Fanfic: Melhor amiga. | Tema: Independente.

          Estava ansiosa sim, há muito tempo não entrava ninguém pra passar uma tarde comigo, estava deitada no sofá ainda ouvindo L.P quando ouvi a campainha tocar, então me levantei e fui atender a porta, era ela. Estava sorrindo como sempre e usava um vestidinho florido com babados embaixo, bem acima dos joelhos, seu cabelo estava preso num rabo de cavalo. Linda!
          — Oi! Pode entrar Soph! — Não pode deixar de demonstrar minha felicidade ali.
          — Com licença... Quanto tempo que não vinha aqui. — Ela sorria e passou seu olhar pela sala. Fechei a porta e sentei-me no sofá, em seguida ela sentou ao meu lado com um livro e caderno no colo suspirou e olhou pra mim.
          — Então por onde vamos começar geografia ou história? — Eu fitava o caderno no meu colo enquanto falava procurando a matéria certa.
          — Não quero estudar Bianca, quero conversar com você! — Fudeo! Que droga. Olhei pra ela a encarando nos olhos, agora ela estava séria e triste. Eu retribuía os olhares com a mesma expressão.
          — Conversar sobre...? —
          — Tudo! O porquê de tudo Bia entende? Você me abandonou, era minha melhor amiga, você morreu sem me dá explicações, sem nenhuma conversa. — Ela estava quase chorando e seus olhos cheios de lágrimas. Suspirei e abaixei minha cabeça, eu não podia mentir pra ela, eu sentia falta dos nossos momentos juntas, mas ela não ia me entender, iria embora se soubesse.
          — É complicado! — Levantei meu rosto, encarando-a novamente.
          — Acha que não é pra mim Bia? Quero saber de tudo. — Ela não estava brincando, conhecia muito bem. Mas o que eu poderia fazer? Sophi eu gosto de garotas? Não e não! 
          — Desculpa, não dá! — Cruzei minhas pernas em cima do sofá as abraçando sem tirar meus olhos dos delas.
          — Eu sinto tua falta Bia, sinto demais. — Porra eu também! Ela esticou sua mão e passou no meu rosto fazendo meu corpo se arrepiar até o ultimo fio de cabelo. Ela se levantou sentando-se mais próxima a mim.
          — Eu também! — Ela estava próxima demais. Passou seus braços por volta da minha cintura fazendo com que eu soltasse minhas pernas, ela encaixou seu corpo no meu e puxou o meu pro dela, dando um abraço confortante e gostoso, ela suspirou profundamente, encostou seu queixo no meu ombro, eu fiz o mesmo abraçando suas costas.

          — Então volta! — Aquelas palavras me fez estremecer. Para meu, para! Sentia seu coração bater acelerado, nossas batidas se misturavam. 
           — Não, para! — Disse quase sem ar respirando ofegante segurando em seus ombros e a afastando rapidamente de mim. — Fica longe, não chega perto! —
           — O que? — Ela se aproximou novamente, mas eu recuei. — Bia... —
           Balancei minha cabeça negativamente, sem olhá-la nos olhos. Acho que ela entendeu o que eu quis dizer, eu a queria longe, antes eu me afastei dela porque eu a desejava, a queria, mas não isso não poderia ta voltando, eu não podia, ela não.
           — Vamos Bianca, eu não vou embora, eu quero saber, o que você tem? — Como assim meu? Eu pensei que ela tivesse entendido, ela ainda tava ali, lutando por mim. Ela segurou em meus braços os prendendo no sofá e se aproximou novamente, agora estava mais perto. Caralho! Seu rosto estava a poucos centímetros do meu, ela me empurrava com tanta força contra o sofá que estava quase me machucando, seu corpo estava meio deitado em cima do meu que depois do quase empurrão dela agora estava deitado. Ela me olhava nos olhos, mas eu só conseguia enxergar sua boca. Foi aqui que fiz uma coisa que nunca imaginei. A beijei... O que? Ela não afastou, Bum! Incrivel.
           E ao sentir minha boca seu corpo caiu em cima do meu totalmente relaxado, sem reação, sentia seu peso e aquilo era bom, ela fechou os olhos e eu fiz o mesmo em seguida seus lábios macios se encaixavam perfeitamente nos meus, segurei em sua nuca passando minhas unhas lentamente na mesma enquanto nossas línguas se envolviam num ritmo extraordinário. Oh, nossa! Meu primeiro beijo numa garota estava tudo tão perfeito. Perdi as contas dos minutos que passamos ali, deitadas, nos beijando carinhosamente, com sorrisos tímidos entre os beijos, brincávamos uma com a língua da outra, percorria toda a boca dela com a minha língua explorando cada pedacinho, o gosto do beijo dela era bom, doce. Até que ela selou meus lábios demoradamente, terminando nosso momento com um selinho, e eu nunca imaginei que ela reagiria tão bem, ela gostou. Ela abriu seus olhos e olhou nos meus, eu suspirei sorrindo, feliz. Quando ia abrir minha boca pra falar e entender o que foi tudo aquilo ela colocou seu dedo na minha boca, impedindo-me de falar, eu a obedeci.