Fanfic: Encantado - Vondy* | Tema: Vondy
A brisa a afastaria, decidiu, erguendo o rosto para o vento úmido. Uma boa caminhada e logo encontraria novamente a satisfação, a paz que para ela era tão vital quanto respirar.
Em circunstâncias diferentes, teria ligado para um dos primos e sugerido que saíssem. Porém, imaginou que Maite devia estar bem aconchegada ao lado de Christian. Naquele estágio da gravidez, precisava descansar bastante. E Alfonso ainda não voltara da lua-de-mel.
No entanto, ela jamais se incomodara de ficar sozinha. Gostava da solidão da praia comprida e curva, do barulho das ondas nas pedras, do riso das gaivotas.
Da mesma forma que gostava do som de risos de uma criança e de um homem, que flutuaram no ar indo até ela, naquela tarde. Havia sido um som agradável, do qual não precisava fazer parte; para gostar.
Agora, quando o sol desmanchava-se no horizonte espalhando as cores pelo céu, Dulce sentia a inquietação diminuindo. Como não poderia sentir-se bem ali, sozinha, admirando a magia de um dia descansando?
Subiu num tronco abandonado na praia, perto o bastante da água para que a umidade esfriasse seu rosto e molhasse sua saia. Distraída, tirou uma pedra do bolso, esfregando-a entre os dedos enquanto via o sol desaparecer sob o mar flamejante.
A pedra aqueceu-se em sua mão. Dulce olhou para a pequena gema transparente, com os veios perolados emitindo um leve brilho sob a luz difusa do sol poente. Pedra da lua, pensou, divertida consigo mesma. Magia lunar. Uma proteção para os viajantes noturnos, uma ajuda para a auto-análise. E, é claro, um talismã muito usado para promover o amor.
E era isso que ela estava procurando naquela noite?
No instante em que riu de si própria e guardou o talismã novamente no bolso, ouviu alguém chamando seu nome.
Ali estava Jessie, correndo pela praia e seguida de perto pelo cachorrinho gorducho. E pelo pai, que andava alguns rnetros atrás como se estivesse relutante em diminuir a diatância. Dulce levou um momento perguntando-se se a exuberância natural da menina fazia com que o homem parecesse ainda mais arredio.
Dulce desceu do tronco e, porque foi muito natural e até automático, pegou Jessie no ar, dando um giro e um abraço.
– Olá de novo, meu raio de sol! Você e Daisy estão procurando conchinhas de fadas?
Jessie arregalou os olhos.
– Conchinhas de fadas? Como elas são?
– Do jeito que você imaginar. No pôr-do-sol, ou no nascente… são as únicas horas em que se pode encontrá-las.
– Meu pai disse que as fadas moram na floresta e geralmente se escondem porque as pessoas nem sempre sabem como tratá-las.
– É verdade. – Dulce riu e deixou a menina no chão. – Mas elas também gostam do mar, e das montanhas.
– Eu gostaria de encontrar uma, mas papai disse que elas quase nunca conversam com as pessoas como costumavam fazer, porque ninguém acredita nelas de verdade, exceto as crianças.
– Isso é porque as crianças estão sempre perto da magia. – Dulce olhou para cima, enquanto falava. Christopher as alcançara e o sol poente às suas costas lançava sombras em seu rosto, dando-lhe uma expressão ao mesmo tempo perigosa e atraente. – Nós estávamos falando sobre fadas – ela disse.
– Eu escutei.
Christopher pousou a mão no ombro de Jessie. Embora fosse um gesto sutil, o significado era claro como cristal: É minha.
– Dulce disse que há conchinhas de fadas na praia e que a gente só pode encontrá-las quando o sol nasce ou se põe. Você não pode escrever uma história sobre elas?
– Quem sabe? – O sorriso dele para a filha foi suave e amoroso. Quando olhou de volta para Dulce, ela sentiu um arrepio passar-lhe pela espinha. – Nós interrompemos seu passeio.
– Não. – Exasperada, Dulce estremeceu. Compreendia que ele queria dizer que ela interrompera o passeio deles. – Eu estava apenas admirando o mar por um momento, antes de ir para casa. Está esfriando.
– Nós comemos chili no jantar – Jessie falou, sorrindo. – E estava quente! Você não quer me ajudar a procurar as conchinhas?
– Num outro dia, talvez. – Quando o pai dela não estivesse em volta, lançando-lhe dardos com os olhos.
– Mas está ficando escuro, agora, e preciso voltar para casa. – Deslizou a ponta do dedo pelo narizinho da menina. – Boa noite. – Assentiu friamente para o pai.
Christopher ficou olhando enquanto Dulce se afastava. Talvez ela não ficasse com tanto frio de repente, pensou, se estivesse usando algo que lhe protegesse as pernas. Aquelas pernas bronzeadas, bem torneadas. Exalou um suspiro longo e impaciente.
– Vamos lá, Jess. Correndo de volta para casa.
Autor(a): Julie.Uckermann
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– Eu gostaria de conhecê-lo. Dulce ergueu os olhos das pétalas secas que estava arrumando para um pot-pourri e franziu ir testa para Maite. – Quem? – O pai desta garotinha por quem você está tão encantada. – Mais cansada do que queria admitir, Maite passou a mão pela barriga enorme, num movimento ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 557
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thatys_vondyponny Postado em 17/05/2015 - 19:46:30
Cadê vc desistiu da web? Amo essa sua web, volta a postar plisssssssssssssssss
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karinevondyprasempre Postado em 10/09/2012 - 21:44:53
Parabéns !!! A web fou muito linda *-*
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karinevondyprasempre Postado em 10/09/2012 - 21:44:53
Parabéns !!! A web fou muito linda *-*
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karinevondyprasempre Postado em 10/09/2012 - 21:44:52
Parabéns !!! A web fou muito linda *-*
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karinevondyprasempre Postado em 10/09/2012 - 21:44:52
Parabéns !!! A web fou muito linda *-*
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karinevondyprasempre Postado em 10/09/2012 - 21:44:52
Parabéns !!! A web fou muito linda *-*
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karinevondyprasempre Postado em 10/09/2012 - 21:44:52
Parabéns !!! A web fou muito linda *-*
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bida Postado em 10/09/2012 - 20:28:59
Parabens adorei a web..espero q faça outras..bjos
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thatay Postado em 09/09/2012 - 23:33:45
Amei o final e odiei pq acabou :O Muito perfeita a Web o casal construiu uma família linda!!! Gracias nena por nos conceder essa web vondy linda!!!
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souzalorrany Postado em 09/09/2012 - 21:52:03
aaaaaaaaaaaaaaaaaaaah, meus olhos se enxeram de lagrimas, que perfeito!