Fanfics Brasil - 2 Marcado

Fanfic: Marcado | Tema: House of Night


Capítulo: 2

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2


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


EU NÃO SABIA SE AQUILO ERA VERDADE OU MENITRA. MAS EU, COM CERTEZA DEVERIA ESTAR SONHANDO. DE ONDE QUE, EM VIDA REAL, EU poderia ter batido em Billy e ter saido pior do que ele? Nunca, não é?


     Fome. Foi só o que senti. Nada mais do que isso.


     "Ele vai acordar?", ouvi os murmúrios de meu irmão ao meu lado direito.


     "Vai sim... deve acordar a qualquer momento. Não se preocupe!", disse a enfermeira da escola, a sra. Flowers. Uma senhora um tanto gorducha, baxinha e seus cabelos ruivos lhe caiam bem ao seu tom de pele branca.


     Mas o que James estava fazendo em meu sonho? E o que a sra. Flowers estava fazendo nele também? E como eu vim parar em uma...


     Minhas palpebras abriram e avistei a figura embassada de meu irmão me fitando.


     Eu estava sem óculos. Fato.


     ― Meus óculos... ― palpitei a cama a procura deles.


     O silhueta de meu irmão pôs os óculos gentilmente em meu rosto, onde pude ver que era realmete ele.


     Tentei me sentar...


     ― Autch! ― passei a mão em minhas costelas do lado esquerdo e senti ataduras nelas ao invés de sentir o pano de minha camisa.


     ― Shhh... deita. ― disse James.


     ― Mas eu...


     ― Deita! ― ordenou ele me olhando sério.


     Obedeci. Não queria brigar com ele nesse momento.


     ― Bom... vou deixar vocês dois conversarem. Qualquer coisa é só me chamarem. Vou estar na sala do diretor. ― disse a sra. Flowers educadamente e saiu da enfermaria.


     Percorri os olhos em volta a sala e avistei mais um corpo deitado a cama em minha frente. Era o único ali além de mim.


     ― Autch... como isso dói! ― reclamei comigo mesmo tentando achar uma posição melhor do que deitado. ― O que aconteceu? ― perguntei a meu irmão.


     Ele parecia não acreditar que eu tinha feito essa pergunta, pois ele arregalou os olhos para mim e me fitou.


     ― É sério que não se lembra?


     ― Não. Estava curtindo com a tua cara! ― gargalhei com uns gemidos acrescentados.


     ― Moleque! ― ele me deu um cascudo na cabeça de leve. O que doeu bastante quando ele fizera aquilo.


     Agora eu podia reparar mais no corpo que estava deitado ali. Ele estava deitado de barriga para cima.


     Meu irmão não reparou nele, eu apostava. O cara deitado se levantou ― lenta e graciosamente ―, da cama, caminhou em minha e na direção de meu irmão, parou bem diante da minha cama.


     Arregalei os olhos para ele e meu irmão se virou para vê-lo.


     Aquele homem ― que agora eu podia reparar em sua testa que estava a sua Marca, a lua crescente azul-safira em sua testa e a tatuagem adicional de um nó entrelaçado que lhe emoldurava os olhos igualmente azuis. Ele era um vampiro, e pior... ele era um Rastreador ― ele parou de andar e ficou parado em nossa direção.


     Antes que meu irmão pudesse falar ou fazer alguma coisa, ele ― o vampiro Rastreador ― falou com uma voz sedutora e perigosa.


     ― James Stark McUlley! Fostes escolhido pela Noite; tua morte será teu nascimento. A Noite te chama; preste atenção para escutar Sua doce voz. Teu destino aguarda por ti na Morada da Noite!


     Ele ergueu um dedo longo e branco e apontou para meu irmão. O que fez meu irmão levar a mão a testa e cair no chão, gemendo de dor.


