Fanfic: Melhor amiga. | Tema: Independente.

Passou-se muito tempo desde o único dia que falei com a Sophia, eu pensei tantas vezes em ligar, mas não queria perder meu tempo ou algo do tipo, mesmo ela ainda fazendo meu coração bater mais rápido e doer todas as vezes que penso nela. 
Dois meses depois aqui estou eu, em pé ao lado da minha cama no quarto da clinica colocando as últimas peças de roupa na mala, esse é o dia mais importante na minha vida, finalmente estou saindo daqui, vou poder andar de carro novamente enquanto olho os prédios enormes da grande São Paulo, eu estava verdadeiramente muito ansiosa. Não sabia o que estava me esperando lá fora, se eu ia ter a mesma vida e liberdade de antes, não, isso com certeza não iria ter, acho que as pessoas iriam me odiar mais do meu colégio, eu ri comigo mesma.
Então o meu médico apareceu na porta, ele segurava a maçaneta da mesma, apontou por entre a porta, eu fitei o corredor.
— Boa sorte meu amor! Já sabe as regras? —
Eu suspirei aliviada, e olhei com o maior carinho do mundo, coloquei a mala no chão e a puxei comigo enquanto eu andava para perto do Dr. Jobi, eu o abracei fortemente contra meu corpo deixando a mala ao lado. E sussurrei com minha boca sendo um pouco esmagada pelo seu ombro no abraço.
— Obrigada Dr. J. E não se preocupe eu vou me cuidar. —
Acho que ele não esperava aquele abraço, mas ele me abraçou passando a mão no alto da minha cabeça, acariciando meus cabelos. Saí do abraço ainda sorrindo para o mesmo pegando em mãos novamente minha mala, e então com meus olhos cheios de lágrimas sai daquele quarto, encontrando em seguida meus pais no estacionamento da clinica. Eu estava ouvindo Linkin Park bem alto no som do carro do meu pai, ele estava dirigindo hoje, eu senti muita falta do Tom. Eu fiz questão de ir com o vidro de trás aberto, meu queixo encostado em minhas mãos cujas estavam apoiadas sobre a janela, eu sentia o ar gélido daquela noite e o vento que ardia meus olhos, meus cabelos voavam com rapidez. Eu estava indo pra casa!

Meu pai estacionou o carro no estacionamento do prédio, eu saí correndo pelo estacionamento interno até o aeroporto, não esperei pelos meus pais, eu queria chegar o mais rápido possível, lembro-me de ter cumprimentado com um tchau entre os passos rápidos uma vizinha minha. O elevador parou no meu andar, eu saí andando mais ainda nervosa. De frente a porta abri a mesma então tive um susto.
— BEM-VINDA! —
— Oh my Goooooooooooood. —
Todos os meus amigos e algumas pessoas da família estava lá, não era a minha sala, era um lugar com mesas de bebidas e salgados, uma faixa pendurada na parede com um “Bem-vinda meu amor.” Eu tremi na hora e comecei a chorar, então algumas daquelas pessoas andaram de encontro a mim me abraçando, eu fiquei paralisada. Era incrível.
Eu falei com meus amigos novamente, as famílias da Amanda e da Sophia estavam presentes também, aquela noite durou por horas, conversamos, rimos, atualizei todas as minhas redes sociais, e o melhor de tudo, eu ganhei um violão, igual a outro, até os adesivos e assinaturas. Foi perfeito, eu fui dormir me sentindo ótima.