Fanfic: Destino (Laliter.) | Tema: Laliter

                              Peter


Peter chegou em casa e encontrou Duda dormindo no sofá, lhe deu um beijo na testa, ela se mexeu um pouco, reclamando em sussurro. Peter resolveu pega-la no colo e a levar para o quarto dela- o quarto fora planejado no mesmo dia que compraram a casa, (que foi duas semanas antes do casamento). Mariana fez questão de pintar o quarto ela mesmo, e assim que ela e Peter chegaram da lua de mel o pintaram, (pintaram como duas crianças, fizeram guerra de tinta e tudo), Mariana imaginou tudo. Ela que escolheu o berço, os móveis, tudo. Muito antes mesmo de estar grávida. Ela sempre tivera o sonho de ser mãe. E quando se casou, o que mais queria era realizá-lo-. Ele a colocou no berço, a cobriu, pois estava um pouco frio. Ficou um tempo a observando, sorriu ao ver como ela tinha o mesmo jeito de Lali, ela dormia do mesmo jeito que ela. Peter desatou mais um pouco a gravata que o estava sufocando e foi em direção a seu quarto.
-Boa noite, amor. –vendo Lali terminar de colocar a camisola. Indo até ela, a abraçando por trás e lhe dando um beijo no pescoço.
-Boa noite, Juan. –se soltando. E se afastando dele.
-O que eu fiz? Esqueci alguma data importante?
-Não. É que, bom...Eu quero conversar com você. Sente-se.
-OK. –Peter se sentou na cama, retirando o casaco. - O que foi, meu amor?
-Eu quero me separar.
- O que? –se levantando bruscamente.


                                Mariana


Há duas horas atrás...
-Boa tarde, doutor. –entrando na sala branca. Era simples o lugar. Uma maca na parede esquerda, uma mesa com uma cadeira de um lado e outra de outro, de frente para porta a uns 25 metros da porta. Uma pia simples ao lado da maca. E um armário, com todos aqueles equipamentos médicos-algodões, palitos, álcool, entre outras coisas-.
-Boa tarde, Mariana. Sente-se, por favor. –ela se sentou. - Bom, Mariana, você sabe que hoje era o dia de você pegar aqueles exames que você tinha feito a uma semana atrás, certo?
-Sim, doutor. –Mariana tinha feitos uns exames há uma semana escondida de todos, até mesmo de Peter. Não queria preocupar mais ninguém, ela já estava tensa o bastante. - Então, doutor. O que deu nos exames?
-É, Mariana. Te conheço a anos, por isso vou ser bem direto com você. Você esta com Leucemia linfóide crônica.
-O que? Por favor, doutor. Fale a minha língua.
-Mariana, você esta com um tipo de câncer nos ossos.



                         Peter e Mariana

-Como assim separar?
-Separando oras. Vamos a um escritório de advocacia.
-Você só pode estar louca. –disse Peter a interrompendo.
-Eu me cansei!
-SE CANSOU DO QUE? –se exaltando.
-De você! Me cansei de você, Juan Pedro. Me cansei do seu cheiro, do seu jeito do seu sorriso, dos seus beijos. Me cansei de você! Você é enjoativo, e quer saber? Eu me enjoei de você. -Peter se sentou na cama novamente, desolado. Tentado em vão absorver tudo que acabara de ouvir. Mariana entrou no banheiro, lá ela desabou. Caiu no chão gelado de tanto chorar. Ela amava Peter. E amava muito. E por amá-lo tanto assim, que não o imaginava preso a uma mulher doente, que poderia morrer a em pouco tempo. Ela queria deixá-lo livre.
Peter se levantou da cama nervoso, com o objetivo de ir até o banheiro, derrubar a porta se fosse preciso e fazer Mariana escutá-lo, ele tinha esse direito, e não abriria mão dele tão facilmente. Quando ele chegou próximo a porta do banheiro viu alguns papéis espalhados pelo chão, próximo ao lado de Mariana da cama, ele os pegou e começou a ler calmamente. Foi então que ele entendeu. Ele descobriu que sua esposa estava doente. Por isso o jeito ofensivo. O pedido de separação sem nenhum motivo.
-Lali, abra essa porta! –disse Peter batendo fortemente na porta do banheiro.
-Não, eu... eu vou tomar um banho.
-Abra essa porta Mariana!- exaltou-se nervoso. Lali se levantou, secou as lágrimas e se recompôs. Abriu a porta e encontrou os olhos de Peter a olhando de uma maneira ilegível.
-Peter, eu queria te dizer. –Peter a beijou a interrompendo. A beijou de um jeito calmo, lhe passando a confiança e paz que ela precisava. Lentamente ele se separou dela, a olhou. Colocou a mexa de cabelo que estava em seus olhos atrás da orelha, e lhe dei outro beijo, ainda mais leve.
-Tudo bem, meu amor. Eu vi os exames. - ela abaixou a cabeça e deixou as lagrimas rolarem. Ele sem hesitar por nenhum segundo a abraçou.
-Peter, eu não quero você preso a uma mulher doente. - ele acariciou seu rosto.
-Eu te amo, nem que você me mande embora eu vou. –ela se aconchegou nos braços fortes dele como uma gata manhosa, buscando carinho e proteção. Apoiou a cabeça no peito dele, e se apertou ainda mais contra o seu corpo. Apertou os braços dele, e o olhou como uma criança pequena com medo do escuro.
-Eu estou com medo, amor.
-Tudo bem. Afinal eu também estou. Estou com muito medo de perder você. Mais eu estou com você, Lali. E juntos, venceremos tudo isso. "Na alegria e a tristeza. Na saúde e na doença." - ela sorriu e depois abaixou a cabeça.
-"Até que a morte os separe."- continuou ela se encolhendo contra o corpo de Peter.
-Não. –disse Peter. - Para sempre.