Fanfic: Entre nós dois. - AyA

Anny: - Quis dizer, você deve ser o amigo da Dulce.

Poncho: - Sou sim! Poncho, prazer.

Anny: - Anny. – Ela sorriu, e caminhou até a cozinha, enquanto Poncho a observava. Ela de alguma forma, lembrava Laura, talvez no olhar, ou no sorriso sincero. Na aparência, nada lhe era semelhante nas duas, Laura tinha ou cabelos no ombro e pretos como carvão, seus olhos eram hipnotizantes e castanhos claro, sua pele era branca como de uma típica inglesa. Mas aquela garota ali presente naquele apartamento, o chamou atenção.

Poncho: - Você é americana?

Anny: - Por que a pergunta?

Poncho: - A maioria das amigas da Dulce são dos EUA.

Anny: - Não, eu sou brasileira mesmo. Esqueceram de te avisar que você ta no Brasil? – Ela sorriu, tomou um gole de leite, e fez cara feia. – Isso ta vencido! Eca. A Dulce é péssima dona de casa mesmo.

Poncho: - Ela foi buscar um casaco pra comermos em uma lanchonete.

Anny: - Deve ser na lanchonete do Polliz, ele é um mestre na cozinha, você vai gostar! Quer saber, eu vou também,
me esperem ok? – Anny correu para o quarto, e esbarrou com Dulce no corredor, mas seguiu seu caminho.

Dulce: - Já vi que conheceu minha amiga.

Poncho: - É, ela parece gente fina!

Dulce: - Ela é sim! Mas acho que vocês dois são opostos em tudo.

Poncho: - Não estou aqui pra fazer amigos Dul, só quero esquecer meu passado.

Anny chegando na sala: - Ué, então bate a cabeça em alguma coisa. Eu já tentei e funciona hein. Se bem que eu só
esqueci por duas horas. – Falou pensativa, Dulce começou a rir até Poncho a repreender.

Poncho: - Vamos ou não?

Dulce: - Vamos! Vem Anny.

Dulce vestia uma blusa verde, e umas munhequeiras da mesma cor, saia jeans, e uma bota de couro preta, os cabelos soltos, e lisos. Anny estava com a mesma blusa branca, mas com uma
calça dessa vez, sua barriga ainda ficava visível, os cabelos estavam amarrados em um rabo de cavalo, com apenas uma mecha caindo em cima de seus olhos. Poncho estava com uma camisa preta, uma calça jeans, e um all star vermelho.

Os 3 seguiram a lanchonete do Christian, um amigo das meninas da faculdade, ele se tornara um dos melhores chefes, e estava fazendo curso de gastronomia. Chegaram lá e tomaram o café da manhã.

Dulce: - Seguinte, agora eu tenho um teste de vocação lá na facul, mas vocês podem ir pro apê, mais tarde podemos conhecer a cidade Poncho, o que acha?

Poncho: - Pode ser Dul, mas não se apresse!

Anny: - Se quiserem, eu posso começar o passeio com o gostosão aqui.

Poncho: - Gostoquem? – Anahí caiu na gargalhada.

Anny: - Nada não, gostosão! Vambora. – Ela deixou o dinheiro em cima da mesa, mandou um beijo de longe pra
May que trabalhava como garçonete no café do Pollito, e puxou Poncho pelo braço.

Poncho: - O que vamos fazer?

Anny: - Agitar! – Anny sorriu pra ele, que não pode deixar de se encantar com aquelas covinhas que formaram no
canto de sua boca. Anahí o levou nos lugares mais badalados da cidade, não mostrou nenhum museu, ou alguma praça importante, na verdade Anahí não era uma jovem comum, não se importava com as coisas as quais todos se importam. Ela era diferente! Talvez o único gosto semelhante ao das demais garotas de sua idade
fosse moda. Não morria por um vestido, ou uma bolsa, mas estava sempre linda, sabia se vestir e com certeza tinha o dom de arrancar suspiros até do homem mais sério do mundo, o que lhe dava crédito extra sobre Poncho.

Anny: - Então Ponchito... soube que você veio da Grã-bretanha, né? Por que saiu de lá? – Eles andavam pelo
calçadão, Anny comia um crepe, e Poncho apenas olhava para o mar, a procura de algo que o trouxesse a alegria de volta.

Poncho: - Preciso me libertar de algumas coisas.

Anny: - Ah, é só jogá-las fora,ué!

Poncho: - Não é tão simples.

Anny: - Fala sério. Tem gente que complica tudo! – Deu uma mordida, e ofereceu a ele. – Quer? – Ele balançou a cabeça negativamente, e Anahí prosseguiu. – Pensa comigo, se você quer mesmo me livrar dessas coisas, é só se livrar e pronto! Jogar fora, esquecer, queimar, seja lá o que for. Se ta fazendo tanto caso disso, deve ser porque você não quer se libertar! – Ela tinha um sorriso no rosto, falava com uma naturalidade espantosa, ele não imaginara que uma jovem mais nova do que ele próprio, e de
tamanha falta de senso poderia lhe dar algo de bom, poderia lhe mostrar uma solução.

Poncho: - Talvez... – Ele fixou seu olhar no pôr do sol, que já causava um sublime resplendor nos céus, aquela mistura de laranja e azul o hipnotizou por alguns instantes.

Anny: - Sabe de uma coisa? Aquela garçonete, a May, lembra? – Ele respondeu com a cabeça. – Ela é super especialista nesse lance de jogar fora a negatividade ou sei lá o que. Ela me
levou uma vez prum tal de Ioga, que sinceramente, eu não entendi! O que tem de legal em ficar sentado com as pernas todas tortas, de olhos fechados, fazendo um tal de AUM? – Ela interpretava, e seu humor já até arrancavam alguns sorrisos de Poncho. – Mas, tem pessoas que acham resultantes, então que tal você tentar? Pode ser que você seja um daqueles esquisitos da aula de ciências da
faculdade. – Ele a olhou, enquanto ela parava em uma barraca de
cachorro-quente. – Vem cá, você não come não?

Poncho: - Não sinto fome! – Ele sorriu. – Mas fala sério, você quem come demais!

Anny: - Que é? Eu adoro comida,quem não adora comida?

Poncho: - E como você tem esse corpo, se come desse jeito? – Ele a olhou dos pés a cabeça novamente, nem percebeu o que acabara de sair de sua boca.

Anny: - Então o gostosão me acha gostosona é? – Anny caiu na gargalhada, e ele corou.