Fanfic: Final Stelena | Tema: The Vampire Diaries

Como reagir àquela revelação dada pela última pessoa que eu esperava que aparecesse na minha frente para dizer isso? Ficar totalmente surpreso? Não, porque eu já suspeitava disso, mas ao mesmo tempo ver aquela mulher tão linda vindo aqui me dizer isso me deixava surpreso. Ficar aflito? Sim, eu deveria estar aflito, mas como ficar aflito olhando aqueles olhos castanhos, que agora pareciam tão presos aos meus? Eu só conseguia ficar ali parado, sem reação alguma, eu não sabia como lidar com a informação e nem com a mulher à minha frente.

- Stefan, você está bem? – ela perguntou visivelmente preocupada.

Eu ri sem humor antes de responder – Honestamente fico cada vez mais em dúvida sobre o que responder sobre isso! – eu disse com honestidade.

Ela riu também sem humor – Sabe... Eu escrevi uma vez em meu diário... Que quando as pessoas perguntam se você está bem, elas não querem realmente saber a resposta, e é verdade, mas entre nós sempre foi diferente Stefan, e por mais que tudo tenha mudado, eu ainda faço essa pergunta com honestidade, eu quero mesmo saber a resposta! – ela encarou meus olhos de um jeito tão doce. E eu sabia que ela tinha razão, só não conseguia saber se ela realmente ainda se importava tanto, não conseguia mais confiar.

- Não Elena, eu não estou bem. Como estar bem em meio a esse turbilhão de coisas? Como estar bem se quando eu penso que finalmente tudo vai mesmo acabar em uma merda, e então tudo muda novamente, mas não sei se isso será bom ou não? Como eu posso estar bem com isso? – eu enfiei as mãos nos bolsos da calça.

- Eu sei. – ela sorriu tristemente – Hoje especialmente eu sei disso. – de repente o seu tom de voz se alterou – Stefan, hoje eu pensei que finalmente poderia concertar minha vida ou se não isso, pelo menos seguir em frente, mas sabe o que eu descobri? Que eu não posso, que os fantasmas continuam aparecendo Stefan, e não importa se eu fizer alguma coisa certa, todas as outras ainda serão erradas! E de repente eu me deparo com o Klaus, um fantasma que destruiu as nossas vidas e que pensei que estaria morto e enterrado para sempre, mas não, ele está vivo e namorando a minha amiga! – ela indagou de olhos arregalados.

Eu queria abraça-la, como teria feito sempre antes de tudo o que ocorreu antes de nossas vidas se tornarem um caos, eu a teria abraçado e teria dito que tudo ficaria bem, e como eu quis fazer isso novamente, mas eu não conseguia e eu não queria fazer aquilo, não havia como concertar nada!

- Vamos entrar Elena, você me conta como descobriu isso. Tudo bem? – foi simplesmente o que eu disse em voz calma, tentando acalma-la.

- Tá. – ela concordou com os olhos marejados em lágrimas que eu não conseguia entender.

Eu segui até a porta e a abri, fiz sinal para que ela entrasse.

- Entre.

Ela entrou e varreu meu apartamento com os olhos demoradamente, observando meu sofá branco de couro, o chão de tacos, as paredes brancas um pouco descascadas, ela parecia tão interessada, como se conhecer meu apartamento fosse algo importante. Quando ela finalmente olhou para mim, indiquei o sofá para que ela se sentasse, ela o fez e eu a segui sentando-me no sofá ao lado dela, mas o mais longe que me foi possível.

- Porque você acha que o Tyler é o Klaus? – perguntei indo direto ao assunto.

- Eu estava voltando para casa... Para casa do...

- Jeremy. – eu completei sem querer, sempre tive o costume de fazer isso com ela, mas percebi que havia me entregado.

- Você já sabe que terminei com o Damon? – ela perguntou e não parecia irritada, nem nervosa com aquilo, era apenas curiosidade, aquilo me confundiu mais uma vez.

