Fanfic: Para Sempre Ao Seu Lado | Tema: Hunger Games

Eu sempre temi os jogos, mas esse ano, temo ainda mais, já que sou eu que vou para a arena. Eu nunca quis ir, mas meu pai, antigo vitorioso quer que eu vá, para ter uma nova geração de vitoriosos na família Sevina. Meu bisavô e minha avó ganharam uma das temporadas.

Na escola dizem que o local que hoje moramos, Panem, há 80 anos, era chamada de América do Norte, e que foi dividida em 13 distritos e a Capital, mas, há mais ou menos 75 anos, o distrito 13 se rebelou. A Capital conseguiu detê-lo e no mesmo ano criou os Jogos Vorazes, onde 24 pessoas, denominada tributos, entre 12 e 18 anos, vão para uma arena, onde o objetivo é matar, até sobrar apenas um vivo. O tão glorioso vencedor. O vitorioso.

Em todos os distritos, uma vez por ano, ocorre a colheita, onde os tributos são sorteados. Mas aqui, no 1 e no 4, após o sorteio nós nos voluntariamos para ser tributo. Como será comigo e com Cato esse ano.

Significa: primeiro que irei para uma arena onde minhas chances de não voltar para casa são maiosres de 90%, já que tenho apenas 15 anos, e a maioria de lá, 16 ou 18; segundo que irei com o garoto que amo, Cato, ou seja, nunca terei uma chance real com ele; terceiro que tenho de aceitar os dois primeiros fatos, o que já é difícil.

Cada colheita leva mais ou menos meia hora, e como moro no distrito 2, a colheita aqui é 7h30. Já são 6h30, e ainda estou na cama, preciso levantar e me arrumar.

Só de pensar que daqui a 1h, estarei nas telas de toda Panem, me embrulha o estômago.

- Clove!

Meus pensamentos são interrompidos por Claire, minha madrasta, ela veio da Capital.

- Clove, venha tomar o seu café!

Não gosto que ela me dê ordens. Ela nem é minha mãe de verdade. Minha mãe morreu nos jogos, quando eu tinha apenas 11 meses. Ela e meu pai foram na mesma edição. Sobraram apenas os dois, após apenas 3 dias na arena. Até que minha mãe se matou para deixar que meu pai vencesse. Me orgulho de ser filha dela.

Bom, de qualquer jeito, estou mesmo com fome. Vou até a cozinha, Claire está lá, mas não encontro meu pai. Me acostumei a ter um pai ausente, já que ele trabalha na casa do prefeito, foi assim que ele arranjou uma vaga para eu me oferecer como tributo com apenas 15 anos, mas ele me prometeu que iria estar lá, na colheita, para me apoiar.

Estou tentando não me preocupar com esse tipo de coisa.

- Antes que faça qualquer pergunta sobre seu pai, já vou dizendo: ele teve de viajar até o distrito 1 a negócios, não estará hoje na colheita.

Perdi todo o apetite agora.

- Coma alguma coisa.

Claire novamente me dando ordens. Não gosto de obedecer ninguém, principalmente ela.

- Não estou com fome, Claire.

- Tem como me chamar de mãe pelo menos uma vez?

- Não, Claire.

Já disse isso para ela, muitas vezes. Ninguém nunca irá substituir minha mãe. Nunca.

Ela saiu. Provavelmente está indo para seu quarto. É sempre para lá que ela vai quando se sente mal. Ela vai muitas vezes ao dia.

Se pelo menos ela entendesse que eu também tenho meu espaço e que ela nunca será bem-vinda em casa, pelo menos, por mim não.

Termino de comer, volto para meu quarto.

Tenho que escolher uma roupa descente hoje, pelo menos. Um vestido de seda rosa me aparece em cima da minha cama. Me enganei. Claire não estivera em seu quarto esse tempo todo. Ela estava arranjando um vestido para mim.

Acabo de ver uma etiqueta no vestido, foi feita a mão. Está bordada com o nome de alguém. Clove. O vestido era de minha mãe, Clove. Bom, é uma ótima situação para usá-lo. E combinam perfeitamente com meu salto branco.

Passo meu blush preferido. Tom de pele. Delineador, lápis e sombra escuros. Batom vermelho, bem forte.

Já são 7h, devo sair. Se me atrasar, meu pai nunca me perdoaria, mesmo que não esteja aqui. E a última coisa que eu quero agora é perder a ‘amizade’ que tenho com meu pai.