Fanfic: Entre nós dois. - AyA

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A primeira semana se passara
rapidamente e bastante animada. Cada dia com mais intensidade. Dulce acordara
com o barulho irritante que o ferro que segurava as cortinas fazia ao roçar com
o tecido. Abriu os olhos devagar, após fechá-los e abri-los por diversas vezes,
tentando se acostumar com a claridade. Ela franziu o cenho e olhou Anahí
sentada na cabeceira da cama.

Dulce: - Que foi?

Anny: - Quero conversar.

Dulce se sentou na cama de frente
pra amiga e suspirou: - Tem razão. Eu tinha esquecido, desculpa.

Anny: - Que isso Dul. – Expirou todo
o ar de uma só vez, e desmanchou o sorriso que obtinha na face até então. – É a
May.

Dulce: - Eu sei. Ela está com seu
irmão né?

Anny a olha intrigada: - Como sabe?

Dulce: - Os vi em frente a casa dela
aos beijos. – Anny suspira apóia a cabeça sobre as mãos, colocando os cotovelos
sobre os joelhos.

Anny: - Não quero que ela se
machuque Dul.

Dulce: - Ela não vai. – Ela pegou no
queixou da amiga, o levantando, fazendo com que Anny a encarasse.

Anny: - O Ucker vai fazê-la sofrer,
sei que vai.

Dulce: - Andei pensando... Só há uma
forma de impedir que isso aconteça. Bom... Não digo impedir, mas se
anteciparmos, talvez seja melhor antes que ela esteja mais envolvida né? Temos
que tirar a máscara dele Anny.

Anny: - Como?

Dulce: - Poderíamos contratar uma
pessoa que conquiste o Ucker, e faça com que ele desista da May. Ou poderíamos
gravar uma conversa sua com ele e mostrar pra ela.

Anny: - Essa segunda, não vai dar.
Ele nunca vai admitir pra mim que não gosta dela mesmo.

Dulce: - Você já pensou se ele estiver
gostando dela?

Anny: - Vai por mim, ele não está
mesmo.

Dulce: - Tudo bem. Mas então amiga,
o que me diz?

Anny: - Ele a está usando, pra
conseguir informações minhas, isso é óbvio. Ele não deixará a May, que pode ser
uma carta na manga, por outra garota assim do nada. – Ela faz uma breve pausa,
e alisa o queixo pensativa. – A não ser que essa garota seja mais próxima de
mim, e possa possivelmente dar informações melhores e mais completas. – Ela
continua pensando e Dulce sorri maliciosamente.

Dulce: - Eu! – Ela dá um pulo da
cama e sorri pra Anny.

Anny: - Seria um ótimo plano Dul,
mas não. Eu não quero mais uma amiga minha envolvida nisso.

Dulce: - O que você acha que ele vai
fazer pra mim Anahí? Me matar, por acaso? – Ela suspira e caminha até Anny. –
Maninha, olha... Pensa comigo ok? Eu sei que você é loira, mas faz um esforço
ta? – Ela riu e Anny estirou a língua. – Eu moro com você, sou linda e gostosa,
digo que posso ajudá-lo, e ele vai estar na minha mão. Agora, eu não vou dar informações
de verdade porque não sou tão tolinha como a May. E mais... Ainda faço ele
ficar louquinho por mim! – Ela levanta e passa a mão pelo corpo, arrancando
risos de Anahí.

Anny: - O Christopher pode ter
muitas faces Dulce. Me promete que não vai se apaixonar por ele?

Dulce sorri: - Eu tenho o controle
da situação maninha. – Ela pisca pra Anny. – Quem manda na vida, no coração e
na mente de Dulce Maria, é Dulce Maria. – Elas sorriem cúmplices.

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Dulce: - Oi. Eu queria falar com
Christopher Portilla, por favor. -  Ela
sorri simpática pra moça que a olhava da porta, ouviu alguns murmúrios do
segurança no intercâmbio.

“Uma moça ruiva, senhor” – Ele disse
algo assim. Dulce o olhava intrigada, aquele homem de cabelos loiros e olhos
negros como carvão a encarava desconfiado.

