Fanfics Brasil - Capítulo 13 - Parte 1 O Preço de uma Conquista - Vondy Adapatada.

Fanfic: O Preço de uma Conquista - Vondy Adapatada. | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 13 - Parte 1

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Como que num sonho, pegou moedas na bolsa e foi ao telefone. Seria o telefonema mais difícil da sua vida.Ouvir a campainha do telefone foi uma tortura para Dulce. Cada toque parecia mais alto e mais perturbador. Talvez Christopher não estivesse em casa. Se não atendesse...


De repente, os toques se interromperam e a voz de Christopher disse o número de forma monótona. Dulce respirou fundo, tentando se acalmar, mas não deu certo. Sua voz saiu trêmula:


— Christopher, é a Dulce. Po... posso falar com você?


— É claro!


— Eu queria me desculpar pelo que fiz ontem. — Ela falava atropeladamente, nervosa. — Devia ter escutado o que queria me dizer. Não foi justo da minha parte e fiquei pensando...


— Dulce — ele a interrompeu, suave —, se quiser qualquer coisa, é só falar.


Lágrimas afloraram aos olhos dela:


— Obrigada. Eu queria conversar com você, Christopher, mas não por telefone.


— Agora? Quer que eu vá aí?


— Sim, por favor. Se você puder.


— Posso, sim — ele apressou-se a responder. — Você está... em casa?


— Sim. O endereço é...


— Sei onde é, Dulce. Estou aí em quinze minutos.


Ela correu para o apartamento, preocupada: ele iria ver como era desconfortável o lugar onde morava. Não devia tê-lo convidado. Mas o que ia ser dito exigia privacidade. Estava tudo arrumado, não havia jeito de tornar o apartamentinho melhor. Então, ela correu para o banheiro, lavou o rosto, maquiou-se de leve e penteou o cabelo, dizendo a si mesma que a aparência não importava, mas sabia que não era verdade. Ainda bem que usava o vestido vermelho e preto que Kate desenhara. Era a mais linda criação dela e Dulce o vestira para tentar animar-se.


A medida que o tempo passava ficava mais agitada, andando de um lado para o outro.


Quando bateram à porta, sentia-se doente de tanta confusão emocional, mas forçou-se a atender o homem que poderia fazer ou destruir sua felicidade.


Seu coração disparou quando ergueu a cabeça e reconheceu a mesma ansiedade nos


olhos de Christopher.


— Estou feliz por você ter ligado, Dulce. — A voz dele soava insegura. — Posso entrar?


— Sim, claro — ela engoliu em seco.


Ele estava de jeans e camisa esporte azul, de mangas curtas, percebeu ela,


confusamente, sentindo-se fraca, e ao fechar a porta viu que sua mão tremia. Sentou-se na cadeira mais próxima porque as pernas bambas não a sustentavam mais. Christopher parecia preencher a minúscula sala e observou tudo antes de olhar para ela e puxar uma cadeira.


— Posso? — indagou.


Ela fez que sim e Christopher sentou-se, apoiando os braços na mesa. Dulce forçou-se a olhar para ele:


— Obrigada por ter vindo.


— Eu queria mesmo vir — foi a resposta simples.


— Ontem você queira me contar... sobre sua vida — murmurou ela.


— Tudo que você quiser saber.


Não era fácil encontrar as palavras. Ela sentia-se invadindo a privacidade dele, sua alma.Precisou forçar-se a prosseguir:


— Christopher, você quer me dizer... por que não... não tem contato com seu filho?


O sorriso dele foi profundamente triste, os olhos se desviaram por um momento,


depois voltaram a fitá-la e ele falou:


— Eu nunca contei isso a ninguém, Dulce. — Incapaz de permanecer sentada, ela


levantou-se:


— Olhe, se vamos voltar a ficar juntos, se é para termos uma chance de ser felizes juntos, eu preciso saber.


Ele também se levantou, apertando as mãos, uma contra a outra:


— É uma questão de... orgulho — disse, enfim. Dulce abaixou os olhos:


— Eu não devia ter perguntado.


