Fanfic: O Preço de uma Conquista - Vondy Adapatada. | Tema: Vondy

Com todas as dúvidas dissipadas, Dulce passou a ser absolutamente feliz com Christopher.

Decidiu esperar um pouco antes de procurar emprego, porque fazia quase um ano que tivera férias.

Na segunda-feira Paula Stafford ligou para ver se Dulce podia ir experimentar algumas

roupas.

— Um dos vestidos é o que você vai usar quinta à noite e se vier hoje, ele ficará pronto a tempo.

Dulce marcou para às onze e ligou para Christopher para saber o que aconteceria na quinta.

— Puxa, eu esqueci completamente! Está vendo o que você faz comigo? Ainda bem que temos a Paula para nos lembrar — brincou ele.

— Mas o que vai haver na quinta-feira?

— Tenho entradas para a estréia da ópera À Viúva Alegre, Estaremos com muitos

conhecidos, inclusive os Stafford, e depois iremos jantar no restaurante Benelong, na Opera House.

Mas não comece a ficar nervosa. Paula e eu cuidaremos para que seja a estrela da noite.

— Se você está dizendo... — riu ela.

— Estou, mesmo, e sei que você vai adorar a ópera. Me lembre de tocar o disco para você depois. Sei que o comprei e deve estar em algum lugar.

— Certo. Fico esperando.

Dulce sentiu-se como uma princesa na noite de quinta-feira. Paula fizera um vestido incrível em tafetá salmão. Não tinha ombros e era justo, modelando cada curva do corpo perfeito de Dulce.

Um leve drapeado suavizava a linha do busto e dos quadris. Uma pequena rosa, em três tons de cor-de-rosa, localizada meio de lado e presa a uma estreita faixa do tafetá do vestido, valorizava o

esguio pescoço, como uma gargantilha. Lembrando-se de como Christopher gostara do seu cabelo em cachos, ela fora ao cabeleireiro e mandara que o penteasse prendendo os cachos em cascata, de um lado da cabeça, de forma a deixar a delicada rosa em evidência.

Sua recompensa foi a expressão de encanto e orgulho nos olhos de Christopher. Ele também estava elegantíssimo num smoking e a noite foi maravilhosa.

Ainda envoltos na mágica da ópera, foram jantar e os amigos de Christopher a aceitaram de imediato. O vestido foi observado com alguma inveja pelas mulheres e com prazer pelos homens.

Os olhos de Christopher lhe diziam que não existia mulher mais linda no mundo e ela vibrava de felicidade.

Na semana seguinte surgiu a primeira preocupação. A menstruação de Dulce não desceu.

Não que ela fosse absolutamente regular, houvera vezes que passara seis ou sete semanas de ausência entre dois períodos. Sim, podia acontecer de novo. Alguns dias não significava nada, disse a si mesma, tratando de se acalmar.

Outra semana feliz se passou e nada. Ao notar que os seios se haviam tornado mais

sensíveis, Dulce forçou-se a concluir que era por causa das carícias de Christopher quando faziam amor, que os hormônios deviam estar se alterando por causa da continuidade da vida sexual. O que temia não podia estar acontecendo, uma vez que tomara precauções depois daquela primeira noite.

Os vestidos criados por Paula eram entregues à medida que ficavam prontos e ela

desfilava cada um deles para Christopher. Tanto dinheiro gasto naquelas roupas, seria um crime se fossem desperdiçadas! Não podia estar grávida por causa daquela primeira noite. O destino não lhe aplicaria aquele golpe baixo! Não, depois do que passara na infância. Não, quando isso significaria perder o homem que amava. Não. Era só uma brincadeira de seu corpo e mais nada.

Outra semana passou. Certa manhã, ao levantar-se, Dulce sentiu uma súbita tontura

acompanhada por náusea. Mal conseguiu chegar ao banheiro a tempo de vomitar. Depois ficou ali, trêmula, com um suor frio molhando-lhe a testa. Não podia ser verdade, não podia!