem suspiros, nada. Ela olhou pro corpo do Pietro e uma expressão de alivio transbordou, ela tentou dar alguns passos em minha direção mais seu corpo tombou e ela cambaleou até mim, antes que ela caísse ao chão eu a segurei em meus braços, fazendo força para manter seu corpo de pé, ela suspirou forte e depois eu percebi que ela estava desacordada.


         Andei pra frente e coloquei seu corpo mole sentado as raízes da árvore, a encostei em seu caule, e comecei a ficar nervosa.
          — Por favor, meu amor, acorde! — Disse baixo segurando em seu rosto.
          Então ouvi um barulho vindo da varanda, quando me virei para trás avistei várias pessoas encarando a cena ali embaixo, os alunos da festa e dois policiais, eles estavam com lanternas na mão e uma arma. Todos olharam boquiabertos. Não sei como os policias tinham parado ali. Não mesmo.
          — Parada, saia de perto dos corpos! — Gritou um dos policiais. 
          — Não eu... — Levantei devagar com as mãos para o alto, chorando quieta.
          — Saiam da frente, saiam, saiam! — Os policias desceram correndo as escadas e logo atrás vieram médicos com macas. 
          — Algeme-a e ligue para os pais delas. — Um dos policias me puxou com força levando meus braços para trás e os prendendo com força.
          Eu me movimentava bruscamente, tentando me soltar.
          — Não! Não Sophia! Soltem-me eu não fiz nada! Sophia! — Gritava.
          Eu me soltei dos braços do policial e corri em direção ao corpo da Sophia que agora estava numa maca, abracei o mesmo, beijando seu rosto desacordado e machucado em seguida.
          — Pegue-a! — Uma voz gritou ao fundo. 
          E senti uma pancada na nuca muito forte, que me fez gritar e cair em seguida, desmaiada.




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Autor(a): ohgraviola

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 77



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  • ohgraviola Postado em 20/08/2012 - 14:30:29

    Se eu achar uma outra que eu tava fazendo que tava incompleta. Eu posto.

  • jojo Postado em 17/08/2012 - 21:57:01

    Aaah poxa, nem outras webs de garotas? *---*

  • ohgraviola Postado em 17/08/2012 - 16:22:24

    Eu também quero *---* Ah não ): Acabou mesmo.

  • jojo Postado em 17/08/2012 - 14:12:24

    Ameeeeei o final da web. Vai ter mais? (*o*'

  • jojo Postado em 17/08/2012 - 14:11:45

    ah eu nem trago u_u tudo estão reclamando. Nem sair de casa posso mais u_u'. Quero os pais da Bianca. KKKKKKKKKK'

  • jojo Postado em 17/08/2012 - 14:10:40

    AAAAAAAAAAAAAAAAH que lindo *---------*

  • ohgraviola Postado em 16/08/2012 - 20:00:29

    Eu também queria que os meus fossem iguais aos dela HAHAHAHA :9 Eu ia poder trazer as minas pra cá, olha só que maravilha. Tá.. Eu trago do mesmo jeito. SUASHAUSHASUAHS

  • jojo Postado em 16/08/2012 - 14:17:08

    To triste t.t'

  • jojo Postado em 16/08/2012 - 14:16:54

    AAAAAAAAAAAAAh o próximo é o último t.t'

  • jojo Postado em 16/08/2012 - 14:16:35

    Eu queria ter os pais que nem os da Bianca, u_u' muita coisa seria melhor se eles fossem assim t.t'


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