- Eu... Estive com o Damon hoje, ele me disse. – novamente senti a raiva subindo a minha cabeça quando lembrei-me de Damon.

Ela riu sem graça – Eu conheço você Stefan, desculpe-me, mas sei que não foi exatamente “estar com o Damon”, mas não se preocupe, eu sei que não tenho nada com isso, e... Isso me poupa o trabalho de contar sobre o porquê de eu estar voltando para casa. – porque ela não ia perguntar? – Continuando... Eu estava voltando para casa, iria falar com o Jeremy, pensava no que havia feito, enfim, estava distraída, dirigindo calmamente, quando o Tyler entra na frente do meu carro, Stefan eu poderia jurar para você que ele entrou na frente do meu carro, com o intuito de me parar, e como se isso já não fosse estranho o suficiente, a forma como ele falava, o jeito como se movimentava Stefan... Como se isso já não fosse suficiente... – ela hesitou ficando nervosa de repente – Lembra quando me contou que Klaus estava do nosso lado em alguma coisa, foi uma brincadeira, logo depois de eu me tornar vampira, você me disse que Klaus havia lhe dito que nós deveríamos ficar juntos, lembra? – ela sorriu como se estivesse se divertindo com a lembrança.

- É claro que me lembro. – eu respondi tentando afastar a lembrança que só me machucava, mas... “Nos livramos do Klaus, Stefan, pelo menos isso é uma coisa boa. – Elena estava triste, mas sorria para mim. Eu a beijei, seus lábios macios tocando os meus, minhas mãos contornando a linha de sua cintura.” “Ah Elena, o Klaus não era tão ruim assim, pelo menos ele estava ao nosso lado em alguma coisa – eu brinquei e ri, ela beijava meu pescoço, me fazendo ferver em desejo” “Como assim? – ela riu, suas mãos apertando meus ombros.” “Ele me disse uma vez, que você deveria me escolher, que eu era o cara certo, coisas do tipo. – Eu voltei a beija-la fervorosamente.” Desviei-me do pensamento, não queria lembrar, não podia lembrar, já podia sentir as lágrimas em meus olhos, e o aperto em meu peito. – Sim eu me lembro. – eu repeti.

Ela encarou meus olhos - que eu sabia agora estavam vermelhos - por um instante, e os olhos dela se encheram de lágrimas, o que a fez desviar os olhos dos meus.

- Então... No final da conversa muito estranha, ele repetiu as palavras que havia dito a você, disse que você era o homem certo para mim, que nós tínhamos o verdadeiro amor. – ela voltou a encarar meus olhos como se quisesse me dizer alguma coisa com isso, além do que as palavras diziam, mas eu não queria entender. Só o que queria realmente entender, era que minhas suspeitas estavam mesmo certas.

- Ele lhe disse isso? – eu indaguei.

- Sim. – ela respondeu.

- O Tyler nunca teria feito algo parecido? – eu perguntei, tentando afastar aquela ideia completamente nojenta de Klaus vivo.

- Não Stefan! – ela respondeu em desespero – Ele não diria isso, e nem muito menos me chamaria de querida!

- Isso é um pesadelo! – eu cobri o rosto com as mãos – Agora tudo faz mais sentido, minhas suspeitas... – eu não consegui terminar.

- Suspeitas? – ela indagou sem entender – Quê suspeitas Stefan?

- Elena, desde que eu vi Tyler pela primeira vez após a suposta morte do Klaus, eu o estranhei, era como se o Tyler me lembrasse alguém, me lembrasse alguém de que eu não gostava... Então Caroline começou a reclamar do Tyler, falar coisas sobre ele estar estranho, diferente, ou sei lá, - eu retirei minhas próprias mãos de meu rosto e encarei seus olhos – começou a me ocorrer que talvez Tyler não fosse quem dizia ser... Sempre achei que era loucura, mania de perseguição, ou seja, lá que desculpa eu mesmo dava, mas a verdade é que eu sempre achei que o Tyler fosse o Klaus! – eu levantei minha cabeça para o alto e apertei minhas têmporas com as duas mãos, até que senti a mão de Elena em meu braço, ela fez com que eu afastasse minha mão de meu rosto e olhasse para ela, ela acariciava meu braço com os dedos, e eu não sabia como reagir, eu deveria me afastar, mas não queria, não quando aquele toque era a única coisa que me acalmava.

