Fanfic: Final Stelena | Tema: The Vampire Diaries

Sabe quando se sente que finalmente se fez uma coisa certa, depois de muito tempo, depois de erros sobre erros, derrotas sobre derrotas, você simplesmente encontra um jeito de acertar... Era assim que eu me sentia agora. Eu não estava nem de longe feliz, não estava nem de longe satisfeita, mas pela primeira vez em muito tempo eu estava orgulhosa de mim mesma, porque eu sabia que havia feito a coisa certa.

A despedida de Damon não foi nada fácil, eu não queria tê-lo machucado, mas já era tarde demais para pensar nisso, não havia como terminar de outra forma, porque tudo que começa fazendo com que alguém sofra, termina fazendo com que alguém sofra ainda mais, e quebre seu coração, meu coração estava quebrado, o de Stefan também e o de Damon neste momento também estava, eu havia empatado o jogo, ninguém venceu, porque na guerra, no fundo, todos perdem alguma coisa!

E eu agora voltava da casa dos Salvatores, meu carro cheio de malas, um tchau estranho para Katherine, e uma mensagem ainda mais estranha para Jeremy...

“Jeremy... Estou voltando para casa... Espero que não tenha problema... Conversamos depois. Amo você! Elena.”

E eu não carregava nenhum sorriso no rosto, eu não carregava nenhuma felicidade em meu coração, só carregava o peso da culpa nas costas, e a única ideia de curar as feridas que havia feito em quem amo, se daria certo, eu não sabia dizer, nunca se sabe o quanto se feriu alguém, nunca se sabe se você pode concertar isso, mas tentar é a única saída.

Eu dirigia o meu carro, os olhos nas ruas, os humanos passeando pela calçada, rindo, quase me faziam rir também, quase poderia me contagiar...

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Parei o carro de repente, minhas mãos tremiam no volante, Tyler estava bem em frente ao meu carro, as mãos segurando no capô do carro, o sorriso mais estranho do mundo no rosto, as pessoas que passeavam pela calçada agora se aproximavam dele, para perguntar se estava tudo bem, e ele sorria, como se nada houvesse acontecido... Ele havia entrado na frente do meu carro!

Saí do carro apressadamente, agora com raiva, bati a porta do carro com força demais e fui até Tyler, há quanto tempo eu não o via? E esta era forma com que nos reencontraríamos?

- Ficou maluco?! – eu indaguei. As pessoas já se dispersavam, dando apenas leves olhadas rápidas em nossa conversa – Porque fez isso?

- Porque fiz o quê, Elena? – ele perguntou como se não entendesse.

- Você entrou na frente do meu carro, queria que eu atropelasse você? Havia pessoas aqui, elas iriam ficar assustadas! – eu reclamei.

- Eu não entrei na frente do seu carro, Elena... – ele sorriu de maneira peculiar – Fui atravessar a rua, não prestei atenção. – ele sorriu mais uma vez, de forma estranha e ao mesmo tempo familiar.

- Não Tyler... Eu sei o que eu vi, você fez de propósito! – eu insisti, eu sabia do que falava.

- Porque eu faria isso? – ele riu.

- Não sei... Para chamar minha atenção?! – eu arrisquei.

Ele inclinou a cabeça quase até tocar seu ombro e sorriu novamente para mim, e aquilo foi tão assustador, como se ele tivesse enfiado uma estaca em meu peito, eu sabia que já havia visto aquele movimento familiar, mas não na pessoa que o fazia agora, quem?

- Lhe prometo que não foi isso querida. – ele olhou com ternura para mim, e a mentira saltava ao seu olhar. Querida?!

- Eu vou embora! – eu comecei a me afastar, assustada demais para continuar ali, mas ele segurou meu braço, me fazendo voltar a olhar para ele.

- Fiquei sabendo que você está meio confusa sobre seus sentimentos novamente... Caroline comentou. – ele sorriu.

- O que você tem com isso?! – eu indaguei antipática.

- Na verdade, só queria lhe dizer que... O Stefan é o homem certo para você, o Damon... O Damon não a merece querida, você e o Stefan, tem um amor verdadeiro! – ele novamente sorriu de maneira familiar e seu olhar, seu olhar... Tyler não diria aquilo...

- Obrigada... – eu disse em pânico – Agora eu tenho que ir. – Puxei meu braço de sua mão e entrei no carro, ele saiu da frente de meu carro com um sorriso amigável e eu acelerei o carro, quase até engasga-lo e sumi dali. Minha respiração era irregular, e eu podia sentir o sangue gelado em minhas veias, minhas mãos tremulas agarravam o volante com força demais, era incrível como aquilo havia sido estranho, porque ele me lembrava tanto alguém, que eu não conseguia entender quem era? É o Tyler, Elena! Eu disse a mim mesma, mas se era, então porque tudo no mundo agora poderia fazer sentido, menos isso?!