 


 


     Meu irmão não se levantava de forma alguma. Então me coloquei de pé ― com muito esforço ―, caminhei lentamente até meu irmão, me agaixei e deparei-me com o mesmo agaixado de joelhos ao chão.


     ― James... James? ― chamei ele. Tentei levantar a cabeça dele para poder ver seu rosto, mas ele tirou minha mão dele com força e voltou a esconder o rosto ao chão. ― James... deixa eu ver... ― assim que falei, meu irmão se colocara de pé.


     James parecia que virara um tomate. O mesmo estava muito vermelho e com a veia de sua testa pulsando.


     ― Ele me Marcou. Ele era um Rastreador... ele me Marcou...! ― meu irmão parecia fora de si. O mesmo ficou andando de uma lado para o outro.


     ― JAMES? ― berrei para ele me olhar.


     Deu certo, mas ele me olhou com um olhar que me espancaria se eu desse mais um grito desses.


     ― DA. PARA. PARAR. DE. GRITAR? O quê foi? ― perguntou ele entre-dentes totalmente vermelho e furioso.


     ― Desculpa... deixa eu ver? ― pedi.


     ― Tá... ― ele levantou o cabelo que cobria quase seus olhos da testa e me olhou.


     Avistei aquela lua crescente azul-safira idêntica ao do Rastreador ― só que sem aquela tatuagem adicional ― em sua testa.


     Não sabia o que fazer. Correr? Gritar? Fazer escândalo? De forma alguma. Se eu tentasse alguma dessas coisas, James me bateria mesmo eu estando em más condições. Mas não importava, ele ainda era meu irmão. De um jeito ou de outro, ele ia conseguir sair dessa. Sei que iria. Se precisasse de minha ajuda, eu ajudaria.


     ― Você tem a Marca, James! ― eu disse a primeira coisa idiota que veio em minha mente. ― Você tem a lua crescete na testa... dê uma olhada! ― indiquei um espelho, que estava na pequena mesa que tinha ao lado da cama onde eu estava, a ele para ele pode ser olhar.


     Meu irmão se levantou, pegou o espelho e analisou a testa. Ele respiro fundo, parecia aliviado.


     ― Pelo menos não é tão pavorosa quanto dizem! ― ele riu.


     Revirei os olhos. Tanta raiva para nada? Mas que...


     ― Posso até cobrir com meu cabelo... ― ele jogou o cabelo para frente.


     Revirei os olhos mais uma vez. Abri a boca para argumentar, mas a sra. Flowers entrou na enfermaria.


     ― Mas porquê esse menino está fora da cama? ― perguntou ela furiosa. Pelo canto de olho, avistei meu irmão tampando a Marca com o cabelo.


     Ele pegou meu braço e me ajudou a levantar.


     ― Desculpe, sra. Flowers... meu irmão queria dar uma volta e acabou caindo... mas eu fui ajudá-lo. Perdoe-nos? ― pediu ele numa voz convincente.


     ― Sim, tudo bem! Agora ponha-o na cama. Vou falar com o diretor para ver se pode liberá-los. ― disse ela e saiu da enfermaria.


     De fato, meu irmão me colocou de volta na cama.


     ― Sua Marca...


     ― Não conte a ninguém, entendeu? ― ele me puxou pela gola da camisa, aproximou o rosto de mim e apontou o dedo indicador para minha cara. ― Se contar a alguém, eu te quebro na porrada. Mesmo você estando assim. ― ele me puxou mais para perto com tanta força, que minhas costelas reclamaram de dor. ― Entendeu? ― terminou ele em tom de ameaça.


     Ele realmente estava bravo.


     ― Tá. ― foi o que eu disse.


     Da expressão raivosa, meu irmão conseguiu por seu rosto tranquilo em segundos.


     A sra. Flowers chegou na enfermaria e nos disse que o diretor tinha nos autorisado à irmos para casa.


