Fanfic: O Preço de uma Conquista - Vondy Adapatada. | Tema: Vondy

Não importava, pensou, com firmeza. A decisão fora tomada. Não podia recuar agora,tinha mesmo que seguir em frente.Christopher aproximou-se, pegou a mala que ela segurava e passou o braço pelos seus ombros.

— Vamos?

— Sim — respondeu, ela em tom muito suave.

Ele parou um instante, fitando-lhe profundamente os olhos, e indagou:

— Sem arrependimento?

— Nenhum.

— Você é uma mulher corajosa, Dulce.

— Ou uma idiota. Mas prefiro ser uma idiota com você do que não ter você, Christopher.

Ele sorriu.

— Creio que posso dizer a mesma coisa.

Saíram e Dulce fechou a porta do pequeno apartamento, enquanto uma outra porta se

abria para ela. Para onde essa porta daria, não tinha a menor idéia, mas no momento lhe bastava que Christopher estivesse ali, segurando-lhe a mão. Não estou sozinha, pensou com emoção, ele está comigo e vamos compartilhar nossas vidas. Por algum tempo, pelo menos.

Foram até a rua. Dulce fechou o portão atrás deles. Esperou junto do carro enquanto Christopher punha a mala no porta-malas.

— Acho que a Paula não vai ficar muito contente se você for embora sem avisá-la... —

comentou Christopher ao abrir o carro.

— Foi ela que decidiu assim, ao me despedir.

Ele se imobilizou no meio do movimento de abrir a porta. Em seguida endireitou o corpo, fitando-a com os olhos penetrantes como laseres.

— Ela despediu você? — repetiu num tom muito baixo, mas assustador.

O queixo de Dulce se ergueu, desafiante:

— E não teve nada a ver com o modo como faço meu trabalho. Tornei-me um embaraço para ela por sua causa, Christopher. Babás não podem ser atrevidas a ponto de terem relações mais íntimas com homens como você.

— Ah, então foi isso?

— Sendo assim — completou ela, de cabeça erguida —, nem mesmo peguei uma carta de referência.

— E foi isso que a fez resolver morar comigo? — perguntou ele, com estranha calma.

— Eu ia concordar, de um modo ou de outro.

— Mas a perda do emprego precipitou a decisão — pressionou Christopher.

— Sim.

— Quer dizer que nosso relacionamento lhe causou problemas.

— Desde o princípio —- esclareceu ela, amarga.

— Então, vamos acabar com esses problemas.

Ele pegou-a pelo braço e obrigou-a a acompanhá-lo, enquanto se encaminhava para a

porta principal da casa dos Stafford.

— O que vai fazer? — perguntou ela, assustada com aquela atitude e temerosa pelo que poderia causar por ter revelado sua amargura.

— Vou provar que quando falo é para valer —- declarou ele, os lábios brancos de tão

contraídos.

O rosto de Christopher estava duro, sombrio, pálido e os maxilares apertados. Parecendo ainda mais alto e forte na calça preta, camisa branca, com o colarinho aberto, era uma figura que inspirava receio.

— Não pode fazer nada, Christopher! — protestou Dulce.

— Está feito, terminado!

— Acho- que vai ficar surpresa com o que eu posso fazer — disse ele, parando para

apertar a campainha.

— Não fique com tanta raiva! — pediu ela, assustada. — Por favor.

Ele voltou-se:

— Isto nada tem a ver com raiva, Dulce. Tem a ver com equilibrar as coisas.

Dulce ficou quieta, apesar de saber que uma cena com Paula não ia ser agradável. Estava fascinada com o que acontecia e, também, havia algo excitante em ter um homem lutando por ela.Era uma coisa que nunca acontecera; o que se passasse a seguir lhe daria uma boa idéia do que significava ter Christopher Uckermann como amante.