Fanfic: O Preço de uma Conquista - Vondy Adapatada. | Tema: Vondy

— Chega de solidão — sintetizou Christopher, sorrindo. — Segundo desejo?

— Não queria ser rica, mas ter dinheiro bastante para viver sem temer a pobreza e fazer o que quisesse.

— E no que gastaria seu dinheiro? — interessou-se ele. Ela sorriu, sabendo que nem em um milhão de anos ele conseguiria adivinhar.

— Queria ter um terreno grande e fazer um jardim.

Ela notou surpresa passar pelos olhos dele, depois seguiu-se admiração:

— Outras mulheres iriam preferir roupas e jóias.

O garçom retornou para servir-lhes mais vinho e houve uma pausa.

— Continue — pediu Christopher, assim que o garçom se retirou. — Qual seria o terceiro desejo?

Dulce pensou bem antes de responder.

— Que eu e meu companheiro tivéssemos boa saúde para aproveitarmos a vida juntos.

— Sim, bem pensado. Ela sorriu e quis saber:

— E você, que pedidos faria, Christopher?

— Algo bem parecido com os seus.

— Ah, isso não é resposta.

— Há quem deseje fama, sucesso na carreira, muito dinheiro... Não é o que desejo. Não é mais.

— Você gosta de ser bem sucedido na sua carreira — observou Dulce.

— Sim, mas já estou lá. Não preciso desejar isso. Gostaria de expulsar todos do

restaurante e fazer amor com você em cima da mesa.

Ela ficou muito vermelha.

— Isso não foi educado, Christopher.

— Às vezes não sou educado — o sorriso dele era mais sedutor do que arrependido.

— Você disse que só iríamos conversar.

— Eu disse e é verdade. Mas isso não quer dizer que não posso ter meu desejo, Dulce.

Ela respirou fundo, tentando baixar a temperatura interna e a velocidade do pulso, depois tomou dois goles de vinho, esperando que ajudasse. Lembrou-se do que tinha feito por tomar muito champanhe e largou o copo, depressa. Não queria que aquilo acontecesse de novo. Tinha de prestar atenção no que fazia e não considerar Christopher Uckermann tão atraente. Ele a fazia querer coisas que não podia ter. Brincou com o copo de vinho, movimentando-o sobre a toalha, até recuperar a compostura.

Quando Christopher terminou de comer, ela já conseguia enfrentar de novo o olhar dele.

— A comida estava boa? —- perguntou, sorrindo.

— Se quer saber a verdade, nem notei o gosto.

— Isso é desperdício de dinheiro, Christopher!

— Posso pagar.

— Sorte sua.

Ele a olhou por algum tempo, um ar de avaliação nos olhos.

Está absorvendo meu comentário sarcástico, pensou Dulce, e lamentou ter dito aquilo. Ele devia estar pensando que ela se deixava consumir pela inveja, mas não era verdade. Até há bem pouco tempo sentia-se satisfeita com sua vida.

— Posso satisfazer um de seus desejos, Dulce — disse ele, hesitante, ainda olhando-a com intensidade.

— Um belo jardim?

— Dinheiro bastante para você nunca temer a pobreza.

— Não sei se gosto dessa idéia — os olhos dela tornaram-se sombrios.

— Eu sei, pois sou injusto ao fazer esta oferta.

Ele parecia decidido a ir até o fim, pensou ela, sentindo-se desconfortável, mas perguntou:

— Por quê?

— Porque isso me daria o que eu quero.

— Pelo menos, está sendo honesto.

— Sim.

— E o que você quer? — perguntou ela, com voz presa.

— Que você venha morar comigo, Dulce.