Fanfic: Encantado - Vondy* | Tema: Vondy
– Não vai parecer tão ruim depois que limparmos. Você vai ver. – Com um meio sorriso ele voltou e ajoelhou-se na frente dela. – Não vou machucá-la, está bem? – Com delicadeza, começou a limpar o fino fio de sangue que escorrera até o tornozelo. – Nós vamos deixar tudo bonitinho. Apenas feche os olhos e relaxe. – Respirou fundo mais uma vez. – Sabe, eu conheci um homem, certa vez – começou a improvisar uma história, como sempre fazia com a filha. – Ele morava num lugar chamado Briarwood, onde havia um castelo encantado por detrás de um alto muro de pedras.
Dulce, que estivera a ponto de dizer-lhe firmemente que era capaz de cuidar de si mesma, achou melhor ficar calada e começou a relaxar.
– Por cima dos muros havia uma trepadeira muito grande e forte, com espinhos que pareciam lâminas de espadas. Por mais de cem anos ninguém entrou no castelo, pois ninguém era corajoso o bastante para escalar aqueles muros e arriscar-se a ser ferido e espetado pelos espinhos. Mas o homem, que era muito pobre e vivia sozinho, estava curioso. Ma após dia ele caminhava da sua casa até a muralha, e ficava na ponta dos pés para avistar o sol reluzindo nas portes mais altas das torres do castelo.
Christopher dobrou o pano e começou a limpar os cortes.
– Ele não conseguia explicar a ninguém o que sentia em seu coração, sempre que ficava ali observando. Queria desesperadamente escalar o muro. Às vezes, à noite, ficava deitado em sua cama e imaginando como seria. O medo daqueles espinhos grossos e pontiagudos sempre o impedia, até que num certo dia de verão, quando o perfume das flores era tão intenso que não se podia nem respirar sem embriagar-se nele, a simples visão das torres não foi mais o bastante. Alguma coisa, no coração dele, disse-lhe que o que ele mais queria no mundo estava ali, bem atrás da muralha coberta de espinhos. Então, ele começou a escalar. Caiu no chão muitas e muitas vezes, com as mãos e os braços arranhados e sangrando. E, muitas e muitas vezes ele obrigou-se a subir.
A voz de Christopher era tranqüilizadora e seu toque… o toque não era nada calmante. Por mais delicado que fosse, uma dor começou a espalhar-se, lenta e quente, desde o centro do corpo de Dulce até as extremidades. Ele passava o pano úmido nas coxas dela, agora, onde um caco pontiagudo cortara a pele. Dulce cerrou a mão em punho, e pousou a outra mão sobre o estômago.
Queria que ele parasse. Queria que ele continuasse. E continuasse…
– Ele levou um dia inteiro – Christopher prosseguiu, naquele tom profundo e quase hipnótico de um contador de histórias. – O calor fazia com que o suor se misturasse ao sangue, mas ele não desistiu. Não podia desistir porque sabia, mais do que jamais soubera qualquer coisa, que o desejo do seu coração, seu futuro e seu destino estavam do outro lado. Assim, com as mãos ensangüentadas, usou o espinheiro como apoio e arrastou-se até o topo da muralha. Exausto, repleto de dor, atirou-se para baixo, caindo sobre a relva espessa e macia que cobria toda a extensão do castelo encantado.
Christopher fez uma pausa e continuou:
– A lua estava alta no céu, quando ele despertou, confuso e desorientado. Com os últimos resquícios de força, atravessou a ponte móvel mancando e entrou no enorme vestíbulo do castelo que assombrara seus sonhos desde a infância. Quando ele cruzou as portas, as luzes de centenas de tochas iluminaram-se. No mesmo instante, todos os seus cortes e arranhões desapareceram. Naquele círculo de chamas que lançavam sombras e luz nas paredes de mármore branco, estava a mulher mais bela que ele já havia visto. Seus cabelos eram como raios de sol e os olhos como a fumaça azulada. Antes mesmo que ela falasse, antes que seus lindos lábios se curvassem num sorriso de boas-vindas, ele soube que fora para encontrá-la que arriscara a sua vida. Ela deu um passo à frente, estendeu-lhe a mão e disse apenas: "Eu estava à sua espera".
Ao pronunciar as últimas palavras, Christopher ergueu os olhos para Dulce. Estava tão confuso e desorientado quanto o personagem da história que inventara. Quando seu coração começara a disparar daquele jeito? perguntou-se. Como conseguia pensar, quando o sangue pulsava em sua cabeça, e também na virilha?
Enquanto esforçava-se para recuperar o equilíbrio, ficou olhando para ela.
Autor(a): Julie.Uckermann
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Então, deu-se conta de que estava ajoelhado entre as pernas dela, com uma das mãos descansando intimamente em sua coxa, a outra prestes a alcançar aqueles cabelos ruivos. Christopher levantou-se tão depressa que quase derrubou a mesa. – Desculpe-me – disse, por falta de coisa melhor. Quando Dulce limitou-se a continuar olhando ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 557
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thatys_vondyponny Postado em 17/05/2015 - 19:46:30
Cadê vc desistiu da web? Amo essa sua web, volta a postar plisssssssssssssssss
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karinevondyprasempre Postado em 10/09/2012 - 21:44:53
Parabéns !!! A web fou muito linda *-*
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karinevondyprasempre Postado em 10/09/2012 - 21:44:53
Parabéns !!! A web fou muito linda *-*
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karinevondyprasempre Postado em 10/09/2012 - 21:44:52
Parabéns !!! A web fou muito linda *-*
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karinevondyprasempre Postado em 10/09/2012 - 21:44:52
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karinevondyprasempre Postado em 10/09/2012 - 21:44:52
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karinevondyprasempre Postado em 10/09/2012 - 21:44:52
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bida Postado em 10/09/2012 - 20:28:59
Parabens adorei a web..espero q faça outras..bjos
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thatay Postado em 09/09/2012 - 23:33:45
Amei o final e odiei pq acabou :O Muito perfeita a Web o casal construiu uma família linda!!! Gracias nena por nos conceder essa web vondy linda!!!
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souzalorrany Postado em 09/09/2012 - 21:52:03
aaaaaaaaaaaaaaaaaaaah, meus olhos se enxeram de lagrimas, que perfeito!