Fanfic: Entre nós dois. - AyA

Blanca se aproxima e dá um caloroso
abraço em Dulce: - Minha filha, que saudades.

Dulce: - Mamãe. – Os olhos das duas
foram banhados por lágrimas que desta vez, eram doces e singelas. – Senti sua
falta.

Anny: - Tia Blanca. – Sorriu e foi
cumprimentar a mulher.

Blanca: - Anahí... Nossa, você mudou
bastante do ano passado pra cá. – Sorriu e abraçou-a, notando a leve presença
de Clara, o brilho no olhar aumentou muito. – Clarinha, minha pequena. – Se
aproximou dela e deixou que uma lágrima solitária caísse sobre sua face.

Clara: - Oi mãe. – Deu um sorriso
não muito animado.

Blanca: - Não vai abraçar sua velha?

Clara: - Uhum. – A afirmação saiu
quase num mumúrio. Anny e Poncho não sabiam o que acontecera entre as duas. Mas
pelo que ouviram uma vez Dulce comentando, há muitos anos, desde que seus pais
se separaram, Clara fora morar com o pai na Grécia.

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Era dia 30 de dezembro. As malas dos
Herrera estavam todas na carroceria da velha Picape azul marinho.

Lúcia: - E o carro meu velho?

Alfonso: - Já te expliquei mulher. O
Javier estará lá no aeroporto, e cuidará do nosso benzinho aqui. – Passa a mão
pela porta da Picape, e bate sem muita força. A atenção foi desviada quando
Mariana chegava agarrada a Augusto perto dos pais. – Você está chegando agora
mocinha?

Lali desmancha o sorriso: - Ai pai,
sabe como é. A gente perde noção do tempo! – Falava enquanto tentava se
desvencilhar dos braços do namorado.

Lúcia: - Meu velho, esquece isso.
Estamos indo encontrar nosso filhinho, nada pode estragar isso. – Seus olhos
brilhavam.

Alfonso: - No Brasil, conversamos
dona Mariana Herrera. – A fitou sério, e depois voltou a atenção para o
relógio. – Vamos, podemos perder o vôo.

Augusto: - Não seria má idéia. –
Fala enquanto se despedia de Lali, beijando seu pescoço.

Lali faz bico e ri: - Ou bebê,
quando eu chegar te ligo ta?

Augusto: - Eu vou ficar carente! –
Fazendo manha.

Lali: - Só não vai matar essa
carência nos braços de outra, muito menos daquela Candela. – Revira os olhos.

Augusto: - O que combinamos hein?
Nada de ciúmes, a Cande é minha amiga, nada mais que isso.

Lali: - Ela te come com os olhos.

Augusto ri: - Mas não com a boca. –
Sorri malicioso. – Só você pode isso!

Lali sorri: - Eu amo você! – Ela o
puxou pra um beijo, e ficam assim por alguns segundos, até se separarem quando
Alfonso chamou por uma terceira vez. Ela entrou no carro, e encolheu as pernas
em menção de frio.

Lúcia: - Que foi minha menina?

Lali: - Saudades, mãe, saudades. –
Ela suspirou, e afundou o rosto entre os joelhos.

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Anny corria pelo parque, como
costumava fazer antigamente, e ouvia música, até parar e apoiar as mãos sobre o
joelho, cansada. Passou a mão pelo rosto e se pôs a correr novamente enquanto
pegava uma garrafa d’água pendurada na cintura. Quando o cansaço a tomou, parou
em qualquer árvore e se escorou na mesma, fechando os olhos.

Anny: - Mas mãe... eu odeio balé.

Luisa riu: - Eu sabia disso. – A abraça.

Anny: - E por que me fez fazer? – Pergunta se fingindo de brava.

Luisa: - Minha filha, nem sempre você terá pessoas pra decidirem o
que você quer. Tem que usar a voz mocinha, tem que dizer o que sente! – Ela
sorriu, e deu um beijo entre os cabelos da filha.

Anny: - Mas eu só tenho 5 anos. – Fez menção com as mãos demonstrando
a idade que tinha.

Luisa: - Nunca é muito cedo pra aprender! – Ela sorriu e colou suas
testas. – Você vai ser uma pessoa maravilhosa sabia?

Anny: - Só se você estiver comigo. – Sorriu

Luisa: - Com ou sem mim! – Ela abraçou a menina e depositou um
beijo em seu ombro, e vou a olhá-la. – Me promete?

Anny: - Prometo! – Elas cruzaram os dedos mindinhos e riram juntas.

Anny se recordava dos momentos com a
mãe com muita facilidade, como se os mesmos tivessem acontecido ontem mesmo.
Ela sorriu ao ver aquela imagem passar em sua mente. Ninguém podia ter tirado
sua mãe de si, ela não merecia. Aquele olhar de saudade se transformou em um
olhar de raiva, mas Anny o conteve e voltou a se concentrar na caminhada.

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May: - Eu não sei não. É meio
complicado pra mim ter que mentir pra ela!

Ucker: - May... Anny não chega a ser
nem um pouco da amiga que você é pra ela.

May: - Por que?

Ucker: - Olha, ela já te levou la em
casa? Hã?

May: - Não, mas...

Ucker: - Mas o que? Por que ela
levaria Dulce e não você?

May: - Ela levou a Dulce? – A imagem
do namorado ficou embaçada devido as lágrimas.

Ucker: - É claro que sim. Como acha
que a conheço?

May: - Elas disseram que foi numa
festa.

Ucker riu: - Você é tão inocente,
minha morena. – Acariciou seu rosto e May enxugou uma lágrima teimosa que
acabara caindo.

May: - Por que ela mentiria pra mim?

Ucker: - Por que EU mentiria pra
você?

May: - Não sei.

Ucker se fingindo de ofendido: -
Bom, se você acreditar nela eu vou entender sabe? Afinal vocês se conhecem a
anos.

May: - Tempo não diz nada pra mim,
ok? – Ela suspirou e deu um abraço nele, que não pôde conter o sorriso que
aparecera em seus lábios.

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