Fanfic: Entre nós dois. - AyA

Enquanto, na parte de fora, foi ouvido o silêncio da festa por Anny e Poncho.

Poncho: - Qual é? Todo mundo enlouqueceu? – Até a música já havia parado naquele momento.

Anny: - Não entendi. – Dulce avistou de longe a amiga, correu até ela, e se ajoelhou ao seu lado.

Dulce ofegante: - Anny... É seu irmão, ele veio te pegar com mais milhões dele!

Anny: - O que? Como ele soube da festa?

Poncho: - Não importa, mas você não pode ir com esse cara. Vem! – Poncho levantou-se e estendeu a mão pra ela, que em frações de segundo já estava de pé, eles correram e pularam o muro da mansão, que era mais baixo do que o resto do redor da casa, já que fica em frente a praia, e foram correndo, os Seguranças já estavam por todos os lados, mas não puderam vê-los já que se esconderam muito bem, depois que a poeira baixou, saíram de fininho e começaram a caminhar pela praia.

Anny rindo: - Fala sério, não acredito que fizemos isso!

Poncho: - Não acredito que eu fiz isso. – Anny já carregava os sapatos nas mãos, seus cabelos recebiam a luz da lua minguante, ela estava perfeita. – De você, me acostumei a esperar tudo. (risos)

Anny: - Saiba que isso é um elogio pra mim! – Ela sorriu, se voltou para o mar e se deitou na areia. A distancia entre a água e ela era pequena, Poncho a olhou e ao sair do
transe, fez o mesmo, e ficaram ali observando as estrelas.

Poncho: - Há muito tempo que não paro pra olhar o quão bonita é a vida.

Anny: - É, eu as vezes esqueço também.

Poncho: - Fala sério, você é a pessoa que mais bem aproveita a vida que eu conheço. – Ele virou o rosto e a mirou sorrindo.

Anny: - Mas aproveitar a vida não é só ir a muitas festas ou estar rindo todo o tempo, é viver momentos como esse também. – Ela fechou os olhos pra sentir melhor aquela brisa suave que lhe acariciava o rosto.

Poncho: - Tem toda razão. – Ele voltou-se para o céu, estava perfeita aquela noite, cada estrela brilhava mais que a anterior, e a lua era a única luz que iluminava a praia deserta. Talvez não tão deserta assim. Poncho ouviu sussurros, e virou-se para ver de que se tratava, deparou-se com dois homens, obviamente duas montanhas ambulantes, e teve certeza do que se tratava. Ele cutucou Anny rapidamente, que abriu os olhos e encontrou poncho em pé a sua frente lhe estendendo a mão mais
uma vez. Ela pegou-a rapidamente sem nem perguntar nada, e saíram correndo.

Segurança: - Eles estão ali, peguem-nos. – Os dois fugiram o máximo que conseguiram, Poncho entrou em um beco sem saída, e puxou Anny, os homens se aproximavam. Ele então, retirou a camisa, e encostou-a na parece lhe beijando com toda veracidade em si que nem ele próprio conhecia. Aquela área da cidade era comum aquele tipo e coisa, os seguranças olharam e passaram direto, mas aquele beijo se prolongou, a perseguição só se tornara uma desculpa, porque os dois envolvidos haviam esquecido do mundo, só eram apenas ele e ela. Os braços de Anny se envolviam
pelo pescoço dele, que tinha uma de suas mãos lhe acariciando o rosto e a outra em sua cintura. Foi exatamente como ele descreveu a dias atrás, uma combinação perfeita, como se a boca de Anahí tivesse sido desenhada junto a de Poncho, como se seus corpos necessitassem do calor do outro. Quando faltou-lhes o ar, ele
separou-se rapidamente e foi até a esquina do beco averiguar se os homens já não estavam mais ali presentes.

Poncho pegando sua camisa e colocando-a: - Eles já foram. Vamos pra casa!

Anny: - Poncho...

Poncho: - Vamos pra casa! – Ele saiu dali, estava evitando-a. Mas por que ter medo, afinal ? Os dois seguiram pra casa, no meio do caminho, enquanto andavam pela rua deserta perto da praia, aquele silêncio constrangedor foi quebrado pela voz feminina.

Anny: - Poncho... Não precisa ficar me ignorando ok? Eu sei muito bem que aquele beijo foi só pra despistar os caras e... – Antes que ela pudesse prosseguir, ele interrompeu.

Poncho: - Aquele beijo nunca aconteceu, ok?

Anny: - Por que você odeia o fato de se sentir atraído por mim? Me diz!

Poncho: - Eu não me sinto atraído por você, se enxerga garota. Eu quis te ajudar...

Anny: - Porque se sente atraído por mim!

Poncho: - Não, porque eu tive pena de você!

Anny irônica: - Claro, e também foi por pena que você me defendeu do meu irmão aquele outro dia né? Ahã, tudo a ver!

Poncho: - Vê se cresce, ok? – Ele virou as costas pra ela, e entrou no prédio, deixando-a falando sozinha.

Anny: - Odeio quando ele faz isso. – Ao entrarem no apartamento, Dulce correu pra cima deles preocupada.

Dulce: - Ta tudo bem? Vocês se machucaram? Eles não pegaram a Anny né? Poncho cadê a Anny?

Anny entrando: - To aqui, ruiva! – Riu da atitude da amiga. – Eu sei que você me ama, mas não é pra tanto!

Dulce a abraçou: - Graças a Deus você está bem, não sabe o aperto que tava no meu coração. Esse seu pai e aquele seu irmãozinho não prestam hein?

Anny tirou o sorriso do rosto: - É verdade, eles são a cruz que eu carrego aqui na terra. Mas ta tudo bem, nós conseguimos escapar!

Dulce: - Poncho, você foi muito legal em ajudar a Anny hoje.

Anny: - Legal? Ele só piora as coisas!

Poncho: - Se eu não tivesse feito aquilo teriam te pego, sabia?

Anny: - Eu não to nem aí, prefiro qualquer lugar a ficar perto de você. Mas saiba que só não vou morar com a May porque eu cheguei aqui primeiro, e se alguém tiver que sair será você! – Ela colocou o dedo na cara dele, que a olhou enojado, e foi até o
quarto batendo a porta.

Dulce boquiaberta: - Não entendi nada.

Anny: - Boa noite Dul. – Anny pegou seu sapato no chão e foi andando pra seu quarto.