Fanfics Brasil - Capítulo 25 Marido Por Acaso AyA [Finalizada]

Fanfic: Marido Por Acaso AyA [Finalizada] | Tema: AyA


Capítulo: Capítulo 25

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Não foi com surpresa que Anahí ouviu o que dizia seu supervisor assim que chegou à produção:

— Há um recado do escritório central para você: o patrão quer vê-la agora mesmo.

Ela deveria ter imaginado que não conseguiria trabalhar suas oito horas sem que Alfonso a chamasse. A única dúvida que tinha era quanto ao motivo, dessa vez. Iria avisá-la de seus planos para a sequencia da farsa ou acabaria com tudo? Esperava que Alfonso não cancelasse o que combinaram. Precisava demais do dinheiro que iria receber. Na verdade, considerando-se o atraso que já tinha acumulado em seu serviço na fábrica, iria Precisar dele ainda mais…

Voltou à sala de equipamentos para recolocar seus protetores lá, e ouviu:

— Ei, Portilla! — Era o supervisor de novo. — Se decidir continuar trabalhando aqui, é só me avisar, certo?

Anahí engoliu a resposta malcriada e dirigiu-se ao setor mais elegante da empresa.

Na antessala, a secretária de Alfonso cumprimentou-a, sorridente, e ofereceu-lhe uma caneca de café. Anahí agradeceu e entrou no escritório, sem ao menos bater primeiro. Alfonso parecia absorvido em alguns papéis sobre sua escrivaninha, e isso a fez lembrar-se, de repente, de como seus cabelos eram macios, o que percebera ao tocá-los durante o beijo…Seus dedos apertaram mais a caneca ao recordar.

— Ah, sinto muito — disse ela, irônica. — Acabei me entrosando tão bem em meu papel de garota ignorante que até deixei de bater antes de entrar.

— Pare com isso. — Alfonso fechou a pasta que examinava e apontou para as duas poltronas adiante. — Não tivemos oportunidade de terminar nossa conversa de hoje.

— Verdade? Pois achei que já tínhamos dito tudo o que era preciso.

— Pelo contrário. — Ele estava muito sério. — Nós mal começamos.

Anahí agora era uma pessoa bastante diferente daquela que entrara em seu escritório da última vez, Alfonso ponderava, conforme a via movimentar-se de lá para cá. Apesar de usar os pesados sapatos de costume, havia uma elegância única na maneira como se movia, ondulando devagar os quadris benfeitos. E, apesar da calça velha de brim, Anahí sentava-se com a fineza de uma mulher que estivesse usando uma saia bem cortada. Mesmo vestindo a camisa surrada de flanela, que cobria o corpete, a pele branca e suave na base do pescoço podia ser vista e, o que era mais inquietante, aquilo que não era mostrado, mas apenas imaginado, parecia ser muito mais convidativo.

Anahí não era como Sybil, é claro, e isso deveria tê-lo distraído a princípio. Mas a verdade era que havia bem poucas mulheres tão femininas quanto Sybil fora. No entanto, algo o perturbava: teria sido ele próprio quem mudara desde a véspera? Teria olhado para a mesma mulher antes sem conseguir notar o que lhe parecia tão óbvio agora?

Isso, entretanto, poderia não ser tão importante; o que importava era que estava, de certa forma, ligado a ela. Sentou-se e começou, procurando parecer bastante convincente:

— Precisamos decidir como vamos seguir a partir daqui, já que você jogou a ideia original pela janela esta manhã, sem ao menos me consultar.

— Nós vamos continuar? Porque achei que, depois de ter saído de sua mansão, quisesse reconsiderar…

— Reconsiderei. E cheguei à mesma conclusão de antes: não tenho outra opção a não ser seguir adiante com o que planejei. Mesmo se anunciasse agora mesmo que o noivado estava desfeito, teria minhas mãos amarradas por meses antes de poder pensar em resolver a situação e tentar outra vez.

— Entendo… Se levasse outra garota para casa na semana que vem, Camila iria desconfiar…— Não havia como disfarçar a vontade que Anahí sentia de rir.

Alfonso, porém, achava que Anahí poderia, pelo menos, tentar levar a sério o que estavam fazendo. Entretanto, ela parecia divertir-se por vê-lo sem saída. Arrependia-se por não ter considerado antes quanto poder estava colocando nas mãos dela.

— Além disso, enquanto eu não encontrasse outra candidata, minha avó voltaria à carga com suas prováveis noivas. — Alfonso suspirou, percebendo que Anahí se divertiria cada vez mais.

— Será que ela acharia alguma que fosse tola o suficiente para querer você? — Anahí sorriu e afastou uma mecha de cabelos que lhe escapava por baixo do boné que ainda usava.

— Obrigado! É muita gentileza sua! Onde está seu anel?

— Bem, depois da história sobre seu bisavô, não sou tão idiota a ponto de usá-lo no serviço. Além do mais, há regras quanto ao uso de joias na produção.