— Não. Você tem todo o direito de perguntar.


Ela o fitou e ele olhou para outro lado, enquanto começava a falar, com voz sem vida:


— Nem mesmo meus irmãos sabem. Mas você é mais importante para mim do que


qualquer outra coisa... Vou lhe contar o que não contei a ninguém. — Ele respirou fundo e voltou a fitá-la. — Não tenho filho algum, Dulce. O filho de minha ex-mulher foi concebido antes do casamento, não é meu, está sendo criado pelo pai e é por isso que não tenho lugar na vida dele.


Dulce levou um choque ao ouvir aquilo. Não duvidou nem por um instante.


— Você sabia disso quando se casou? — perguntou, ansiosa.


— Não, eu achava que o filho era meu — respondeu ele, amargo. — Não tinha motivo para duvidar.


— Mas acabou descobrindo? — Ele assentiu:


— Chegou o dia em que o pai legítimo requereu a custódia.


— Oh, meu Deus! — gemeu Dulce.


— Não foi o momento mais grandioso da minha vida — ele forçou-se a sorrir — e me fez passar pelo inferno.


— Você a amava?


— Não, mas gostava dela e achei que teríamos um casamento razoável. E havia nosso filho. Mas depois...


— Por que ela fez isso? — Dulce forçou-se a perguntar.


— Dinheiro. Me enganou direitinho.


— E você pensou que estava acontecendo a mesma coisa comigo — disse Dulce, num murmúrio. — O passado se repetindo.


Os olhos dele fitaram-na com aflição:


— Dulce, eu lamento...


— Não é sua culpa, Christopher — interrompeu-o ela —, é minha. Pensei que você não queria filhos porque não gostava de crianças.


— Foi resultado do meu orgulho — explicou ele. — Claro que quero filhos e acho que a maioria dos homens quer.


Dulce assentiu. Sempre lhe parecera estranho Christopher não querer filhos. Sentiu outra vez as pernas moles e tornou a sentar-se.


— E o que aconteceu com sua ex-mulher? — perguntou. Ele suspirou de novo, ainda


tenso, e uma de suas mãos agarrou com força o encosto da cadeira.


— Desculpei um monte de coisas que aconteceram entre nós por causa da gravidez. Sei que não é fácil... Ajudei-a como pude, indo às aulas de pré-natal com ela. Estava mesmo ansioso pelo nascimento do bebê e achava que quando ele nascesse as coisas iam melhorar entre nós.


Ele abaixou os olhos e notou que apertava a cadeira. Prosseguiu:


— Fiquei ao lado dela durante o parto, nervoso porque achava que se tratava de um prematuro de seis meses. Mas deu tudo certo. Para mim foi um momento mágico, inesquecível. Quando o bebê recém-nascido, que eu pensava ser meu filho, foi colocado nos meus braços... — Christopher balançou a cabeça e sua voz enrouqueceu. — Ele não se parecia comigo, mas isso não importava. É comum crianças se parecerem só com um dos pais. Pensava que era meu filho e o amei.


Havia uma dor profunda naquelas palavras.





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Autor(a): latinamica

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 362



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  • larivondy Postado em 09/08/2013 - 19:06:16

    achei a web aqui e li mesmo atrazada u.u, amei *-*

  • souzalorrany Postado em 12/10/2012 - 21:36:53

    Acabou mesmo?! No creio!

  • franzinhasiemprerbd Postado em 12/10/2012 - 14:22:57

    ahhhhhhhhhh amanhã acaba que pena ficou muito legal...espero que vc ja tenha outra querida autora!!! se não vou morrer de saudades!

  • mia_mendes Postado em 12/10/2012 - 00:05:54

    Posta maisssssssssssssssss, to amandoooooooooooooooo

  • mia_mendes Postado em 12/10/2012 - 00:05:54

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  • mia_mendes Postado em 12/10/2012 - 00:05:53

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