Fanfic: O Preço de uma Conquista - Vondy Adapatada. | Tema: Vondy

Emanava desse homem uma forte e densa atração que ela não queria registrar. Olhou para frente, determinada a não dar lhe atenção. Por que os homens eram daquele jeito? Nunca entenderia a atitude de Jeff. Sentiu de novo vontade de chorar e piscou depressa. Movimento. Era Christopher Uckermann levando a mão ao bolso interno e tirando um lenço branco, que ofereceu a ela enquanto caminhavam pelo caramanchão.

— Quando já estivermos junto com os convidados, me dê o buquê e enxugue os olhos — segredou ele.

— Obrigada — sussurrou ela realmente grata, apesar do que pensava dele.

Eles pararam, ela entregou-lhe o buquê e secou os olhos.

— E uma cerimônia muito emocionante — comentou Christopher.

— Sim.

— Por que as mulheres sempre choram nos casamentos? Os homens não choram.

A insinuação de troça ajudou-a a se recobrar. Pegou o buquê, devolveu o lenço e lançou lhe um olhar de desafio ao responder:

— Talvez porque elas sabem que é o fim do começo e torçam para não ser o começo do fim.

Ele ergueu uma sobrancelha.

— Você tem alguma dúvida de que Marlee e Ray vão ser felizes?

— Não.

— Então, por que chorou?

— Eram lágrimas de alegria — mentiu ela, soando defensiva. O olhar dele tornou-se

inquisitivo.

— Você tem inveja da felicidade deles?

— Claro que não! Marlee está tão feliz...

— Que você chorou! — interrompeu ele.

— Há algo de errado em chorar?

— Cada um na sua — disse Christopher, dando de ombros.

— E você, acha que eles vão ser felizes? — indagou ela.

— Por mais estranho que pareça, acho sim.

— Mas o casamento não funcionou com você — atacou Dulce. Os olhos castanhos ficaram subitamente frios.

— Foi muito diferente.

A amargura que ela tentava esconder emergiu diante do tom zombeteiro e Dulce

pressionou:

— O que deu errado?

— Não é da sua conta.

Ela recuou chocada consigo mesma por haver tentado atingí-lo.

— Você está certo. Não é da minha conta...

Não se interessava pela vida de Christopher Uckermann. Olhou para Marlee e Ray, que estavam junto à mesa, diante do juiz de paz.

— Quero que eles sejam felizes — murmurou Christopher, suavemente.

— Eu também — disse ela —, mais do que qualquer coisa no mundo!

— Pelo menos temos isso em comum — sorriu ele.

— E é pouco provável haver outra coisa —disparou Dulce, esquecendo a decisão de ser educada.

— Eu não diria isso — o olhar de Christopher era eloqüente. — Basta darmos uma chance.

Uma chance de ir parar na cama dele pensou Dulce. Pelo jeito, era só isso que os homens queriam dela. Ficou vermelha e voltou à atenção para os noivos.

A certidão de casamento foi assinada e entregue ao casal. A solista terminou de cantar e Ray, orgulhoso, caminhou com esposa pelo centro do caramanchão, a fim de mostrá-la a todos.

Os convidados se levantavam nas fileiras de cadeiras cuidadosamente arrumadas, à

medida que os dois caminhavam pelo corredor formado por elas, recebendo os votos de felicidade e as congratulações. Riram, felizes, quando foram envoltos na chuva de pétalas de rosas brancas e arroz.

Dulce e Christopher seguiam um passo atrás, ajustando-se ao ritmo deles.

— Sabe que nunca tinha visto você de vestido até agora? — Christopher tomou a puxar conversa.

— E que diferença isso faz? — disse ela, em tom casual. Não ia deixar que ele a

incomodasse.

— Posso dizer que assim você fica incrivelmente bela?