- Stefan eu realmente tenho certeza de que sei como você se sente... O Klaus destruiu a minha vida, tanto quanto a sua. Mas nós vamos dar um jeito, nós sempre encontramos um jeito!

- Quê jeito, Elena? – eu perguntei com escárnio.

- Eu não sei. Eu ainda não sei. Só sei que duas coisas passam pela minha cabeça, - ela ainda acariciava meu braço, meus pelos se arrepiavam com o toque macio de suas mãos – a primeira: contar tudo a Caroline, não é justo ela namorar um cara achando que é outro, e talvez o Tyler esteja vivo em algum lugar, no verdadeiro corpo do Klaus...

- O verdadeiro corpo do Klaus foi destruído, Elena! – eu lamentei.

- Não temos certeza disso Stefan! Por mais que para nós seja suficiente acreditar nisso, não será para Caroline, - ela encarou meus olhos com doçura – se eu fosse ela ia querer procurar, nem que eu procurasse a minha vida inteira... – ela desviou os olhos, como se não conseguisse mais me olhar – Mas por outro lado, o Klaus não fez nada até agora, o que me leva a pensar que ele realmente ama a Caroline e não quer perdê-la, então eu penso que não deveríamos mexer nisso, não deveríamos remexer no passado, mas isso seria justo com a Caroline? – ela indagou e encarou meus olhos como se me perguntasse.

Eu balancei a cabeça negativamente devagar e respondi – Não, não seria! Não vou deixar que ela fique no escuro, não é justo!

- Não, não é. – ela concordou – Mas como contar isso a ela Stefan? Ela sofreu tanto quando pensou que o Tyler estava morto, e agora de novo! – ela começou a chorar, e aquilo apertou meu coração, eu soltei meu braço do aperto de sua mão, e peguei sua mão na minha, tentando acalma-la, eu queria fazer muito além daquilo, mas eu não podia, não conseguia, porque eu ainda me sentia machucado pelo que ela havia feito comigo! – Porque eu sempre tenho que ver as pessoas que eu amo perderem as coisas?! – ela indagou, ela apertou minha mão com força, e afagou meus dedos com os dela. Porque você está fazendo isso, Elena? Eu pensei.

- Eu não sei... Elena, mas é o que temos que fazer! E quero fazer isso agora, você vai comigo? – eu ofereci, não só porque Caroline precisava dela neste momento, mas também porque eu não queria me afastar dela, eu já percebia o quão difícil se tornaria deixa-la novamente depois.

- Vou. – ela sorriu, como se minha pergunta, houvesse iluminado um céu escuro, em uma noite sombria.

Eu então soltei a mão dela, e me levantei devagar, ela me seguiu, limpando as lágrimas do rosto enquanto levantava. Eu fiz gesto para que ela fosse à minha frente, ela encarou meus olhos e em seguida seguiu em frente, até a porta de saída, abriu a porta e saiu, eu saí logo atrás.

Seguimos devagar até o meu carro, ela aceitou ir no meu carro, disse que depois viria buscar o dela. Rapidamente eu estava dirigindo até Mistic Falls mais uma vez, ignorando as advertências da prefeita Lockwood, ignorando o fato de que poderiam tentar me matar por não estar cumprindo o que eu havia prometido, mas eu não me importava muito, honestamente não me importava.

- Stefan, você parece preocupado. – Elena comentou em tom também preocupado. Olhei rapidamente para ela, ela me olhava, me analisava.

- Está tudo bem, Elena. – eu menti.

- Não, não está tudo bem, Stefan! – ela enfatizou, o que me fez olhar novamente para ela – Eu conheço você, o que foi?

