Fanfics Brasil - Trinta e três. Melhor amiga.

Fanfic: Melhor amiga. | Tema: Independente.


Capítulo: Trinta e três.

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Narrado por Amanda

Eu vi apenas seu corpo de costas pra mim, e a Sophia saiu em disparada, com passos rápidos, ela quase correu se distanciando de mim, pegando o mesmo taxi que tinha sido dispensado por mim que estava estacionado na próxima esquina. Ela entrou no carro, batendo a porta de trás com força, antes do carro se mover ela me olhou com raiva e o carro desapareceu. Eu soltei um riso irônico, conformada com o que eu tinha previsto. Levei minha mão ao bolso da minha jaqueta, retirando o meu celular, fui às últimas ligações recebidas e retornei a ligação.
Chamou quatro vezes. Até que atenderam.
— Pietro? Aqui é a Mand. —
— E aí amor, o que deu? —
— Conseguimos, o torpedo funcionou, ela está irritada comigo. —
— Bom, vamos agora esperar, pra saber o que rolou no encontro perfeito. —
Ele riu com maldade, e eu adorava aquilo. Eu desliguei o telefone, o guardando.
— Sophia... — 
Falei baixo pra mim, com uma risada fria. Dei um passo pra trás, virando-me e andando de volta ao meu lar com um sorriso estampado em meu rosto belo.


 


Voltando a narrativa da Bianca

Eu tentei afastar o máximo os pensamentos negativos, as minhas teorias que ela tivesse de fato desistido de mim, sempre ao pensar nisso era como se arrancasse uma maior parte de toda a minha vida. O violão estava ao meu lado, eu estava sentada no sofá da sala de estar, com os olhos vidrados a porta, esperando por um sinal dela. 21h36minh. Concentre-se Bia, é apenas um atraso. 
Eu abaixei minha cabeça, encarando minhas mãos, que estavam entrelaçadas uma na outra, quando eu ouvi um barulho soar pelo apartamento, apenas o barulho da porta e as batidas do meu coração acelerado foi o que eu ouvi, eu não estava acreditando, olhei devagar com os olhos esperançosos para porta, e ela estava ali parada, com suas mãos para trás. Afastei meu violão para o lado rapidamente, e com um pulo andei em disparada em sua direção, foi entre segundos, rápidos demais para se contar, meus braços agora estavam em volta das suas costas, eu suspirei fundo sentindo seu corpo ao meu, eu sinceramente quase chorei, mas mantive-me firme. Eu a apertei contra meu corpo, em um abraço sufocante, ela retribuiu com a mesma intensidade.
— Hey amor, você veio... —


Sussurrei, finalmente a soltando, deixando com que ela respirasse, eu estava com um sorriso enorme nos lábios apesar de ainda estar preocupada e ao ver sua expressão fiquei mais ainda, alguma coisa tinha acontecido, ela sorriu pra mim forçadamente — deu pra notar — passando por mim, entrando na minha casa.
— Ah droga, aconteceu alguma coisa não é? —
— Eu quase não vinha. —
— Sério? Eu nem notei. —
Me aproximei da minha garota, olhei séria pra ela.
— O que tenha acontecido, por favor, não deixe que acabe com isso. —
— A surpresa não é? — Concordei com a cabeça.
— Eu preparei tudo, para ser perfeito, então... Por favor... — 
Baixei minha cabeça com uma voz baixa, quase suplicando, algo teria ocorrido e uma coisa me dizia que eu não estava numa situação favorável.


— Recebi um torpedo anônimo exatamente as 20h00minh quando eu estava saindo de casa. —
— E o que dizia o torpedo? —
— Então decidi não vir mais. — Ela não tinha respondido a minha pergunta, apenas continuou falando como se não tivesse me ouvido.
— O que tinha no torpedo? —
— Depois pensei bem e decidi vir. —
— Sophia o que... —
— E adivinha com quem eu dei de cara quando eu saí do prédio? — Ela me interrompeu. Eu pensei rapidamente na Amanda.
— Amanda, isso. — Mas espera aí, ela sabia que você estaria aqui há essa hora. Pensei confusa. O que ela tinha ido fazer lá? Caralho. Meu coração parou.
— E? —
— E sabia o que tinha no torpedo? — Ela estava andando de um lado para o outro na sala, eu estava parado a observando bem preocupada.
— É isso que to te pergun... —
— Filha da puta! — Ela novamente me interrompeu, com um sussurro, mas como se tivesse falado com ela mesma.
— O que? —
— Filha da puta! — Agora ela estourou, gritou em minha direção, seu olhar estava
preso aos meus, eles estavam quase soltando da sua face. 
— So... — Eu tentei falar com ela, entender tudo, mas ela correu em minha direção, batendo em meus ombros e rosto sem controle.
— VOCÊ ME TRAIU! — Aquelas palavras vindo dela, foi como se eu tivesse morrido, eu não senti mais nada, era como se ela estivesse em câmera lenta, eu já não sentia seus socos e tapas. O oxigênio parecendo que estava sumindo dos meus pulmões, eu não conseguia respirar. E como uma bomba, eu voltei a ouvir seus gritos para mim, e seus socos.


