Fanfic: Melhor amiga. | Tema: Independente.

          Sabe acabar seria algo tão pequeno para o que passamos certo? Por que ela iria passar a noite toda ao meu lado, em um hospital, quando na verdade ela apenas queria acabar? Não poderia ter esperado longe de mim? Então ela ainda me amava de alguma forma. Eu a salvei.
Ouvi o barulho da tranca da porta fechar-se, fazendo um estralo. 
          — Sophia! — Gritei alto para que ela pudesse me ouvir, fiquei olhando apreensiva para a janela de vidro que estava coberta com uma cortina branca na porta.
          Então a porta fez um estalo novamente, abrindo-se.
          — Sim? — Ela deixou a porta entre aberta, e metade de seu corpo estava dentro do quarto onde eu repousava. Ela me olhou curiosa, com seu rostinho lindo, marcado pela violência de um não-homem. 
          — Como... Você está? — Fiz uma pausa na pergunta fazendo um gesto com a mão, chamando-a mais pra perto de mim.
          — Bem, e você, melhorou? — Ela se aproximou como eu tinha pedido, e sentou-se em uma poltrona ao lado da cama, de coro da cor bege, ela há empurrou um pouco para frente aproximando mais a poltrona da cama onde eu estava. 
          Eu a olhei feliz, mas não demonstrei com um sorriso ou algo do tipo, a olhava com atenção e depois de alguns minutos no silêncio sufocante ela finalmente criou coragem para me olhar nos olhos. Então eu balancei minha cabeça com um gesto positivo respondendo a pergunta dela. Ela tentou sorrir, mas não conseguiu.
          — Obrigada! — Eu quebrei o silêncio e estiquei minha mão, com a palma da mesma virada para cima, esperando assim que ela segurasse a ela.

          Ela olhou pra minha mão, e a fitou por uns quatro segundos mais ou menos, e então lentamente a segurou, pude sentir a suavidade da sua mão, quente e macia, seu toque fez com que meu coração acelerasse, e então o aparelho alarmou. Não acredito, ela riu baixinho, do jeito que eu gostava, ela percebeu.
          — Filho da put*! — Exclamei, fitando o aparelho e ficando vermelha, ele tinha me denunciado, foi como se ele tivesse gritado “O coração da Bia indica: Sophia”
          Rimos juntas, juntas por algo ruim, ela me olhou por um longo momento e eu percebi algo diferente, uma malicia. Ela se levantou da poltrona e veio de encontro ao meu corpo deitado, pousou o peso dele sobre o meu e encostando seu ouvido na minha orelha, sussurrou:

         — Eu quero você. — Gemendo em seguida.

         O meu sexo explodiu, transferindo para meu corpo um calor imenso, eu não era forte o suficiente para me segurar, mesmo estando em um hospital não me importava, seus gemidos tinham me confrontado, pedindo para que eu a agarrasse. A Sophia se transforma de verdade, quando queria provocar alguém, ser sensual. Esse jeito me causava desejo, um desejo pelo sexo. 

         Ela gemeu novamente, sussurrando suspiros longos em meus ouvidos, então abri meus olhos. Com minha mão esquerda segurei em sua blusa e puxei com muita força seu corpo por cima do meu, ela escorregou pra frente com facilidade, pousando seu corpo na cintura pra cima em cima da cama, por cima de mim.
Eu estava ofegante, e o êxtase do seu perfume fazia meu coração ficar cada vez acelerado e o aparelho chato soar mais forte. Encarávamo-nos.
          — Isso vai, me provoca! — Eu falei firme, para que ela acreditasse.
          — Você não quer isso! —
          — Não pode fazer nada, estamos em um hospital. —
          — Você não quer isso! — Ela repetiu, fingindo não me ouvir.
          — Como pode ter certeza? — Com a outra mão, segurei na lateral da sua cintura, apertando-a e passando minhas unhas em seguida.
          Ela gemeu baixinho. 
          — Você quer a Amanda! —

         Soltei um riso irônico e deslizei minha mão da sua cintura para sua bunda, apertando a mesma fortemente. E novamente ela gemeu, fechando os olhos e os abrindo em menos de um segundo.
          — Não, eu não quero! —
          — Então me diz por que você faz isso comigo? Diz por que eu ainda sou idiota a ponto de te perdoar? De estar aqui? Fala por... — 
          Ela estava aumentando seu tom, mas eu a interrompi, soltando sua blusa e puxando seu rosto até o meu pela sua nuca, encaixando os nossos lábios. Em um beijo agonizante, ela tentou resistir, fazendo força para se afastar, mas minhas mãos em sua cintura e outra na sua nuca a impediu de se afastar, por fim ela parou de lutar e deixou seu corpo relaxar quase-deitado ao meu. 
          Ao perceber que ela não iria mais se afastar, parei o beijo selando nossos lábios demoradamente, com minha cabeça encostada a sua e com meus olhos fechados, sussurrei com toda sinceridade do mundo.
— Porque me amas. E eu te amo, e será assim, não podemos nos separar. —