     ― Antes, tome isso... ― disse a sra. Flowers me dando um comprimido branco e um amarelo ― que eu deduzi ser para dor nas costelas se caso eu venha sentir mais dores. ― Para o caso de você sentir dor. ― disse ela. ― Você já foi medicado, não deve sentir mais dor nenhuma daqui a uns dois dias. Até outro dia! ― ela dera uma piscadela para mim e sorriu. Ela, também, fez o mesmo para meu irmão.


     Eu acertara no palpite dos remédios. Um ponto para mim.


     Meu irmão pôs meu braço em torno do seu pescoço e me ajudou a saírmos da grande McKinney High School.


 


     Assim que saímos da escola, James reclamou dizendo que o sol estava queimando-o e que não conseguia enxergar direito. Que o sol, também, estava incomodando a sua vista.


     Assim que meu irmão e eu ― após muito tempo de caminhada até a nossa casa ― chegamos a porta de casa. Encarei-o.


     ― Quem vai ser o primeiro a entrar? ― perguntei ainda encarando-o.


     ― Eu estou te ajudando a entrar, acho que os dois. ― ele sorriu para mim se aproximando da porta, abriu a mesma e entrou em casa comigo. ― E agora? ― perguntou ele baixinho para mim.


     Olhei para ele.


     ― Corre! ― eu disse e ri.


     ― Até que não é uma má idéia. ― ele riu comigo, mas paramos logo em seguida.


     ― Chame a mamãe de uma vez. Mas me coloca no sofá primeiro.


     ― O.K. ― ele foi andando comigo até o sofá e me deixou sentado no mesmo. ― Antes... espere um pouco... ― ele foi até a cozinha sem fazer barulho, nem, sequer, um ruído e voltou com um pano molhado. O mesmo limpou o rosto com o pano as linhas escarlates de sangue que havia em seu rosto. Assim que limpou, ele pareceu não saber onde deixar o pano, então, em um movimento rápido, jogou o pano pela janela da sala que estava aberta. ― Pronto. Simples, prático e fácil... ― ele riu. ― Chame você, porque quem é mais próximo dela é você!


     ― Mas você é do papai! ― contra-ataquei ele. Realmente, ele era mais próximo de nosso pai ― na verdade, ambos eramos. Mas ele era o primogênito, o mais achegado.


     ― É, mas a essa hora, papai já deve estar no trabalho e mamãe deve estar lá em cima arrumando as coisas. ― ele ficou me olhando.


     ― Tá bom... você venceu! ― balancei a cabeça em negativa ― Mãe... vem aqui embaixo? ― gritei para a mesma.


     Comecei a ouvir passos de sapato descer as escadas e ficando cada vez mais perto. Meu irmão ficou de pé ao meu lado e encarando a escada.


     ― Sim, meu querido... ― a voz dela falhou.


     Minha mãe apareceu em meu campo de visão e não olhei para ela, abaixei a cabeça. Senti que ela me fuzilava ― provavelmente por eu estar todo ferrado.


     Eu não sabia mentir direito para ele ― também não conseguia para meu pai e meu irmão. Não conseguia com nignuém.


     ― Ahn... James te explica! ― apelei para meu irmão e não olhei para ele.


     Vi ― por rabo de olho ― minha mãe tirar os olhos de mim e por em James.


     ― Então, sr. James... me explique!  ― minha mãe cruzou os braços e fuzilou ele com os olhos extremamente preocupada e furiosa.


     Meu irmão me olhou com os olhos arregalados de incredulidade, depois olhou para minha mãe e disse:


     ― É... é... coisas do Fred, mãezinha. Ele queria fazer uma coisa especial na escola. Então ele fez um teste para o time de football da escola. Eu disse que era uma má ideia, mas sabe como seu filho é cabeça dura. E ele fez. Acabou que se deu mal. ― ele sorriu. Tentando disfarçar a verdade, eu acho.


     Engoli seco. Cabeça dura? Eu? De onde ele tirou isso? Eu não sou tão cabeça dura assim...