- Acho que você não vai gostar de saber. – eu ri sem humor.

- Ultimamente não há muitas coisas de que eu goste de saber! – ela riu também.

- Nada demais Elena... O seu querido Damon, matou algumas pessoas pela cidade, colocou a culpa em mim e agora eu estou sendo obrigado a me manter longe de Mistic Falls! – eu dei um sorriso de escárnio para ela.

- Você tem certeza que foi o Damon? – ela perguntou espantada.

- Não entendo como isso pode espantar tanto você, Elena! – eu olhei para ela, ela estava com o rosto assustado – Você realmente acha que o Damon é um santo, é isso?

- Stefan, eu não disse isso! – ela indagou.

- Então me diga Elena, - eu lambi os lábios – se fosse o Damon aqui, lhe dizendo isso sobre mim, você acreditaria? É claro que acreditaria, eu sou o estripador! – eu ri.

- Stefan, você está sendo injusto! – ela arregalou os olhos – Stefan, eu tive todos os motivos do mundo para desconfiar de você sobre tudo, mas eu sempre acreditei na sua palavra! E eu não acreditaria se o Damon me dissesse que você fez isso, porque confio em você, e sei quem você realmente é! – isso fez com que eu me acalmasse, e na verdade até me envergonhasse pelo que havia acabado de fazer, a verdade é que eu estava com ciúmes! Ela me encarava, esperando uma resposta, mas eu não sabia bem o que falar – Eu só perguntei se você tinha certeza, porque eu preferia que fosse mentira, mas eu sei que o Damon é capaz disso, não sou tão inocente! – ela continuou já que eu não dizia nada.

- Perdoe-me Elena! – foi a única coisa que eu consegui dizer.

- Não estou magoada Stefan, eu lhe devo muitos pedidos de perdão, não quero um seu, eu só quero que saiba que eu estou do seu lado, e que acredito em você.

Eu fechei os olhos com força por um instante, e respirei fundo, o perfume dela inundava aquele carro, tornando difícil pensar em outra coisa que não fosse apenas entregar-me ao amor que sinto por ela, mas a mágoa dentro de mim me dizia para pensar, me pedia para usar a razão, e era o que eu precisava fazer.

- Desculpe-me Elena... – eu olhei em seus olhos por um instante e depois voltei meus olhos para a rua onde Caroline morava, nós já quase chegávamos – Mas, eu não consigo mais confiar em você. – vi suas mãos tremerem por minha visão periférica, eu vi uma lágrima descer por seu lindo rosto, a vi passar a mão pelos cabelos com nervosismo, e finalmente abaixar a cabeça, escondendo-se de mim. Aquilo me afligia, vê-la sofrer me fazia sofrer, mas o Stefan Salvatore que estava aqui agora, havia aprendido que o coração só faz coisas idiotas!

Chegamos à frente da casa de Caroline, ambos em silêncio, Elena ainda de cabeça baixa, e eu me esforçando para não afagar seus cabelos, seu rosto e beijar sua testa, abraça-la, lutando contra todas as minhas vontades eu continuava.

Elena não hesitou, apertou a campainha, deu uma leve olhada para mim e novamente olhou para a porta da casa da amiga, que logo apareceu a nossa frente, sorriu, iluminando tudo ao redor, aquele sorriso era apaziguador, ainda mais quando olhava para nós, como se estivéssemos juntos.

- Vocês? - ela bateu palmas, e deu pulinhos de alegria.

- Não, não Caroline, não estamos juntos. – Elena explicou em voz triste.

- Vocês estão com umas caras! Quem morreu dessa vez? – ela arregalou os olhos.

- Na verdade é alguém que renasceu. – eu expliquei.

- Como assim? – ela perguntou assustada, olhando de mim para Elena.

- O Tyler está na sua casa Caroline? – Elena pegou a mão da amiga e a apertou carinhosamente.

- Não. Ele não está, por quê? Aconteceu alguma coisa com ele? – ela se alterou, os olhos se encheram de lágrimas.