“Que maluco, eu hein.” – Dulce
pensava e continuava a analisá-lo. Até ver de bem longe, a moça acenar para o
rapaz, dando autorização para abrir os portões. Dulce entrou quase como num
vulto. Passou pelos cães de guarda tremendo até a espinha. Chegou em frente a
porta e entrou pedindo licença. Passou a palma da mão pelos braços tentando
cessar o arrepio.

***: - Não se preocupe. Quando
entram aqui pela primeira vez, é sempre assim. – A moça sorriu e Dulce retribui
meio nervosa.

Dulce: - Sou Dulce, queria ver o
Ucker.

***: - Você é amiga de Anahí?

Dulce: - Mais ou menos. – Ela fez
careta como se quisesse transparecer-se enojada de Anny.

***: - Vou chamá-lo. – Ela sorriu um
tanto esnobe, e ao dar um passo, não foi necessário prosseguir.

Ucker: - Não será preciso, já estou
aqui Micaela, obrigado. – Ele sorriu e a jovem derreteu-se, Dulce a olhou
segurando o riso, e logo se virou para Christopher. – Você aqui?

Dulce: - Pois é. – Ela sorriu, e
soltou os cabelos que até então estavam presos a um rabo-de-cavalo.

Micaela: - Vou voltar a meu
trabalho, com licença. -  Ela saiu
rapidamente, e Dulce se sentou no sofá, cruzando as pernas.

Ucker riu e se dirigiu até ela: - A
que devo o motivo da ilustre visita?

Dulce: - Guarde seus comprimentos,
Uckermann. – Ela lhe deu um sorriso de canto, e mexeu nas madeixas que caía
lentamente por sua face.

Ucker sentou-se a seu lado e a
encarou: - Então...

Dulce: - Que Anahí não saiba, mas eu
não agüento mais isso. – Dulce manteve o olhar penetrante, mas sem saber o
porque, era ela quem estava sentindo o efeito daquilo sobre si. – Você é tão
gato Ucker, é sério. Se você se interessasse, teríamos tanta química. – Ela
abaixou a cabeça, aquilo pra Dulce deveria ser uma atuação de decepção, mas ela
apenas procurava fugir do olhar dele.

Ucker ri: - Confesso que nunca tinha
reparado, mas acho que ninguém jamais falara algo com tanto sentido assim. –
Ele pegou o queixo de Dulce e o levantou. – E por que acha que não estou
interessado?

Dulce: - Não sei, sou amiga da Anahí,
moro com ela, não ficaria estranho?

Ucker: - Nem um pouco. – Ele pisca
pra ela, que cora. Dulce levantou-se e ajeitou a mini-saia que vestia. Olhou
Ucker mais uma vez e sorriu.

Dulce: - Que tal sairmos daqui? Vamos
dar uma volta.

Ucker: - Claro. – Ele levantou-se e
pegou a chave e o capacete de sua moto. – Toma! – Entregou o mesmo a ela, e foi
até um armário pegando outro. Saíram de casa no veículo, e logo estavam em um
parque, meio distante da cidade.

“Será que ele vai me matar? :O” –
Dulce riu de seus pensamentos.

Ucker: - Então Dulce, me fale sobre
você. – Ele sorriu se sentando próximo a uma árvore.

Dulce: - Não tem muito pra falar,
tenho uma vida chata. Sou britânica, estou no Brasil a uns dois anos e meio.
Meus pais são separados. O meu pai mora na Grécia, e minha mãe na Inglaterra.
Tenho uma irmã insuportável de 12 anos que me odeia. Enfim... – Ela o mirou e
ele riu.

Ucker: - Parece uma vida bem legal.

Dulce: - Que nada. Mas e você?

Ucker: - Eu? Bom... Você deve saber
tudo sobre mim, são as mesmas informações de Anahí.

Dulce: - Uhum. Entendo! Falando
nela, ela me mata se souber de nós aqui, sozinhos.

Ucker: - Não estamos fazendo nada
além de nos conhecermos.

Dulce: - É verdade. Não por enquanto. – Ela sorri
maliciosamente e ele ri. Dulce lançou aquele mesmo olhar, e foi se aproximando
lentamente de Christopher. Logo, ela estava frustrada por não saber identificar
de quem era qual respiração. Estavam misturadas. Ucker olhava fixamente para a
boca chamativa de Dulce, e soltou um sorriso ofegante.