     ― É-é, mãe... foi só isso! ― eu disse a ela sorrindo.


     Ela nos olhou totalmente desconfiada


     ― Bom, sr.James... espera mesmo que eu acredite que seu irmão queria entrar para o time de escola? Todos nós sabemos que ele não se dá bem com esportes.


     ― Sim, mãe.... foi isso mesmo que aconteceu. Só que ele se deu mal e não entrou. ― ele ficou olhando para ela como se não tivesse acontecido nada comigo. Como se não estivesse mentindo para ela.


     Engoli seco de novo.


     Minha mãe continuou a nos olhar desconfiada. Olhou para mim e depois para James.


     ― O.K., vou fingir que eu acredito nessa conversa de vocês dois. Mas quando seu pai chegar, ele vai querer saber e espero que convenção ele com essa "história" de vocês. ― ele fez aspas quando disse história.


     Balancei a cabeça em afirmativo. 


     Assim que ela subiu as escadas de novo, olhei para meu irmão e disse:


     ― Estamos fritos!


     Ele olhou para mim se jogou no sofá ao meu lado. Ele estava suando. Esquisito.


     ― Sim, estamos. O pior de tudo é que eu não contei que fui suspenso e nem pretendo contar. ― ele passou a mão na testa tirando o suor.


     Eu havia me esquecido daquele pequeno detalhe de suspenção.


     ― Mas você tem que contar...


     ― Não, eu não tenho que contar. Se o diretor não ligar para casa, ficará por isso mesmo. Eu faço como de costume: digo que vou para escola, mas fico por aí, na rua. Ou posso ir para escola e ficar no banheiro até terminar a aula, mas eu não posso contar, senão, terei que inventar mais uma mentira. ― ele me interrompeu e fechou os olhos. Tirou a jaqueta de couro-preto e tirou a blusa, mostrando o tanquilho ― que ele gostava de ficar mostrando isso para os outros, principalmente meninas ― que ele tinha e fechou os olhos. Ridículo e exibido.


     Revirei os olhos.


     ― Oh, Fabio.... cubra essas coisas! ― tampei os olhos com a mão e ele fez questão de me ignorar. ― E o treino de football? ― perguntei.


     ― Com o treinador eu dou um jeito. Digo que estou gripado. Não acho que isso vá funcionar, porque o diretor vai contar. Com certeza.


     ― Te meti numa roubada, não é? ― franzi a testa. ― Desculpa!


     ― Sem problemas. Isso só me deixa com mais raiva daquele garoto, mas eu sou veterano em mentiras. ― disse ele rindo.


     ― Nem me lembre de Billy... ― ele franzia a testa, mesmo de olhos fechados. ― Você está bem?


     ― Não.... esse sol está me matando. Dói minha vista. ― disse ele fazendo sombra, com a mão, nos olhos. ― Bom, da próxima vez que eu encontrar com ele na escola, eu acabo com ele.


     ― Não, James... ele só vai piorar a situação.


     ― Não vai, não... quando eu acabar com ele, ele vai pensar duas vezes antes de se meter com você.


     Balancei a cabeça em negativa.


     James era meio vingativo. Não gostava de deixar barato para os outros. Quando ele falava "chega" para alguma coisa ― seja ela uma brincadeira ou briga ― , tinha que acabar, caso contrário... ele faria com que acabasse.


     ― Não... você não precisa se meter com Billy de novo! ― eu disse fuzilando-o com os olhos e dei o dedo do meio para ele ― já que ele não podia me ver, pois estava de olhos fechados.


     ― Bom, eu não... mas se ele aparecer, não poderei fazer nada.


     ― Exatamente isso que você falou... não vai fazer nada! ― eu disse já furioso. ― Billy já teve o que merecia, agora chega!


     ― O.K., então! ― disse ele e eu entendi como deboche.


