Fanfic: O Preço de uma Conquista - Vondy Adapatada. | Tema: Vondy

— Quero você como jamais quis outra mulher.

Dulce sentiu que sua força de vontade derretia. Reagiu:

— Você não desiste fácil, não é, Christopher?

— Não, em algo tão importante, e espero que você esteja cedendo.

Ela brincou, tensa:

— Acho que me convenceria com uma caixa de champanhe. — O garçom voltou com o café.

— Traga uma caixa do seu melhor champanhe — pediu Christopher.

— Não! — protestou Dulce. — Christopher, eu estava brincando.

— Eu não.

Ela tirou a mão de sob a dele.

— Por favor... eu não quero.

Ele suspirou e voltou-se para o garçom:

— Esqueça o pedido. A senhora não quer. — O garçom sorriu e serviu o café.

Abalada pela proposta dele e os pensamentos tumultuados que despertava na cabeça

dela, Dulce disse, assim que o garçom se afastou:

— Acho que você é um monstro! Gosta de si mesmo, Christopher? Gosta de ser você?

— Depende. Algumas vezes mais que outras. E você é tudo, Dulce, menos um monstro.

O coração dela apertou-se, mas de um modo suave, sem provocar dor. Procurou sorrir, ao dizer:

— Por favor, Christopher, sua proposta é ridícula. — Mas o olhar inquisitivo dos lindos olhos que tentava avaliar a profundidade do que ele sentia, revelou a indecisão dela.

Christopher balançou a cabeça, com um sorriso de satisfação:

— Você não quer ser pressionada a decidir. Tudo bem, Dulce. Vou lhe dar uma semana para pensar, que foi o prazo que eu tive.

— Está bem — disse ela e riu de tudo aquilo. — Vou pensar durante a semana e

provavelmente você terá mudado de idéia quando ela terminar.

O olhar dele garantia que não tinha a menor intenção de mudar de idéia, mas mudou de assunto:

— Então, vamos falar de jardins. Como é o jardim dos seus sonhos?

Falaram sobre jardins até o momento em que Christopher estacionou o Jaguar diante da casa dos Stafford.

— Vou levá-la até a porta — declarou ele, saltando do carro. Dulce respirou fundo. Dizer boa noite era a parte mais difícil, mas Christopher assegurara que só iriam se fazer companhia. O problema era que ela queria que ele a abraçasse e beijasse outra vez, para ver se a sensação era a mesma. Mas não podia dizer-lhe isso.

Ele a ajudou a descer do carro, deu-lhe o braço, abriu o portão lateral e acompanhou-a até a porta do apartamento.

— Quando você vai estar de folga? — perguntou.

— Não antes da noite de segunda.

— Então, apareço na noite de segunda.

— Para quê? — surpreendeu-se ela.

— Para vê-la, para ficar com você. Tem algo contra?

— Você disse que eu teria uma semana para pensar...

— Prometo que não vou impedi-la de pensar — explicou ele, sorrindo. — Só quero ajudar no processo.

—- Como?

— Tornando-me indispensável.

— Acha que é justo? — perguntou Dulce, entre séria e rindo.

— Admito que não.

Chegaram à porta. Ela abriu, acendeu a luz da sala, então virou-se para ele.

— Obrigada pela noite, Christopher.