Fanfic: O Preço de uma Conquista - Vondy Adapatada. | Tema: Vondy
Como que num sonho, pegou moedas na bolsa e foi ao telefone. Seria o telefonema mais difícil da sua vida.Ouvir a campainha do telefone foi uma tortura para Dulce. Cada toque parecia mais alto e mais perturbador. Talvez Christopher não estivesse em casa. Se não atendesse...
De repente, os toques se interromperam e a voz de Christopher disse o número de forma monótona. Dulce respirou fundo, tentando se acalmar, mas não deu certo. Sua voz saiu trêmula:
— Christopher, é a Dulce. Po... posso falar com você?
— É claro!
— Eu queria me desculpar pelo que fiz ontem. — Ela falava atropeladamente, nervosa. — Devia ter escutado o que queria me dizer. Não foi justo da minha parte e fiquei pensando...
— Dulce — ele a interrompeu, suave —, se quiser qualquer coisa, é só falar.
Lágrimas afloraram aos olhos dela:
— Obrigada. Eu queria conversar com você, Christopher, mas não por telefone.
— Agora? Quer que eu vá aí?
— Sim, por favor. Se você puder.
— Posso, sim — ele apressou-se a responder. — Você está... em casa?
— Sim. O endereço é...
— Sei onde é, Dulce. Estou aí em quinze minutos.
Ela correu para o apartamento, preocupada: ele iria ver como era desconfortável o lugar onde morava. Não devia tê-lo convidado. Mas o que ia ser dito exigia privacidade. Estava tudo arrumado, não havia jeito de tornar o apartamentinho melhor. Então, ela correu para o banheiro, lavou o rosto, maquiou-se de leve e penteou o cabelo, dizendo a si mesma que a aparência não importava, mas sabia que não era verdade. Ainda bem que usava o vestido vermelho e preto que Kate desenhara. Era a mais linda criação dela e Dulce o vestira para tentar animar-se.
A medida que o tempo passava ficava mais agitada, andando de um lado para o outro.
Quando bateram à porta, sentia-se doente de tanta confusão emocional, mas forçou-se a atender o homem que poderia fazer ou destruir sua felicidade.
Seu coração disparou quando ergueu a cabeça e reconheceu a mesma ansiedade nos
olhos de Christopher.
— Estou feliz por você ter ligado, Dulce. — A voz dele soava insegura. — Posso entrar?
— Sim, claro — ela engoliu em seco.
Ele estava de jeans e camisa esporte azul, de mangas curtas, percebeu ela,
confusamente, sentindo-se fraca, e ao fechar a porta viu que sua mão tremia. Sentou-se na cadeira mais próxima porque as pernas bambas não a sustentavam mais. Christopher parecia preencher a minúscula sala e observou tudo antes de olhar para ela e puxar uma cadeira.
— Posso? — indagou.
Ela fez que sim e Christopher sentou-se, apoiando os braços na mesa. Dulce forçou-se a olhar para ele:
— Obrigada por ter vindo.
— Eu queria mesmo vir — foi a resposta simples.
— Ontem você queira me contar... sobre sua vida — murmurou ela.
— Tudo que você quiser saber.
Não era fácil encontrar as palavras. Ela sentia-se invadindo a privacidade dele, sua alma.Precisou forçar-se a prosseguir:
— Christopher, você quer me dizer... por que não... não tem contato com seu filho?
O sorriso dele foi profundamente triste, os olhos se desviaram por um momento,
depois voltaram a fitá-la e ele falou:
— Eu nunca contei isso a ninguém, Dulce. — Incapaz de permanecer sentada, ela
levantou-se:
— Olhe, se vamos voltar a ficar juntos, se é para termos uma chance de ser felizes juntos, eu preciso saber.
Ele também se levantou, apertando as mãos, uma contra a outra:
— É uma questão de... orgulho — disse, enfim. Dulce abaixou os olhos:
— Eu não devia ter perguntado.
— Não. Você tem todo o direito de perguntar.
Ela o fitou e ele olhou para outro lado, enquanto começava a falar, com voz sem vida:
— Nem mesmo meus irmãos sabem. Mas você é mais importante para mim do que
qualquer outra coisa... Vou lhe contar o que não contei a ninguém. — Ele respirou fundo e voltou a fitá-la. — Não tenho filho algum, Dulce. O filho de minha ex-mulher foi concebido antes do casamento, não é meu, está sendo criado pelo pai e é por isso que não tenho lugar na vida dele.