     ― James... para com isso! ― fiz uma cara tristonha.


     ― Já disse que o assunto morreu, Frederico! ― ele abriu os olhos, virou a cabeça para me ver e me fuzilou com os olhos. Logo depois ele fechou os olhos novamente.


     ― Tá... mas me ajuda? ― pedi.


     ― Ajudar em quê? ― ele arqueou uma sobrancelha, abriu os olhos e me olhou. Seus olhos começaram a ficarem avermelhados.


     ― Não posso ficar nesse sofá o tempo todo! ― disse a ele, ignorando o fato de seus olhos começarem a ficarem vermelhos, mas ouvi a porta da frente se abrir, olhei para ver quem era e vi que era meu pai. Olhei para James e sussurrei baixinho: ― Estamos ferrados!


     ― Sim, agora estamos. Deixa eu pensar em uma mentira mais elaborada. ― disse ele mais calmo do que antes e fechou os olhos.


     ― Diga o que aconteceu de uma vez... para mim, chega de mentiras! ― exclamei baixinho.


     Ele continuou com os olhos fechados.


     ― Bom, mentimos antes para mamãe. Agora ficará pior contar a verdade e me deixe pensar um pouco...


     ― Pensa: em mim eles não podem encostar um dedo. Já você... ― não terminei a frase e ri debochadamente.


     ― Bom, eu ainda posso correr, você não. ― ele abriu os olhos, me olhou e sorriu.


     ― Acha que eles tentariam algo contra mim? Sou mais novo, lembra? Sou paparicado! ― ri para ele.


     ― Isso é verdade, acho melhor agente subir de fininho ― ele me pegou no colo e fomos andando com calma até as escadas, ele começou a subir as escadas lentamente...


     ― Filhos! Venham até aqui! Querida, está em casa? ― olhei por trás do ombro de meu irmão e avistei meu pai ― tirando o paletó e desamarrando a gravata ― na sala com um olhar de curioso com relação a mim e a James.


     Olhei para James.


     ― Ferrou! ― eu disse baixinho em seu ouvido.


     ― Fique quieto e sorria. ― ele falou baixinho, andou, comigo em seus braços, até o sofá, me colocando no mesmo, onde me sentei desagradavelmente ― o que me provocou pequenas dores nas costas. James ficou de pé. ― Oi, papai, chegou mais cedo hoje... que bom! ― ele sorria para o nosso pai e depois voltou a me olhar.


     Fiz o que meu irmão mandou. Calei minha boca e sorri para o meu pai.


     ― Oi, pai! ― preferi não falar muito para não atropelar minhas palavras com a verdade.


     ― Como foi no trabalho, pai? ― James perguntou. O mesmo já não estava mais sorrindo.


     Meu pai sorriu para a gente, se aproximou de James e o beijou na testa. Torci para que meu pai não tivesse visto a Marca de James, mas graças a Deus ele não viu.


     Meu pai se aproximou de mim e logo parou me olhando preocupado.


     ― Foi ótimo... mas porquê seu irmão está com o rosto meio aroxeado...? ― ele se aproximou mais de mim para me ver melhor. Me analisou todo. ― O que aconteceu? Você não tomou conta de seu irmãozinho, James? ― meu pai olhou para James com um olhar de fúria ― prezumi que foi assim, pois James engoliu seco e começou a suar novamente. Meu pai voltou a me olhar preocupado. ― Estou esperando uma resposta, James!


     Revirei os olhos para o meu pai.


     ― Pai... eu já tenho 15 anos. Não sou uma criança! ― revirei os olhos novamente e bufei, tentando mudar de assunto.


     Ele sorriu.


     ― Para mim, ainda é. Agora me digam... o que aconteceu? ― meu pai beijou minha testa com cuidado. Ele ficou a nos olhar. ― Oi, querida! ― ele me esqueceu por um momento e foi falar com minha mãe.