- Não, não é isso Caroline. É que precisamos falar com você sem que ele esteja por perto. – eu expliquei.

- O quê? Mais alguém tentando matar a Elena? – Caroline perguntou em desespero, à procura de respostas.

- Não dessa vez Caroline! – Elena respondeu – Vamos entrar, e conversar?

- Tá. – Caroline deu de ombros e comprimiu os lábios com nervosismo.

Quando percebi nós já estávamos na frente dela, ambos sem saber como contar aquela história, sem saber como começar, sem saber como não magoa-la, não feri-la.

Elena então começou a falar, falou devagar e calmamente, o tempo todos segurando as mãos de Caroline entre as dela, Elena amava Caroline, e isso era visível, pareciam irmãs. Mas não havia como contar aquilo de uma maneira correta, não havia como amenizar as coisas, quando Elena disse as palavras: “Quem está com você agora Caroline, é o Klaus, e não o Tyler!”, Caroline começou a chorar, Elena a apertou em um abraço, afagando seus cabelos, ela chorava junto com ela e repetia: “Eu sinto muito... Eu sinto muito!”.

- Mas e o Tyler? – Caroline perguntou aos prantos.

- Não sabemos dele Caroline. – eu respondi e me aproximei dela, afagando suas costas. Elena olhou para mim, seu rosto molhado por lágrimas, e novamente fechou os olhos, e suas lágrimas continuaram a cair sem parar.

- Tyler! – Caroline chamava, chorando tão dolorosamente, que era insuportável olhar.

- Eu prometo que nós vamos encontra-lo Caroline, eu prometo! – Elena disse de repente. Como encontra-lo se ele estava morto? Eu pensei, mas não parecia ser no que Elena acreditava.

- Mas e se ele estiver morto?! – Caroline choramingou, agora olhando o rosto de Elena.

- Ele não está morto. Quando o Klaus possuiu o corpo do Alaric, o Alaric não morreu, ele ficou aprisionado ao corpo do Klaus, e é no que acredito!

- Mas o corpo do Klaus foi destruído, Elena! – Caroline indagou, mas agora mais calma, tentando se apegar as palavras de Elena, eu também prestava atenção.

- Como temos certeza? - Elena indagou.

- A Bonnie o viu morto. – eu respondi.

- Pois é Stefan, e quem você acha que salvou o Klaus? – ela encarou meus olhos, e eu vi a lógica no que ela dizia, mas ela estava mesmo culpando a melhor amiga?

- Você acha que foi a Bonnie? – Caroline indagou.

- Eu sei que foi a Bonnie. Ela tinha razões para fazer aquilo Caroline, ela tinha todas as razões. Salvar a mãe, salvar você, salvar a todos nós.

- E para isso usou o Tyler?! – Caroline indagou possessa.

- Não sabemos o porquê de ter sido ele, pode ter um motivo que nos faça entender. – eu disse.

Elena sorriu para mim – Acredita em mim?

- Eu sempre apoiei você Elena, e se quer saber sempre confiei que sabia o que estava fazendo, não é à toa que salvei o Matt primeiro do que você, - os olhos dela se encheram novamente de lágrimas – eu nunca pensei que você fosse morrer! – era a primeira vez que eu dizia isso a ela.

- Achou que se eu estava pedindo que levasse ele, era porque eu ainda aguentaria... – ela supôs.

- Sim.

- E mesmo percebendo que eu praticamente me suicidei, você ainda vai me apoia? – ela perguntou, como se não fizesse sentido.

- Segundo o Damon, os seus planos sempre foram péssimos, e ainda assim eu apoiava você, porque precisava que você tomasse suas decisões, mas neste caso, eu acredito que você esteja certa, e estou lhe dando também o direito de tomar essa decisão de ir contra Klaus, mais uma vez.

Eu bem sabia que era isso que faríamos, íamos mais uma desafiar Klaus. Elena sorriu novamente para mim e se virou para Caroline.

