Fanfic: Odeio Amar Você - Vondy - Terminada | Tema: Vondy

(Dulce narrando) Optei em não ir para a aula, fui para o banheiro, entrei em uma cabine e a tranquei. Mataria aula hoje, só por hoje, já que eu estava sem condições alguma de assistir aula. Enquanto chorava, lembrei do começo de uma música que falava assim “Quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração?”. Nem sei por que mais aquela frase veio a tona como se quisesse me mostrar algo.

- Ai. – pôs a mão no peito, assim que eu abri a porta da cabine. – Me assustou. – explicou-se. – Desculpe-me, é que eu pensei que o banheiro estava vazio. – sorriu sem graça. – Você está bem? – perguntou desfazendo o sorriso.

Dulce: Sim, estou. – sorri sem vontade. – Estou bem por fora, por que por dentro me sinto destruída. – falei sozinha quando a menina se retirou do banheiro.

Olhei para o espelho e via uma imagem vazia de mim mesma. Agora entendo o que a maioria das pessoas dizia sobre o amor, ou melhor, sobre a dor que esse amor pode lhe causar. Um dia eu escutei alguém dizer “mas se o amor for verdadeiro, ele não é sofrido”, será que é isso mesmo?

Dulce: Natasha. – abracei a mulher assim que a vi entrando no banheiro. – Que bom que está aqui. – a abracei mais forte ainda.

Natasha: Não deveria estar na aula? – sorri torto para ela. – Matou aula, Dulce Maria? – assenti abaixando a cabeça. – Por que matou aula? Está passando mal? – perguntou preocupada.

Dulce: Sim, estou sentindo uma forte dor no peito. – derramei uma lágrima. Natasha entendeu o que eu queria dizer. – Outra vez, Christopher. – suspirei cansada.

Natasha: Fiquei sabendo do que aconteceu com vocês na trilha, fiquei muito preocupada com vocês. – falou sincera. – Mas o que importa é que estão bem... O que aconteceu dessa vez?

Dulce: Não quero falar sobre isso. – sorri desconfortável. Por um bom tempo eu ficaria sem falar com ou sobre o Chris. – Vou pra minha sala. – falei após o sinal tocar.

Natasha: Mas Dulce... – não a deixei terminar. Peguei minha mochila, dei um beijo na sua bochecha e sai do banheiro ás pressas. Felipe não poderia ver que eu estava entrando na sala agora.

Entrei na sala e sentei no meu lugar, infelizmente atrás dele. Peguei meus materiais, enquanto Anahí me fazia várias perguntas, eu respondia todas em uníssono. Christopher me olhou durante toda a aula, mesmo a professora pedindo para ele virar para frente, ele não conseguia.

Anahí: O que aconteceu com essa menina? – apontou para mim. Christopher deu de ombros e saiu. – Dulce, tem certeza que não quer desabafar? – perguntou e eu assenti.

Dulce: Estou bem Annie. – menti. – Só estou com um pouco de dor de cabeça. – menti, outra vez. – Como está tudo com o Alfonso? – esse assunto era minha arma para distrair Annie.

Anahí: Está tudo nas maravilhas. – sorriu boba. – Estamos muito apaixonados. Melhor do que nunca... – suspirou. – Mas não mude de assunto. – olhou-me brava.

Dulce: Mas... Dessa vez não funcionou? – perguntei intrigada. Anahí gargalhou alto. – Ok. Aconteceu algo comigo... – Anahí me olhou atenta. – Mas eu não quero falar sobre isso, por favor, respeite. – pedi educadamente.

Anahí: Está bem Dulce. – se deu por vencida. – Se não quer falar, não vai ser eu quem vai te forçar, mas acho que desabafar ajuda muito. – assenti concordando. Começamos um novo assunto e Anahí já estava distraída, outra vez.