Eu sabia que precisava tirar isso de minha mente, sabia que era loucura, precisava ir para casa, tomar um banho frio e esfriar a cabeça.

Foi o que fiz, segui em frente até chegar à minha casa, à minha familiar casa, Jeremy já me esperava frente à porta quando meu celular começou a tocar, fiz sinal para que ele esperasse, peguei o celular de meu bolso, e assim que vi o nome da pessoa que me ligava, foi como se um terremoto caísse sobre minha cabeça. “Foi o Tyler quem apresentou a garota ao Jeremy, não sei de onde a conhecia, no começo não vi nada estranho, mas a garota é um tanto enigmática demais, e seu irmão está apaixonado demais, e, além disso, o Tyler está estranho demais!”... “Não sei explicar Elena. Mas é como se ele não fosse ele, entende? Eu o amo, mas é como se eu amasse uma pessoa diferente, desde que ele voltou, ele não é mais o mesmo, usa um tom de voz sempre doce e de repente explode como se alguma coisa o irritasse demais, ele faz desenhos para mim, e o Tyler nunca desenhou, Elena, e ele é gentil de uma maneira estranha, que eu reconheço, mas é como se não fosse a gentileza certa para a pessoa certa... Sei que parece loucura!”... Eu não podia acreditar no que me passava pela cabeça...

Atendi ao celular, já com uma preocupação me corroendo por dentro.

- Alô. – eu disse tentando parecer normal.

- Oi Elena. – Caroline me cumprimentou alegremente.

- Está tudo bem Caroline? – eu perguntei, não podendo controlar os pensamentos malucos em minha cabeça.

- Está.  Na verdade eu estou ligando para saber como você está. – a resposta dela foi completamente estranha para mim.

- Eu estou bem. – é claro que não era verdade – Terminei com o Damon esta tarde, estou aliviada, para ser sincera. Mas não posso falar agora, eu... Preciso conversar com o Jeremy, vem aqui em casa amanhã? – Eu pedi, e foi apenas uma forma de poder desligar aquele telefonema, porque neste momento eu já tinha certeza de uma coisa.

- Claro Elena, até amanhã então, amanhã à noite, pode ser? – ela perguntou.

- Sim. Tchau Caroline, se cuida. – eu pedi apressadamente, porque precisava fazer algo, rápido, precisava tomar uma atitude, antes que algo de ruim pudesse acontecer.

- Tchau Elena. – Caroline desligou, e eu fiquei com o maldito celular em minhas mãos, enquanto o meu único pensamento era: Ele é o Klaus!

Não disse nada a Jeremy, dei na partida novamente e saí cantando pneus com o carro... Eu não tinha o direito de procura-lo, eu não tinha o direito de fazer isso, mas ele era a única pessoa em quem eu confiava, era a única pessoa para quem eu segredaria minhas suspeitas. Eu corria a 130 Km/h na estrada vazia, minhas mãos no volante tremiam por dois motivos: Encontrar Stefan, e contar a ele o que eu temia. Eu não pensava na reação de Stefan, se pensasse eu talvez voltasse atrás e era a ultima coisa que eu podia fazer, eu não tinha o direito de me acovardar novamente.

Cheguei rapidamente à frente do prédio antigo onde Stefan estava morando, não hesitei, saí do carro fechando-o atrás de mim, novamente subi como um raio até o apartamento dele, para não ter de me anunciar, quando percebi os números de seu quarto inundavam meus olhos. Toquei a campainha, sem pensar no que fazia. Mas ninguém abriu a porta, porque Stefan já estava atrás de mim, chegando junto comigo, senti sua presença antes de olhar para ele, virei-me devagar para olhar seu rosto, vi confusão naqueles profundos olhos verdes, estava sério e compenetrado.

- Stefan... Eu... Eu sei quão estranho é eu estar aqui... Mas... Eu não tenho mais ninguém com quem possa contar... – lágrimas vieram aos meus olhos – Eu preciso de você... Preciso que me ajude, por que... Não sei o que fazer com o que descobri... Não posso contar com o Damon, não posso fazer isso, não posso falar para Caroline, ou para Bonnie... – eu lambi os lábios nervosa – Foi sempre a você que recorri quando não sabia o que fazer, e... Por mais que eu saiba que você não quer me ver de forma alguma... Eu tive que arriscar! – eu tagarelei, e os olhos dele se encheram de preocupação junto à confusão.

- O que houve Elena? – ele perguntou visivelmente preocupado – Alguém tentou machucar vo...

- Não! – eu o interrompi – Não tem nada a ver comigo... Tem a ver com todos nós! – eu respondi.

- O que pode ser tão importante para você só poder vir a mim?! – ele indagou sem entender.

- Eu acho que o Tyler é o Klaus!