Fanfic: Droga! O meu irmão não... | Tema: Romance, comédia, incesto

20/02, terça 22:45 - Casa

 

Te falei que íamos num Museu hoje, certo? Então fomos, claro, no seu lindo carro negro. Mas não antes de uma pequena "ceninha". Te explico. Hoje Ângelo teve a coragem de bater na porta da minha casa. E não buzinar como sempre faz. Abri a porta, não muito animada, porque minha intenção era terminar com ele. Eu vestia um vestido bege e uma bolsinha marrom delicada para dar a impressão de "rústica" (e também aquele perfume de flores delicioso). Hoho, acho que estou andando demais com Patrick e vendo demais "Esquadrão da Moda". Mas no instante que vi Ângelo vestindo uma calça social escura simples, um lindo colete preto perolado com um paletó também negro, me senti uma mocréia. Caramba! É só um museu! Por que se vestir tão bem e fazer eu ter vontade de dar meia volta, subir para o meu quarto e tacar fogo em todas as minhas roupas? Mas bem, isso não é o caso.

– Vamos? - Me perguntou Ângelo, como sempre, sorrindo.

 

– Claro! Só vou pegar a minha bolsa- Respondi, indo pegar minha bolsa no sofá.

 

– Oh! Não tinha te visto aí... Já avisei a minha mãe que vou sair hoje, ok? tchau. - Disse eu, para Lipe, antes não percebendo sua presença me olhando da cozinha.

 

– Claro! Carol, espera! - Interrompeu ele, a minha saída.

 

– O que?

 

– S-sabe aquele filme que você queria muito ver, atividade paranormal 2? Já saiu no cinema... Então, comprei duas entradas pra gente ir. - Disse Felipe, meio acanhado.

 

– Pode ser. - Respondi apenas, tentando não parecer interessada.

 

– Sério?! Então tá! - Disse ele, mais animado.

 

– Ângelo adora filmes de terror, não é, Ângelo? - Disse, aos dois.

 

– Sim. - Me respondeu Ângelo, agora entrando um pouco dentro de casa e podendo ver Lipe, surpreso.

 

– Ah... - Disse Lipe, parecendo um pouco decepcionado.

 

– Agora, temos que ir, certo? - Perguntou Ângelo, sem esperar resposta, segurando na minha mão e me levando para o carro.

 

A ida para o Museu foi bem silenciosa. Sim, um silencio ruim. Mas quando chegamos, toda a tensão entre nós se resolveu, pois o lugar era magnífico. Lindo de morrer! Nunca pensei em dizer isso sobre um múseu, já que eu acho tudo isso muito chato. É um tipo de múseu mais voltado para a mitologia grega, sabe? Ângelo me disse que essa é a sua paixão. Mitologia grega.

 

– É o frio. - Disse ele, percebendo minha estranha atenção no membro da estátua de Apolo.

 

– O que?! - Perguntei, assustada, despertando de meus acondicionado.

 

– Está pequeno assim por causa do arcondicionado.

 

– Han? Ah! O pinto! - Exclamei, um pouco alto demais, logo percebendo e colocando a mão na boca.

 

– hahahaha - Apenas riu, Ângelo.

 

– Aí, que vergonha...

 

– Hey, não sinta. Venha cá. - Disse ele, me levando para uma outra estátua, só que a de uma mulher.

 

– Ah! Eu sei quem é ela! É a Deusa Atena... Não tem um lugar chamado assim? Estudei isso no ano passado.

 

– Aham, ela é uma das divindades que mais gosto. - Disse ele, olhando fixamente para a estátua.

 

– Por que? - Perguntei, curiosa.

 

– A começar por ela ter saído literalmente da cabeça de Zeus, um jeito estranho de nascer. E também por ser uma Deusa da sabedoria, da inteligência e da habilidade manual. Ela ensinou muitos homens a caçar e ainda lutou com outros grandes deuses e ganhou... Hahaha, estou te deixando entediada, não é? - Se interrompeu Ângelo, rindo.

 

– Oh, Não! Até que estou me interessando, você explica bem... Mas Ângelo... Tenho que falar com você.

 

– Obrigado. - Disse apenas, tentando esconder o sorriso.

 

– É que...

 

– Olha aquele quadro ali. - Disse ele, apontando para a pintura de uma mulher nua deitada, se olhando no espelho. - Aposto que você sabe com quem Afrodite se parece.

 

– Por favor que não seja a Fanny, please. - Desistindo, por um momento, de terminar com ele.

 

– Desculpa, mas é ela. - Disse ele, confuso. - Você não gosta muito dela, não é?

 

– Você acha? - Disse eu, irônica.

 

– HAHA, eu tenho certeza. Ela só é mimada. Mas se você conhecê-la bem, saberá que não é um bicho de sete cabeças como todos pensam.

 

– Eu acho que já escutei isso sobre ela, de outro alguém. Mas continuo não gostando dela. - Teimei.

 

– Tudo bem. - Disse Ângelo, rindo. - Agora eu quero te mostrar algo, pelo qual me trouxe aqui.

 

– Ela. - Disse ele pra mim, agora em frente a estátua de Hera.

 

– Ela? - Perguntei, não entendeu.

 

– É a Deusa do compromisso e também do amor.

 

– Olha Ângelo, isso é lindo e tudo mais... Mas... - Disse eu, um pouco baixinho, mas logo interrompida por um beijo repentino.

 

Não vou dizer que foi o melhor beijo que já ganhei, mas chegou bem perto. Depois de tocar os meus lábios, levou suas mãos ao meu rosto, segurando com carinho. Eu sabia muito bem que pessoas estavam olhando e cochichando a nossa volta, mas naquele momento, eu só queria prestar atenção no gostoso chupar de línguas. Não consegui mover nenhum músculo, além da boca, de tão surpresa que estava. O beijo foi acabando lentamente, até que só o que fazíamos era trocar olhares bem de pertinho.

 

– Te trouxe aqui nesse Museu, que tanto amo e nesse quadro em especial, a Deusa hera, para te pedir em namoro.

 

– Oh! Mas já? Assim tão rápido?! - Perguntei, surpresa.

 

– Um "não" pra mim, já bastava. - Disse ele, agora confuso.

 

– N-não é isso! É só que... Bom, fala sério, o que você vê em mim? - Perguntei, sincera.

 

– HAHA, sou eu que te pergunto. Como você não sabe? -Disse ele, rindo e parecendo aliviado. - É fácil conversar contigo. Você me faz rir e algumas vezes até, também, ficar encabulado como agora. Eu gostei de você.

 

– Sobre estar encabulado, acho que somos dois. - Respondi apenas, sentindo minhas bochechas arderem.

 

Eu não presto! Eu definitivamente não presto!!! Droga! Droga e mais Droga! Eu sou louca? Acho que sim! Por que eu não consigo fazer isso? Aliás, eu não consigo tantas coisas... Mas voltando aqui, ele é muito perfeito. Eu não mereço! De jeito nenhum eu o mereço. Estou me metendo numa grande encrenca isso sim; Fui solteira, voltei comprometida. Legal, né? Nem tanto.

 

PS: Confesso que meu coração palpitou desde o beijo até a volta pra casa.