- Caroline, você precisa me prometer de que não vai mostrar para o Klaus que sabe quem ele é, me prometa isso! – ela implorou.

- Elena, eu não posso... – Caroline começou a protestar.

- A Elena está certa, enquanto ele acreditar que você acredita nele, ele não vai machucar você, ele a ama. – eu disse e sorri.

- Mas o que vamos fazer? – Caroline perguntou.

- Vamos reunir nosso exército. – Elena respondeu, e eu sabia que Damon fazia parte desse exército.

- Eu não quero o Damon nisso Elena! – eu indaguei.

- Stefan, precisamos dele, ele faz muita burrada, mas ele ajuda. – ela respondeu.

- É verdade Stefan. – Caroline concordou.

Eu suspirei profundamente com raiva – Se você quer procura-lo Elena, fique à vontade, eu não vou atrás dele! – eu sabia quão ridículo eu estava sendo, mas eu estava cego de ciúmes.

- Eu não vou sem você. – Elena respondeu para minha surpresa – Se você não quer procura-lo então não iremos procura-lo.

Eu abaixei a cabeça, e sabia que após aquela frase eu recuaria.

- Ele não vai ajudar Elena, tudo que ele fazia era para proteger você, e você não está em perigo agora. – eu encarei aqueles olhos castanhos doces.

- Vamos tentar. – ela pediu.

Quando percebi eu já havia aceitado aquilo, Caroline concordou em ficar calada, e esperar para que estivéssemos prontos. Elena e eu já estávamos na frente da mansão de minha família mais uma vez. Elena saiu do carro, eu saí em seguida. Ela não bateu na porta, a abriu e entrou, e lá estavam Damon e Katherine, Damon estava apenas com a calça e Katherine apenas de lingerie, ambos deitados no sofá, um sobre o outro, eu ri alto e olhei para Elena, e ela também ria, para minha surpresa, se fosse há algum tempo atrás, ela... Eu não queria lembrar-me de algum tempo atrás. Damon veio até Elena com uma sobrancelha erguida e um sorriso irônico, estava querendo deixa-la enciumada.

- Isso porque você me ama, não é Damon! – Elena riu e aquilo me fez gargalhar.

- Você me deixou. – Damon provocou.

- Ah e por isso no dia seguinte você pega a Katherine! Bem explicado Damon! – Elena riu – Katherine, você poderia se vestir, eu e o Stefan queremos bater um papo com o Damon.

Katherine fez beicinho, veio até mim e passou sua mão por meu rosto, isso sim fez Elena fechar o cenho, seu olhar ficou sério e cheio de raiva.

- Olá Stefan! – Katherine ainda mantinha sua mão em meu rosto.

- Vá se trocar Katherine. – eu disse e sorri.

- Lindo como sempre, você é tão sexy Stefan! – ela deslizou sua mão de meu rosto para meu pescoço, de meu pescoço até meu peito, e de meu peito até meu ombro e saiu de perto de nós, Elena mantinha o mesmo cenho fechado.

- Sobre o que vamos conversar? – Damon sorriu torto.

- Sobre o Klaus. – Damon franziu o cenho, seu rosto se tornando uma máscara de fúria.

- Quem lhe falou sobre isso? – Damon indagou agarrando os ombros de Elena.

- Você já sabia? – ela indagou de volta, ignorando a pergunta dele.

Aquilo fez meu sangue ferver, senti o ódio dentro de mim borbulhando como fogo, eu estava prestes a explodir, minhas mãos já fechadas em punhos.

- Eu não acredito! – eu indaguei e passei as mãos pelo rosto.

- Damon, como pôde fazer isso com a Caroline? – Elena indagou – Eu tenho nojo de você! – eu havia ouvido mesmo isso? Olhei para ela, seu rosto contorcido de tristeza, e Damon a olhando como que pedindo desculpas, ela se virou para mim, saindo com fúria de perto de Damon.

- Você estava certo Stefan! – ela me encarou nos olhos.