Fanfic: Entre nós dois. - AyA

Poncho: Anny...Posso te fazer uma
pergunta?

Anny: - Uhum.

Poncho: - Por que você se dirige a
seu pai como assassino frio e cruel? – Anny ficou meio surpresa com a pergunta
dele, abriu e fechou a boca umas duas vezes com a esperança de que saísse som
da mesma. Apenas uma tentativa frustrada. O bip do elevador anunciou que havia
chegado ao andar 18 e então, Anny o olhou mais uma vez como se estivesse
pedindo perdão, e em pensamento, agradecia a interrupção. Saíram em direção à
porta do apartamento, Anny pegou a chave na bolsa, e nem sabia ao certo como
conseguira enfiá-la na fechadura da forma que tremia. Poncho notou no
nervosismo de Anahí e antes que ela pudesse girar a chave ele pegou em sua mãe
e apertou contra as suas.

Poncho: - Desculpe se toquei nesse
assunto, mas é que... Naquele dia em que conversamos, que fizemos as pazes,
você comentou isso e desde então venho tentando criar coragem, mas me perdoe,
minha intenção nunca foi te deixar assim. – Anny tinha a cabeça baixa, mas ao
ouvir as palavras de Poncho, levantou a face e mirou-o.

Anny: - Não se desculpe. – Forçou um
sorriso. – Apenas não sei como lhe dizer isso.

Poncho: - Você não tem obrigação
nenhuma. – Ele soltou um sorriso compreensivo e tratou de continuar o trabalho
começado por Anny.

--- x ---

Poncho: - Mas então, e como vai o
Augusto? Vocês ainda estão juntos maninha?

Lali sorri: - É, estamos sim. Mas
não sei não, tenho medo de que ele me esqueça durante esses meses sabe?

Anny intrometeu-se: - Se ele e
esquecer, é porque não te merece! É por isso que digo, homens não valem o
dinheiro que têm. – Ela deu uma longa pausa, e reparou o olhar curioso de
Mariana sobre si. – Se um cara te faz sofrer, ele é um idiota, logo não
merecendo automaticamente uma sequer lágrima a cair. – Ela sorriu.

Lali: - Ela é sempre assim, tão
natural? – Olhou Poncho que riu, e acentiu. Virou-se novamente para Anny e se
ajeitou no sofá demonstrando interesse. – Quantos relacionamentos você já teve?

Anny ri: - Alguns. Bom,
relacionamentos sérios, acho que uns 4.

Lali: - Nossa, se eu te disser que o
Augusto é meu primeiro namorado de verdade, vou parecer inexperiente?

Anny a observa: - Não importa se é o
primeiro ou o trigésimo. Mas creio sim que você não tenha experiência, nem eu
mesma me considero experiente.

Lali: - Mas...

Anny: - O fato de você não ser
virgem não te faz melhor do que outros, Lali.

Lali abriu e fechou a boca algumas
vezes procurando palavras no ar: - Como ela faz isso? – Disse, finalmente.

Poncho ri: - E eu vou saber? – Ele
notou Anahí com um olhar observador sobre a irmã mais nova.

--- x ---

Chegara, finalmente, a noite do dia
31 de dezembro, ultimo dia do ano de 2008. Se reuniram ao redor da imensa mesa
posta no terraço do apartamento. Uma hora antes da virada, estavam jantando e
alguns minutos faltando para o ano de 2009, Anny se encontrava escorada à
pilastra olhando o movimento da cidade.

Poncho: - Posso saber o que você
está pensando?

Anny sorri: - Temos uma ótima vista,
dará pra ver os fogos de Copacabana sem ser pela TV. – O olhou divertida.

Poncho: - Uhum. Você estava pensando
nisso assim como eu sou amigo íntimo da Madonna. – Ele fez uma careta e Anahí
se pôs a rir.

Anny: - Espertinho. – Ela fez uma
breve pausa. – O primeiro ano que viro longe do Ucker, não queria mas é
inevitável sentir falta.

Poncho: - Você gosta muito dele, não
é?

Anny: - Não o reconheço mais. Ele
está completamente dominado.

Poncho: - Bom, acho que nada que eu
te diga vai mudar isso, mas hoje é uma noite diferente não acha? Hoje, não
devemos nos preocupar com os problemas de sempre.

Anny sorri: - É, tem razão! – Anny
olha ao redor e observa todos rindo e se divertindo. – Por que não vai lá ficar
com sua família? Eles são importantes pra você.

Poncho: - Você também é. – Ela o
olhou encantada, e depois notou que seus cabelos de todo o corpo estavam de pé,
e riu de si mesma.

Anny: - Você é interessante, Alfonso
Herrera. – Ficaram alguns segundos se olhando, até se assustarem com Dulce
chegando no terraço aos berros, gritando junto ao rádio a contagem regressiva
para o ano novo. Riram e se aproximaram da sacada, 9 segundos depois puderam
ver claramente a comemoração de toda a cidade do Rio de Janeiro, não apenas de
Copacabana. O brilho nos olhos de todos era evidente, os sorrisos radiantes
iluminavam mais do que os fogos que se chocavam no ar.