Fanfic: Entre nós dois. - AyA

A chuva batia cada vez mais forte na
janela da pequena cabana, Anny estava deitada enrolada em alguns lençóis,
tirando a roupa por debaixo dos mesmos, para não pegar nenhum resfriado. Poncho
encontrou alguns panos e conseguiu se enxugar um pouco com eles, e também
enxugar o cabelo de Anahí. Ele estava só de calça olhando pela janela aquelas
gotículas que caíam do céu. Estava distante e pensativo.

Anny: - Poncho...

Poncho meio que despertou: - O que?
Ta doendo? – Ele correu pra perto da cama, e ela riu um pouco.

Anny: - Não. Já quase não sinto dor!
– Ele respirou aliviado e sentou ao lado de Anny. – Eu conheço esse olhar. –
Ela o olhou nos olhos, e ele abaixou a cabeça.

Poncho: - Olhar preocupado?

Anny: - Também. – Ele fez uma breve
pausa e suspirou. – Olhar culpado!

Poncho: - Se você ta aqui nessa
cama, com esse pé doendo, e correndo risco de pegar um resfriado, é porque fui
cabeça-dura.

Anny pegou em sua mão e a acariciou:
- Não é verdade Poncho! – Ela sorriu de forma encantadora fazendo-o se
derreter. – Não te culpo. Na verdade... Não gostaria de estar nessa situação
com outra pessoa ao meu lado. – Ela abaixou a cabeça um pouco nervosa, e ele
pegou em seu queixo, a obrigando a encará-lo.

Poncho: - Que bom! Porque eu não
estaria tão mal assim se não fosse você aqui. – Poncho a olhou mais uma vez, e
afundou o corpo no travesseiro, envolvendo seu braço sobre o ombro de Anny, que
se aconchegou junto a ele e ali adormeceram.

O outro dia amanheceu ainda em meio
a chuva. Poncho acordou primeiro e ficou velando o sono de Anahí, como ela
podia ser tão perfeita? É, Poncho acabara de se convencer de três coisas. Primeira:
Laura já não reinava nem em seus pensamentos, nem em seu coração. Segunda: Ele
não sabia porque, afinal nunca havia tido mais que um simples beijo com aquela
jovem ao seu lado, mas seu coração saltitava só em estar no mesmo ambiente que
ela. Terceira: Sim, ele voltara a sentir aquele sentimento que tanto afastou no
últimos anos. Estava apaixonado. [Sim, eu tirei a idéia de Crepúsculo]

Anny começou a se remexer e seus
olhos começaram a se acostumar com a luz emitida por algumas frestas de raio de
entravam pela janela entreaberta. Ela piscou os olhos umas 3 vezes e mirou o
sorriso mais perfeito do mundo.

Poncho: - Como foi a noite?

Anny: - Muito boa. – Ela se sentou
na cama segurando os lençóis, já que estava apenas de roupas íntimas. – Meu pé
já não dói. – Ela mexia rapidamente o pé esquerdo e Poncho riu. – Deve ter sido
só um mal jeito.

Poncho: - Que bom! – Ficaram em
silêncio alguns segundos. Até Anny se encabular com a situação. Ela se levantou
enrolada nos lençóis e foi até uma cadeira onde Poncho havia estendido suas
roupas.

Anny: - Nossa, ainda não secaram. –
Ela fez menção de decepcionada, e Poncho se levantou em sua direção. Ela sentiu
suas pernas estremecerem, ao sentir o leve toque das mãos de Poncho em seus
braços descobertos. – Poncho...

Poncho: - Anny...

Anny: - O que?

Poncho: - Eu... Estou... – Ele
apertou os olhos com força e se afastou dela. – Nada.

Anny: - Como nada Poncho?

Poncho: - Eu acho melhor fazer
alguma coisa pra essas roupas secarem logo. – Ele desviou-se dela e começou a
observar as roupas, mas ainda atento na atitude dela.

Anny: - Já chega essa situação
Alfonso! – Ele fechou os olhos, e suspirou. – Por que você tem que estragar
tudo sempre? – Anny encheu os olhos de lágrimas, lágrimas as quais não entendia
da onde e porque vinham. Ela simplesmente as deixou cair. Não pôde continuar
ali encarando-o, saiu correndo pela porta da cabana, e Poncho a seguiu. Ele a
chamava, mas Anny continuava correndo. Ele conseguiu alcançá-la e já estavam
completamente molhados.

Poncho: - Me perdoa! Era difícil pra mim aceitar que
meu coração tava tomando um rumo diferente ao que eu prometi um dia Anny. Eu
tinha medo de sofrer outra vez. Mas eu já cansei disso, cansei de ter que
esconder esse sentimento. – Ele levou uma de suas mãos ao rosto de Anny,
tirando uma mecha de cabelo que teimava em cair sobre os olhos da loira. Aquele
misto de sensações que ela estava sentindo naquele momento era inexplicável,
simplesmente inexplicável.