— Não o deixou em seu apartamento, não é?

— E que alternativa tenho? Desde que todos na fábrica o viram, a melhor maneira de afastá-lo da curiosidade geral é mantê-lo longe daqui, não acha?

Alfonso ergueu as sobrancelhas. Gostaria de imaginar que todos os seus empregados eram honestos, mas não se podia arriscar.

— Não precisa se preocupar, Alfonso. A joia está segura.

— Posso saber onde?

A insistência de Alfonso a irritava. Afinal, mesmo vivendo num lugar muito modesto, sabia como proteger seus pertences, e ele não confiava em seu discernimento.

— É uma pena eu não ter pensado em penhorá-lo, mas o melhor que consegui fazer foi jogá-lo num pote de iogurte em minha geladeira. — A ironia estava presente, mais uma vez, nas palavras de Anahí.

— Está querendo me dizer que colocou um solitário caríssimo dentro de um pote de iogurte em sua geladeira?

— De maçã, para ser mais precisa. A moça com quem divido o apartamento detesta esse sabor. Portanto, não há possibilidade de que Maria o pegue.

Anahí o enfrentava, e parecia sentir um imenso prazer nisso. E não havia nada que Alfonso pudesse fazer a respeito. Antes de tudo aquilo estar acabado, ele, decerto, a teria estrangulado.

— E, embora eu ache que é discriminatório de minha parte generalizar — ela prosseguia, sorrindo — duvido que os assaltantes locais comam iogurte. Então…

— Está certo! Não precisa ir adiante com isso. Confio em você, mas quero que saiba que é responsável por aquele anel.

— E o que fará se eu o perder? Vai me algemar a uma das máquinas até que eu consiga pagar por ele? Isso vai levar apenas uns vinte anos…

— Não. Na verdade, esperarei até que receba seu primeiro grande salário como arquiteta e a farei reembolsar-me pelo dano. E, é claro, se não desempenhar sua parte em nosso acordo da maneira como espero que o faça, garantirei que não receba salário algum como arquiteta, pode estar certa disso.

Anahí não pareceu se impressionar. Bocejou, cobrindo os lábios com os dedos, e aguardou pelo que ainda teria de ouvir.

Alfonso resolveu mudar de tática:

— Diga-me: minha avó levou-a para conhecer a mansão toda depois que saí?

— Não. — Anahí parecia desapontada. — Não houve tempo. Eu precisava voltar para trabalhar. — Ela consultou o relógio da parede, de propósito. — Bem, já que estou aqui, sem desempenhar minhas funções, talvez tivesse podido ficar mais algum tempo lá com ela.



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 690



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  • juhlanzani Postado em 11/09/2012 - 17:25:42

    nossa!!No final a dona Camila era boazinha!!kk' que otimo,eu não a achava má!! Ai foi tudo tão lindo,a web do começo ao fim me preendeu na tela do pc!!kk' Estou triste por ter acabado,esse tbm é um dos meus livros favoritos!!Sempre que der eu vou voltar aki e reler as partes que eu mais gostei!! Obrigada Carol,por dividir com a gente um livro tão lindo!! Ate a proxima web!!Eu estarei lá!!

  • juhlanzani Postado em 11/09/2012 - 17:25:40

    nossa!!No final a dona Camila era boazinha!!kk' que otimo,eu não a achava má!! Ai foi tudo tão lindo,a web do começo ao fim me preendeu na tela do pc!!kk' Estou triste por ter acabado,esse tbm é um dos meus livros favoritos!!Sempre que der eu vou voltar aki e reler as partes que eu mais gostei!! Obrigada Carol,por dividir com a gente um livro tão lindo!! Ate a proxima web!!Eu estarei lá!!

  • camillatutty Postado em 08/09/2012 - 00:29:30

    Ah, e péraí, deixa eu confessar uma coisa: Chorei com a carta da Camila! Velhinha esperta!!!!

  • camillatutty Postado em 08/09/2012 - 00:29:30

    Ah, e péraí, deixa eu confessar uma coisa: Chorei com a carta da Camila! Velhinha esperta!!!!

  • camillatutty Postado em 08/09/2012 - 00:29:30

    Ah, e péraí, deixa eu confessar uma coisa: Chorei com a carta da Camila! Velhinha esperta!!!!

  • camillatutty Postado em 08/09/2012 - 00:29:30

    Ah, e péraí, deixa eu confessar uma coisa: Chorei com a carta da Camila! Velhinha esperta!!!!

  • camillatutty Postado em 08/09/2012 - 00:29:30

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  • camillatutty Postado em 08/09/2012 - 00:29:29

    Ah, e péraí, deixa eu confessar uma coisa: Chorei com a carta da Camila! Velhinha esperta!!!!

  • camillatutty Postado em 08/09/2012 - 00:29:29

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  • camillatutty Postado em 08/09/2012 - 00:29:29

    Ah, e péraí, deixa eu confessar uma coisa: Chorei com a carta da Camila! Velhinha esperta!!!!


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