Fanfic: Encantado - Vondy* | Tema: Vondy
– Respire. Vamos lá, meu amor, respire!
– Estou respirando – Maite resmungou as palavras entre duas respirações ofegantes, e mal conseguiu enviar um olhar fulminante para Christian. – O que diabos você acha que estou fazendo, se não respirando?
Christian concluiu que já passara do seus próprios limites. Maite já o xingara com todos os nomes que conhecia, e até alguns que inventara. Dulce dissera que estava quase no fim, e Christian agarrava-se a isto tão desesperadamente quanto Maite agarrava-lhe a mão. Portanto, limitou-se a sorrir para a doce esposa e umedeceu-lhe a testa com o pano molhado.
– Você está resmungando, gritando e ameaçando. – Ele beijou-a de leve na boca, aliviado ao ver que não recebia uma mordida de volta. – Não vai me transformar num inseto, nem num bezerro de duas cabeças, não é?
Ela riu, gemeu, e deixou escapar a última baforada de ar.
– Posso pensar em coisas bem mais criativas do que isso. Preciso ficar mais sentada. Dulce?
– Christian, fique por trás dela. Segure-lhe as costas. Vai ser rápido, agora. – Arqueando as próprias costas, sentindo os ecos das dores de Maite, Dulce verificou uma última vez para certificar-se de que tudo estava pronto.
Havia cobertores aquecidos pelo fogo, água fervida, os instrumentos cirúrgicos e tesouras já esterilizados, o brilho dos cristais pulsando de poder.
Bryna permanecia ao lado da filha, os olhos iluminados pela compreensão e preocupação. Imagens das suas próprias horas de parto, naquela mesma cama, surgiram rapidamente em sua memória. Aquela mesma cama, pensou enquanto piscava as lágrimas em seus olhos, onde a sua filha agora lutava através dos últimos momentos, das últimas dores.
– Não empurre enquanto eu não mandar. Assopre, assopre – Dulce repetia enquanto sentia a contração crescer dentro de si mesma, uma dor terrível e doce que provocou uma camada de suor em sua pele. Maite enrijeceu, lutou contra a necessidade de tencionar-se, e lutou para fazer o que Dulce lhe instruía. – Ótimo, ótimo. Está quase no fim, querida, prometo. Vocês já escolheram os nomes?
– Eu gosto de Curlie e Moe – Christian falou, acompanhando a respiração da esposa até que ela conseguisse lhe dar um cutucão com o cotovelo. – Tudo bem, então Ozzie e Harriet, mas apenas se tivermos um de cada.
– Não me faça rir agora, seu idiota. – Mas ela riu, e a dor aliviou-se um pouco. – Quero empurrar.
Preciso empurrar.
– Se forem duas meninas – Christian continuou, num tom que beirava o desespero, – quero que sejam Lucy e Ethel. – Pressionou o rosto no dela.
– São dois meninos, e serão Boris e Bela. – O riso de Maite adquiriu um tom levemente histérico, enquanto ela estendia os braços para agarrar-se ao pescoço de Christian. – Meu Deus, Dulce, eu preciso…
– Agüentar um pouco mais – Dulce completou a frase. – Agora, Maite, vá em frente. Empurre.
Apanhada entre o riso e as lágrimas, Maite lutou para trazer a vida àquele quarto.
– Ah, Deus! – Lá fora, um relâmpago cortou o céu sem nuvens e um trovão ressoou em seu encalço celestial.
– Está indo bem, amor – Christian começou, mas de repente não conseguia pensar em mais nada. – Olhe! Ah, meu Deus, olhe só para isso!
Aos pés da cama, Dulce virava a cabeça do bebê, com delicadeza e competência.
– Agüente firme agora, querida. Sei que é difícil, mas agüente só mais um minuto. Assopre. Isso, assim mesmo. A próxima vez será mais fácil.
– Tem cabelos! – Christian exclamou, num fio de voz. Seu rosto estava molhado de suor e lágrimas, como o de Maite. – Olhe só para isso… O que é?
– Ainda não cheguei nesta parte. – Dulce enviou um sorriso radiante para a prima. – Muito bem, chegou a hora do grande prêmio. Agüente mais um pouco, querida, e veremos quem está aqui, se é Ozzie ou Harriet.
Rindo, Maite deu à luz ao bebê, enquanto Dulce o acolhia em suas mãos. Quando o primeiro grito agudo e indignado ecoou no quarto, Christian mergulhou o rosto nos cabelos da esposa.
– Maite. Bom Deus, Maite… O nosso bebê.
– Nosso. – Já esquecida da dor, com os olhos iluminados, Maite estendeu as mãos para que Dulce depositasse ali o pequeno volume que remexia-se. No idioma do seu sangue, murmurou à criança, enquanto as mãos acariciavam-na dando-lhe boas-vindas.
– O que é? – Com a mão trêmula, Christian tocou a cabeça minúscula. – Esqueci de olhar.
– Vocês têm um filho – Dulce anunciou.
Autor(a): Julie.Uckermann
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 557
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thatys_vondyponny Postado em 17/05/2015 - 19:46:30
Cadê vc desistiu da web? Amo essa sua web, volta a postar plisssssssssssssssss
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karinevondyprasempre Postado em 10/09/2012 - 21:44:53
Parabéns !!! A web fou muito linda *-*
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karinevondyprasempre Postado em 10/09/2012 - 21:44:53
Parabéns !!! A web fou muito linda *-*
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karinevondyprasempre Postado em 10/09/2012 - 21:44:52
Parabéns !!! A web fou muito linda *-*
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karinevondyprasempre Postado em 10/09/2012 - 21:44:52
Parabéns !!! A web fou muito linda *-*
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karinevondyprasempre Postado em 10/09/2012 - 21:44:52
Parabéns !!! A web fou muito linda *-*
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karinevondyprasempre Postado em 10/09/2012 - 21:44:52
Parabéns !!! A web fou muito linda *-*
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bida Postado em 10/09/2012 - 20:28:59
Parabens adorei a web..espero q faça outras..bjos
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thatay Postado em 09/09/2012 - 23:33:45
Amei o final e odiei pq acabou :O Muito perfeita a Web o casal construiu uma família linda!!! Gracias nena por nos conceder essa web vondy linda!!!
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souzalorrany Postado em 09/09/2012 - 21:52:03
aaaaaaaaaaaaaaaaaaaah, meus olhos se enxeram de lagrimas, que perfeito!