Fanfic: Droga! O meu irmão não... | Tema: Romance, comédia, incesto

20/02, terça 13:45 - Casa

Boa noite, meu querido Diário! Só estou dando uma passadinha rápida aqui para dizer que estou confusa... Muito confusa, na verdade. Será que vale a pena iludir Ângelo dessa forma? Sinceramente, eu acho que não. Amo muito o Lipe e você, meu fiel espectador (Diário), sabe muito bem disso. E quero muito fazer ciúmes no Lipe, mas vi que não vale a pena magoar o irmão da Fanny. Ontem, quando cheguei da Sorveteria, tentei com todas as minhas forças desistir de enganá-lo, mas não consigo... Não sei porque... A minha vontade de fazer ciúmes no Lipe deve ser maior do que eu pensava, porque aceitei sair com ele de novo hoje;

Na sorveteria foi um máximo! Ângelo parou o carro na frente da minha casa e buzinou pra me chamar. Ele nem tentou bater na porta, com receio de arrumar confusão com o Lipe. Mas não adiantou em nada, pois Felipe tinha saído com uns amigos (quais amigos, não sei). Hoho, claro que me arrumei pra ir na sorveteria do próximo quarteirão. Liguei umas duas horas antes para Patrick me ajudar com a roupa, ele me recomendou uma coisa bem leve, bem "Light", para dar a impressão que já sou linda, cheirosa e maquiada ao natural (até parece!). Quando estávamos virando a esquina da minha rua, tive a impressão de ter visto Lipe, mas acho que foi um erro meu. Enquanto via Ângelo dirigindo, fiquei pensando na rosa que ele me deu. Antes de ontem, quando a ganhei, coloquei-a num vaso com água no meu quarto. Chegando na sorveteria que é a la restart, toda colorida, sentamos na mesa mais escondida. Ele pediu duas casquinhas, uma chocolate para ele e uma de flocos pra mim. Gelei (desculpa o trocadilho)! Não consigo comer sorvete de casquinha. Não de não conseguir engolir o tal sorvete, mas por não conseguir comer sem me melecar toda! Tive que ficar me policiando quase o tempo todo (para não me sujar e parecer uma criança na frente dele), não dando muita atenção para o que Ângelo estava dizendo. E ele percebeu.

– Você está legal? - Me perguntou ele, parecendo preocupado - Se não queria vir aqui comigo era só falar.

– N-não! Desculpe! Eu quero muito! Muito mesmo! - Disse eu, envergonhada por me exceder demais.

– Tudo bem... Está sujo aí - Disse ele, rindo de mim e apontando para o meu rosto.

– Onde? Aqui? - Respondi, passando a mão no rosto, não sentindo na mão nenhuma sujeira.

– Não. Deixa que eu limpo. - Disse Ângelo, passando o dedo onde estava sujo de sorvete, depois levando o dedo a boca, provando-o.

– Não precisa! - Disse eu nervosa.

– Não se preocupe, o de flocos também é uma delicia.

Queria muito abrir um buraco no chão pra enfiar a minha cara nele! E foi nesse momento que a culpa pesou. Ele é lindo, amável e gentil e estou eu aqui engando-o; Conversamos muito, sobre tudo, que nem percebemos a hora passar.

– O casal vai pedir mais alguma coisa? - Perguntou-nos a garçonete.

– N-não somos um casal. - Me apressei em dizer.

– Ainda não. - Disse Ângelo.

– Ainda não? - Perguntei a ele.

– Sim, ainda não. - Confirmou.

– Hran hran - Fez a garçonete, querendo sair logo dali.

– Você quer mais? - Perguntou Ângelo, para mim.

– Não, na verdade eu já deveria estar em casa.

– Pode trazer a conta. - Disse ele à garçonete. - Nem pense nisso.

– Han? - Perguntei, enquanto pegava a minha carteira.

– Eu pago.

– Ah, que isso? É só um sorvete. - Disse a ele.

– Por isso mesmo, é só um sorvete, então eu pago.

Terminou que ele pagou tudo sozinho mesmo. Ele parou com o carro em frente a minha casa para nos desperdimos dali. Ângelo veio novamente na minha direção para me dar um beijo. Não vou me iludir dessa vez, pensei. Surpresa a minha, quando ele beijou delicadamente o canto da minha boca. Droga! Esse beijo nunca vem! Não que eu queria receber um beijo dele... É só pra adiantar a nossa relação... Você sabe... Fazer ciúmes no Lipe. Quando cheguei em casa, vi Patrick sentado no sofá e duas vozes na cozinha. Fui até Patrick, perguntar o que estava acontecendo.

– Patrick? O que esta havendo?

– Olhe - Disse ele, apontando para a cozinha, me fazendo ver minha mãe e Seu Afonso na cozinha conversando.