     James andou, rapidamente, em minha direção e se sentou ao meu lado.


     ― Ufa! Essa foi por perto! ― disse ele olhando para a testa e depois para mim e riu.


     ― Verdade! ― foi só o que eu disse.


     Meu pai voltou para onde estava antes, só que de mãos dadas a minha mãe e de pé nos encarando.


     ― É... Frederico se machucou no teste para entrar para o time de football. ―  meu irmão olhou para o nosso pai e começou a rir.


     Não olhei para meu pai


     ― Já falei para você me chamar só de Fred. Odeio quando me chama pelo meu nome todo...


     ― Seu irmão o que? ― meu pai me interrompeu. ― Mas isso é maravilho! E como você está, Fred? Conseguiu entrar para o time? ― perguntou ele todo animado. O filho menor dele, jogador do time da escola? Isso seria bom para ele, não? Mesmo ele sabendo que eu não tinha paixão e nenhuma afinidade para esportes, ele ficaria orgulhoso, assim seriam dois filhos no time e não um só. E, olha que James já era o melhor do time. Não era a toa que ele era o capitão do time.


     Foi estranho ouvir o entusiasmo de meu pai. Pelo canto de olho vi minha mãe lhe lançar um olhar furioso e de desaporvação.


     ― Pelo jeito que estou, não, não é, pai? ― ri e ele riu para mim.


     Meu pai tentou me dar um abraço, mas reclamei de dor quando ele me puxou ― com força ― para perto dele para me abraçar de verdade; minha mãe parecia não relaxar com a sentença do meu pai; James parou de suar e relaxou o corpo. Tínnhamos passado mais nessa. Agora faltava a fase dois...


     ― Bom, pai, ele não conseguiu ainda mas acho que o treinador irá dar mais uma chance para ele. ― James sorriu para mim.


     Arregalei os olhos para o mesmo. Eu não acreditei que ele tinha dito aquilo. Traidor filho duma...


     ― É verdade isso? ― meu pai olhou para mim e arregalou os olhos de surpresa.


     Tente não contar a verdade... tente não contar a verdade!, falei para mim mesmo.


     ― É-é... ― vi os olhos do meu pai desconfiar e ele mudar de expressão.


     Ele olhou para minha mãe.


     ― O que acha, querida? ― perguntou ele para minha mãe.


     Olhei para minha mãe na esperança de que ela berrasse ou falasse que isso era uma tremenda idiotice...


     ― Acho uma boa ideia. ― disse ela com um sorriso no rosto. ― Nosso bebê entrando para o time de football... vai ser maravilhoso! ― ela deu um sorriso branco radiante para o meu pai e ficou ao lado dele afagando seu ombro.


     Arregalhei os olhos para minha mãe. Ela ainda pouco dissera que eu estava mentindo.


     ― Mesmo? ― perguntei não acreditando.


     ― Sim, meu bebê! ― ela saiu de perto do meu pai, se aproximou de mim e beijou minha testa delicadamente. ― Teremos dois filhos no time, agora! ― ela voltou para perto do meu pai e afagou a mão dele.


     ― Acho impossível! ― falei. ― Só tentei por tentar.


     James ficou rindo, silenciosa e debochadamente de mim. Aquilo me deu um ódio que, se eu tivesse condições de andar direito, partiria para cima dele e tentaria fazer o que Billy fez em mim, nele.


     Traidor desgraçado!


     Ele ficou olhando para minha mãe e meu pai, sorrindo.


     ― Calma, gente... ainda não temos certeza disso.  ― disse ele rindo.


     ― Graças a Deus eu já sei o resultado. ― vi meus pais fixarem os olhares em mim. ― Que não passei e nunca vou tentar isso de novo! ― eu disse por fim.


     Minha barriga roncou muito alto, de fome. Olhei para os três e todos riram da minha cara, quando os olhei completamente envergonhado.


 



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Autor(a): GleekLikeYou

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