Senti algo queimar meu rosto, então dei alguns passos pra trás na tentativa de me livrar das suas unhas, o que teria dado na Sophia? Ela estava descontrolada. Minha tentativa de me afastar foi em vão, ela avançou em minha direção novamente, aquilo me irritou profundamente, então segurei em seus ombros e a empurrei com força pra longe de mim.
— VOCÊ ESTÁ LOUCA? —
Passei a mão esquerda devagar em minha bochecha e senti algo molhado, olhei para as pontas dos meus dedos em seguida e levei um susto.
— VOCÊ ME CORTOU! —
Gritei olhando com ódio para ela. Ela então começou a chorar, talvez não tivesse se dado conta do que tinha feito, porque ela olhou surpresa para o meu rosto, que doía.
— Você me traiu... Bianca você... Com a Amanda, de novo. — 
Dessa vez ela não gritou, foi diminuindo o tom da sua voz. Mas eu ainda continuava brava.
— VOCÊ TEVE UM CASO COM ELA, LEMBRA? VOCÊ ESTAVA COMIGO, O PIETRO E ELA NO COMEÇO. POR QUE NÃO ME CONTOU? —
E novamente ela voltou a gritar.
— E POR ISSO QUIS ME TRAIR COM ELA? —
— NÃO! EU GOSTO DELA OUVIU? E VOCÊ PERDEU O CONTROLE SOPHIA. —
Ela olhou novamente para o meu rosto, eu poderia sentir o sangue escorrer pelo meu queixo, alguns pingos de sangue caiam lentamente ao chão.
— Eu odeio você! —
Senti meu corpo tremer por dentro ao ouvir aquelas três palavras.
— Era pra hoje ser perfeito e você Bianca Sampaio, estragou tudo, como sempre. —
— Sai daqui então, enquanto eu vou pra cobertura guardar tudo o que eu preparei pra ti. Eu só perdi meu tempo. —
Eu não queria ter dito aquilo, claro que não. A dor de vê-la chorando era pior que a dor daquele corte, bem pior. Mas eu estava com raiva, eu a amava, ainda a amava.
Ela me deu as costas, saiu correndo do meu apartamento e bateu a porta.


 


Depois do barulho da porta batendo, eu sai correndo pela casa, derrubando uma mesa pequena que encontrei no caminho, o que machucou forte minha perna, passei rápido pelo corredor chegando à última porta no fundo da casa, abri a mesma e subi correndo as escadas que ficavam atrás da porta. Ao chegar à parte de cima senti o vento do ar gélido de São Paulo, eu estava na cobertura, olhando tudo o que eu tinha preparado, tinha uma mesa com as bebidas e doces, o chão estava com algumas pétalas de rosas vermelhas e tinha velas em toda parte da cobertura (sim eu era extremamente romântica), sem falar da rede ao lado, e o meu violão encostado a parede, estava tão... Perfeito! Eu estava me derramando em lágrimas, e meu rosto ainda estava sujo de sangue. 
Corri em direção a mesa, puxando a toalha e a puxando, que fez com que garrafas de vinhos e taças caíssem ao chão junto com os doces, eu joguei tudo pra longe.
— AAAAAAAAAAAAAAAAAH! — 
Gritei o mais alto que pude, empurrando a mesa para frente, ela caiu no chão com um estrondo, eu dei alguns passos para trás, encostando minhas costas na parede, olhei para baixo, ao meu lado, e vi meu violão o chutei o mais forte possível, não quis olhar para não ver o dano que tinha causado, escorreguei meu corpo na parede e me sentei ao chão, afundei meu rosto em minhas mãos e passei o resto da noite ali sentada, chorando e com frio.
Algumas horas depois quando abri novamente meus olhos, estava claro, minha cabeça ardeu com uma força que me fez chorar novamente baixinho, eu tinha mesmo dormido ali na cobertura, a cobertura que antes estava perfeita, agora estava bagunçada, completamente horrível. Olhei pro lado e vi meu violão quebrado, fiquei com ódio de mim, ainda mais então abaixei minha cabeça novamente, eu não queria sair dali pra nada.