– Oh...! Assim sem mais nem menos? - Perguntei.

– Que nada. Eu precisava falar contigo, mas o seu Cel estava caindo na caixa postal e também ninguém atendia o telefone daqui. Então avisei meu pai que eu estava vindo pra cá. E veio uma gentileza suspeita dele dizendo que estava perigoso essas ruas e que ele me dava carona. Quando chegamos aqui, sua mãe parecia estar chegando também.

– Ah... - Disse apenas.

– E o resto foi " Gostaria de uma xícara de café?", "Oh, não! Seria muito incômodo", "Imagina, pode entrar" , "Não, a senhora primeiro" - Disse Patrick, imitando o pai dele e a minha mãe, me fazendo rir.

– Vamos subir? MÃE, vou pro quarto com o Patrick - Disse eu, percebendo que ela estava mais arrumada.

– Pode ir filha.

Indo para o meu quarto, passando pelo corredor com o Patrick, vi Lipe me olhando com o cenho franzido. Patrick, como já está acostumado, ignorou. Mas eu continuei olhando firmemente nos olhos de Felipe. Ficamos nos encarando uns 30 segundos até Patrick interromper, me chamando. Já no quarto, Patrick sentou na minha cama de pernas cruzadas, sem esconder que queria muito me contar algo.

– Pode falar Patrick! Sei que, se não, você tem um ataque! - Falei, rindo dele.

– Ok! Acho que estou apaixonado!!!! - Disse ele, não escondendo a alegria.

– Não! Sério? Quem, quem? - Perguntei curiosa.

– É o Luciano que conheci na festa da Fanny.

– Aquele Luciano? Ele é muito Gato!! - Exclamei. - Agora me conta mais dele, vai!

– SIIIM!! Ele tem 21 anos, faz faculdade de arquitetura e atualmente está se mudando pra morar sozinho!

Tivemos que parar nossa conversa animada, porque alguém bateu na minha porta. Abri e tive a surpresa de ver minha mãe me dizendo que Fanny estava lá em baixo, na varanda, querendo falar comigo. Eu, não acreditando, fui logo ver se era verdade. E ERA! Ela estava bem arrumada (como sempre Hrg!) e com a carinha de nojo dela.

– Oi... - Comecei, cautelosa.

– Para com isso! - Exclamou ela!

– Parar com o que? - Perguntei.

– Isso! Você sabe do que estou falando!

– Não, eu não faço a mínima idéia! - Disse eu.

– Não se faça de boba garota! Eu sei muito bem que você gosta do Felipe mais do que amor de irmãos. Acho isso terrível e sinto nojo de você! Mas colocar o meu irmão nisso, pra fazer ciúmes, Você não vai! - Esbravejou ela.

– Olha Fanny...

– Olha você! Se eu ver você de novo junto com o Ângelo, pode apostar que vai comer o que o Diábo amassou! - Completou ela, virando as costas e indo embora.

Subi para o meu quarto correndo, chegando lá pra chorar nos braços de Patrick (você escapou dessa hein, diário). Depois de muito choro pude explicar-lhe o que aconteceu. Ele disse pra eu não dar bola pra Fanojenta. Mas como não dar bola? Sei que o que estou fazendo é feio e ainda vem alguém e joga isso na minha cara desse jeito. Caramba! E foi a Fanojenta! Até ela que é ruim, pode desejar algo de bom pra alguém. Patrick nem pôde me contar mais sobre ele e Luciano, pois fiquei chorando quase o tempo todo, mesmo ele dizendo para eu não fazer. Depois que Patrick e o pai foram embora, me trancafiei no quarto. Não sei o que deu nele, mas Lipe bateu na minha porta me entregando o jantar.

– Eu não te vi na mesa de jantar... Então resolvi te trazer ele. - Disse Felipe.

– Oh! Valeu... - Agradeci.

Comi em silêncio, com Lipe sentado ao meu lado na cama. Depois de ter comido tudo, fui no banheiro do corredor escovar os dentes. Quando estava voltando ao meu quarto, encontro Lipe parado na porta.

– Que foi? - Perguntei.

– Nada.

– Ok, então... - Como não era nada, passei por ele entrando no quarto, até que Lipe segurou no meu braço.

– Você é a minha irmã mais velha.... - Disse ele, chegando mais perto.

– Sim. - Falei, apenas.

– E eu te amo muito sabia? - Disse Felipe, depositando um beijo na minha testa, logo indo para o seu quarto, sem esperar resposta.

Dormi sem saber o que sentir. Feliz? Triste? Chorava? Sorria? Mas uma coisa eu estava certa, não podia continuar isso com Ângelo. Daqui a pouco ele vai chegar aqui e me levar ao museu e estou decidida a terminar (sendo que agente nem começou).