Fanfic: O Preço de uma Conquista - Vondy Adapatada. | Tema: Vondy
— Você não gosta de ser mulher, Dulce? — A pergunta a surpreendeu.
— O que o faz pensar isso?
— Oh, tenho pensado durante toda a semana... Você é uma mulher bela e, apesar disso,em vez de capitalizar sobre as qualidades que possui, você apaga seus atributos.
— Para evitar problemas — disse ela, seca.
— Está com medo de mim, Dulce?
— Não. Tenho absoluta certeza que você não vai me atacar.
— Quem a atacou, Dulce? — indagou ele.
Insistiu:
— Há quanto tempo?
Ela suspirou, não querendo entrar no assunto de seu passado negro.
— Oh, ninguém, Christopher. Só andei vendo o que acontece entre homens e mulheres. E não vou deixar isso acontecer comigo.
— Mas isso que você viu... era normal?
— Não sei. Fosse ou não, não vou deixar acontecer comigo. — Ele hesitou, os olhos muito gentis:
— Você disse que fugiu de casa para não apanhar. Foi isso ou aconteceu alguma coisa mais séria?
Dulce não queria responder, mas também não queria que Christopher tivesse idéias erradas a seu respeito. Então, respirou fundo:
— Não comigo, mas com minha mãe. Eu implorei para ela deixar o... creio que se pode chamá-lo de marido. Ele a tratava muito mal e acho que ela não sabia como lidar com aquilo. Eu a ajudava, cuidava dela o quanto podia. Então, quando eu estava com doze anos... — Os olhos dela, na defensiva, troçavam da simpatia espelhada nos dele. — Eu me desenvolvi cedo e aquele animal bêbado, que usava e abusava de minha mãe, começou a me olhar esquisito. Já o vira em ação várias vezes, sabia o que ele queria e que não havia como detê-lo. Por isso fugi. Fui recolhida pela polícia e levada para um orfanato.
— Você não tinha parentes?
— Os pais de minha mãe eram separados e ela não tinha contato com eles. Eu fui
resultado de seu encontro de uma noite com um estudante universitário. Minha mãe não lembrava nem mesmo do nome dele...
— E ela? — sussurrou Christopher.
— Cerca de um ano depois de eu fugir ela caiu da escada e quebrou o pescoço. Esse foi o motivo oficial.
— Você acha que não foi?
— Quem dá crédito ao que uma criança vê?
A amargura nos olhos negros fazia o peito dele doer.
— Você tomou conta de Marlee, não? — perguntou.
— Quando a avó dela morreu, Marlee foi para o orfanato. Era ingênua, meiga e alguém tinha de cuidá-la.
— E onde estão os pais dela?
— Só Deus sabe! — suspirou Dulce.
— Então, você se intitulou protetora dela.
— Marlee era uma ótima menina. Era... como eu queria ser. — Um brilho quente de
admiração surgiu nos olhos dele:
— Aí seriam duas criancinhas perdidas na selva. Foi uma sorte Marlee ter a sua força com que contar.
— Ela também me deu muito.
O vinho foi servido. A sopa chegou logo depois. O queijo derretido por cima estava tão
quente que Dulce teve de esperar um pouco.
— Boa? — perguntou Christopher, ao vê-la experimentá-la.
— Muito. Você vem sempre a esse restaurante?
— Vim duas ou três vezes.
O trouxe o peixe. Christopher ergueu o copo de vinho, tomou um gole e fítou-a, pensativo.
— Você percorreu um longo caminho, Dulce. Foi idéia sua ou da Marlee se tornarem
babás?
— Minha.
— Por causa da Marlee?
— Não, por nós duas.
— Tenho certeza que você sabia que era capaz de muito mais do que cuidar de crianças
— insistiu ele.
— Acho importante cuidar de crianças, Christopher.
— É o que quer, mesmo? — Os olhos castanhos fitavam-na, atentos. — Cuidar dos filhos dos outros até se casar e ter seus próprios filhos? Essa é a sua ambição?
Ela ficou séria:
— Nem todos têm as oportunidades que você teve, Christopher, e só podem fazer o melhor que conseguem. E eu sou uma boa babá!
— Não, não é nada disso. Você quer ser uma babá durante toda a vida?
— Não — ela respondeu, num impulso, queria mudar.
— Você falou em oportunidade... Se uma fada lhe concedesse três desejos, o que pediria,Dulce?
Ela riu:
— Posso fazer qualquer pedido? — Ele assentiu. — Queria dividir minha vida com alguém que me amasse como sou e que compartilhasse sua vida comigo.
Autor(a): latinamica
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— Chega de solidão — sintetizou Christopher, sorrindo. — Segundo desejo? — Não queria ser rica, mas ter dinheiro bastante para viver sem temer a pobreza e fazer o que quisesse. — E no que gastaria seu dinheiro? — interessou-se ele. Ela sorriu, sabendo que nem em um milhão de anos ele conseguiria adivinhar. — ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 362
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larivondy Postado em 09/08/2013 - 19:06:16
achei a web aqui e li mesmo atrazada u.u, amei *-*
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souzalorrany Postado em 12/10/2012 - 21:36:53
Acabou mesmo?! No creio!
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franzinhasiemprerbd Postado em 12/10/2012 - 14:22:57
ahhhhhhhhhh amanhã acaba que pena ficou muito legal...espero que vc ja tenha outra querida autora!!! se não vou morrer de saudades!
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mia_mendes Postado em 12/10/2012 - 00:05:54
Posta maisssssssssssssssss, to amandoooooooooooooooo
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mia_mendes Postado em 12/10/2012 - 00:05:54
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mia_mendes Postado em 12/10/2012 - 00:05:53
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mia_mendes Postado em 12/10/2012 - 00:05:52
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