 


Passei várias horas ali, estava quente quando eu decidi levantar-me. Senti os ossos do meu corpo tremer, eu ainda chorava baixinho, desci as escadas devagar, minhas pernas já não suportavam segurar o meu próprio peso, eu estava acabada.
Sabem aquela sensação, a certeza de que tudo acabou? Que nada era mais importante, nada mais fazia sentido pra mim naquele momento, eu teria destruído com meu futuro, meu sonho, tudo que eu tinha planejado, agora não fazia mais sentido sem Sophia, a garota que me conquistou mesmo com seu jeito patricinha, mesmo com seus dramas, apenas pelo seu jeito, a garota que me deu tudo o que qualquer pessoa espera ter, ela fez parte da minha vida, ao seu lado eu aprendi várias coisas, por ela eu me expus, eu arrisquei minha vida, eu era agradecida por tudo o que ela fez por mim. Quando a Sophia passou pela minha vida, ela me trouxe coisas que jamais irei esquecer, ela será a principal garota da minha história, a única. A que eu continuarei lembrando-se desde que ela saiu daqui batendo a porta do meu apartamento com um “Eu te odeio” Eu me lembrarei disso para sempre. Da minha eterna Sophia.


Os dias foram se passando, meus pais tinham chegado dois dias depois, perguntando-me sobre minha falta de alimentação, meu sono eterno e minha falta de vontade de fazer qualquer coisa que estivesse fora do meu quarto, eles sempre ficavam ao meu lado me dizendo que era pra ligá-la, mesmo sabendo que ela não retornaria. Agora já se fazia 21 que ela tinha sumido do meu alcance, meus pais insistiram novamente e eu cedi. Peguei meu celular discando o número do fixo de sua casa, já que ela não me atenderia pelo celular.
— Alô? — A voz da sua mãe disse do outro lado da linha.
— Poderia chamar a Sophia? —
— Sophia? Sophia viajou há dois dias. —
— Pra onde Tia? —
— Inglaterra, eu sinto muito. —
Deixei o telefone cair da minha mão. Ela foi embora! Ela... Inglaterra...


 



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Autor(a): ohgraviola

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Toquei-me, que ter ligado para ela foi pior ainda, só fez com que eu me sentisse mais horrível e minha dor aumentasse. Eu não precisava falar mais nada, ela tinha ido embora. Talvez minha história tivesse acabado. Durante esses 21 dias eu recebi vários torpedos da Amanda, perguntando-me porque eu teria “sumido”. Eu não ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 77



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  • ohgraviola Postado em 20/08/2012 - 14:30:29

    Se eu achar uma outra que eu tava fazendo que tava incompleta. Eu posto.

  • jojo Postado em 17/08/2012 - 21:57:01

    Aaah poxa, nem outras webs de garotas? *---*

  • ohgraviola Postado em 17/08/2012 - 16:22:24

    Eu também quero *---* Ah não ): Acabou mesmo.

  • jojo Postado em 17/08/2012 - 14:12:24

    Ameeeeei o final da web. Vai ter mais? (*o*'

  • jojo Postado em 17/08/2012 - 14:11:45

    ah eu nem trago u_u tudo estão reclamando. Nem sair de casa posso mais u_u'. Quero os pais da Bianca. KKKKKKKKKK'

  • jojo Postado em 17/08/2012 - 14:10:40

    AAAAAAAAAAAAAAAAH que lindo *---------*

  • ohgraviola Postado em 16/08/2012 - 20:00:29

    Eu também queria que os meus fossem iguais aos dela HAHAHAHA :9 Eu ia poder trazer as minas pra cá, olha só que maravilha. Tá.. Eu trago do mesmo jeito. SUASHAUSHASUAHS

  • jojo Postado em 16/08/2012 - 14:17:08

    To triste t.t'

  • jojo Postado em 16/08/2012 - 14:16:54

    AAAAAAAAAAAAAh o próximo é o último t.t'

  • jojo Postado em 16/08/2012 - 14:16:35

    Eu queria ter os pais que nem os da Bianca, u_u' muita coisa seria melhor se eles fossem assim t.t'


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