Dulce levou um choque ao ouvir aquilo. Não duvidou nem por um instante.
— Você sabia disso quando se casou? — perguntou, ansiosa.
— Não, eu achava que o filho era meu — respondeu ele, amargo. — Não tinha motivo para duvidar.
— Mas acabou descobrindo? — Ele assentiu:
— Chegou o dia em que o pai legítimo requereu a custódia.
— Oh, meu Deus! — gemeu Dulce.
— Não foi o momento mais grandioso da minha vida — ele forçou-se a sorrir — e me fez passar pelo inferno.
— Você a amava?
— Não, mas gostava dela e achei que teríamos um casamento razoável. E havia nosso filho. Mas depois...
— Por que ela fez isso? — Dulce forçou-se a perguntar.
— Dinheiro. Me enganou direitinho.
— E você pensou que estava acontecendo a mesma coisa comigo — disse Dulce, num murmúrio. — O passado se repetindo.
Os olhos dele fitaram-na com aflição:
— Dulce, eu lamento...
— Não é sua culpa, Christopher — interrompeu-o ela —, é minha. Pensei que você não queria filhos porque não gostava de crianças.
— Foi resultado do meu orgulho — explicou ele. — Claro que quero filhos e acho que a maioria dos homens quer.
Dulce assentiu. Sempre lhe parecera estranho Christopher não querer filhos. Sentiu outra vez as pernas moles e tornou a sentar-se.
— E o que aconteceu com sua ex-mulher? — perguntou. Ele suspirou de novo, ainda
tenso, e uma de suas mãos agarrou com força o encosto da cadeira.
— Desculpei um monte de coisas que aconteceram entre nós por causa da gravidez. Sei que não é fácil... Ajudei-a como pude, indo às aulas de pré-natal com ela. Estava mesmo ansioso pelo nascimento do bebê e achava que quando ele nascesse as coisas iam melhorar entre nós.
Ele abaixou os olhos e notou que apertava a cadeira. Prosseguiu:
— Fiquei ao lado dela durante o parto, nervoso porque achava que se tratava de um prematuro de seis meses. Mas deu tudo certo. Para mim foi um momento mágico, inesquecível. Quando o bebê recém-nascido, que eu pensava ser meu filho, foi colocado nos meus braços... — Christopher balançou a cabeça e sua voz enrouqueceu. — Ele não se parecia comigo, mas isso não importava. É comum crianças se parecerem só com um dos pais. Pensava que era meu filho e o amei.
Havia uma dor profunda naquelas palavras.
Comentem!
Autor(a): latinamica
Este autor(a) escreve mais 2 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Ele soltou a cadeira, deu alguns passos e sentou-se na cama, então continuou: — Ele foi a luz da minha vida por mais de dois anos. Valia ter casado com Diane só por causa dele. Então, o verdadeiro pai apareceu. Tudo desmoronou. — E onde o pai estava, nesse tempo todo? — Retido no Oriente Médio, durante a crise. Diane, pelo ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 362
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
larivondy Postado em 09/08/2013 - 19:06:16
achei a web aqui e li mesmo atrazada u.u, amei *-*
-
souzalorrany Postado em 12/10/2012 - 21:36:53
Acabou mesmo?! No creio!
-
franzinhasiemprerbd Postado em 12/10/2012 - 14:22:57
ahhhhhhhhhh amanhã acaba que pena ficou muito legal...espero que vc ja tenha outra querida autora!!! se não vou morrer de saudades!
-
mia_mendes Postado em 12/10/2012 - 00:05:54
Posta maisssssssssssssssss, to amandoooooooooooooooo
-
mia_mendes Postado em 12/10/2012 - 00:05:54
Posta maisssssssssssssssss, to amandoooooooooooooooo
-
mia_mendes Postado em 12/10/2012 - 00:05:53
Posta maisssssssssssssssss, to amandoooooooooooooooo
-
mia_mendes Postado em 12/10/2012 - 00:05:53
Posta maisssssssssssssssss, to amandoooooooooooooooo
-
mia_mendes Postado em 12/10/2012 - 00:05:52
Posta maisssssssssssssssss, to amandoooooooooooooooo
-
mia_mendes Postado em 12/10/2012 - 00:05:52
Posta maisssssssssssssssss, to amandoooooooooooooooo
-
mia_mendes Postado em 12/10/2012 - 00:05:52
Posta maisssssssssssssssss, to amandoooooooooooooooo