Fanfic: Droga! O meu irmão não... | Tema: Romance, comédia, incesto

26/02, Domingo, às 22:05 - Mansão Price

Diário, Diário, Meu Querido... Bah, quanta infantilidade. Eu realmente não entendo a necessidade de ter um caderninho idiota para guardar qualquer segredo. Isso é coisa para quem sofre de Alzheimer! Sabe, aquelas pessoas que tem uma geléia na cabeça ao invés de cérebro concreto? Então, essas pessoas precisam de um diário. Eu, particularmente, não gosto de diários. Não vejo a necessiodade de recordar o passado, pois se ele passa, então não merece atenção. E é lógico, que a idiota da Carol teria uma coisa dessas. Tá a cara dela. Tadinha, tão sem sal... Bom, já que é pra escrever em um diário, vamos fazer direito né? Ok, pela manhã, por volta das 8:00 o despertador tocou. Sim Carol, sua pobre coitada, eu tenho mais o que fazer em um dia de folga como Domingo. Mas focando na história, eu me levantei e fui ao toilet e me aprontei para o café. Ah, os gloriosos cafés em família. Sempre tão agradáveis... Vesti-me com uma blusinha babylook azul claro com estampas diversas, e um shortinho branco curto, básico. Coloquei os chinelinhos de dedo e sai do quarto, descendo as escadas, rápido. E tratei de me dirigir ao jardim, sentando-me à mesa. Do outro lado, estava o meu pai, sério e concentrado em seu jornal e minha mãe vigiando o relógio. Nos separando, estavam cestas de frutas, jarras de sucos, além de torradas, geleias, e complementos diversos. Mon (Para a burra da Carol, mãe em inglês), estava com um dos seus elegantes vestidos (esse particularmente era algo meio florido), o relógio de ouro no pulso, o qual ela de vez em quando observava. Dad (Adivinha só? É pai), estava como sempre, muito charmoso. Uma blusa polo branca e suas bermudas cáqui.

– Ele realmente gosta de contradizer a gente... Quando é que você vai da um jeito nesse garoto, William? - Dizia Mon, criticando o comportamento de Ângelo, que pra variar, estava atrasado.

Aham, Magda. - Respondeu Dad, por sua vez, sem sequer tirar os olhos do jornal, seu olhar fixo no papel e a voz vaga, o que fez Mon girar seus olhos desgostosamente por todo o jardim. O clima estava chato demais.


– Dad, você vai viajar mais uma vez? Sabe, eu sempre quis ir contigo, parece tão exótico!


– Na próxima querida, na próxima... - Os olhos fixos no jornal, ainda.


– Nada disso Esthefanny. O seu o pai não viaja por lazer. Ah, se fosse eu já teria ido com ele muitas vezes. Mas ele vai a negócios. Não existe a necessidade de um estorvo para atrapalhá-lo. - Disse Mon, com seu meio sorriso em face, fitando-me com aqueles olhinhos penetrantes.

– Humm.... Mas eu realmente queria ir.... Sabe, essa semana foi maravilhosa! O professor passou um trabalho aritmético, e eu ar-ra-sei! Sem contar com os outros, afinal, essa foi "a" semana. - Disse mantendo o suspense sobre os outros, para ver se alguém se interessava. Mas Dad permaneceu lendo o jornal, produzindo um "uhum" que foi tão motivador, que eu preferi esperar por uma reação mais positiva vinda por parte da minha mãe.


– Que bom. - Foi tudo o que ela disse à mim. Lógico que desisti logo de puxar algum assunto com esses dois. E foi observando minha mãe que eu notei o seu rosto elevando-se, observando algo ao longe. E o ódio em seu olhar! Ela parecia que ia cuspir fogo e tostar tudo em cima da mesa. Céus, o que ela estaria vendo? Foi quando me inclinei para trás, e vi Ângelo saindo da casa principal, todo molhado e de box azul marinho. Lindo daquele jeito, há, ele tinha que ser meu irmão.


– Bom dia a todos. - Disse ele, dando um singelo beijo em meu rosto e distribuindo um sorriso radiante a todos. Bom, eu e o Dad sorrimos para ele, mas a Mon continuou com a seriedade em seu estado mais sólido encrostada em sua face.


–Onde estão seus modos, Ângelo?! - Perguntou minha mãe com uma expressão pior do que a fome à Ângelo.


– Ficou no quarto, no bolso da minha calça - Respondeu ele descontraído, arranjando um lugar à mesa. Olhou para o pai, que sequer estava prestando atenção no que acontecia na mesa. Tive a leve impressão de que se ele infartasse, gastaria suas últimas energias terminando de ler o notíciario. Mais o que eu vi a seguir fez com que meus lábios se abrissem em um sorriso.


– Mas o que voc... - Meu pai não teve tempo de segurar o jornal entre os seus dedos, pois Ângelo já havia arrancado e amassado todo a papelada, por fim jogando-o pelas costas. Para completar, deu um sorriso travesso.

– Ângelo! Esse garoto... E a sua viagem à Grécia? Quando acontece? - Perguntou Dad, entre resmungos, no decorrer do desjejum. Fiquei impressionada com a progressão daquela conversa. Ângelo não demorou muito mastigando um pedaço de pão com geléia, e logo tratou de responder.


– Bom, velho, eu ainda tenho que resolver umas paradas...

– Só um minuto. - Disse dad, levantando-se da cadeira, enquanto sacava do bolso da bermuda o seu celular, logo em seguida afastando-se para mais longe, até sumir dentro da casa.

Quando voltei a olhar Ângelo, o descobri mordendo uma maçã como se nada tivesse acontecido. Nossa, ele estava mais bem acostumado à isso do que eu...


Logo após essa enérgica manhã, me deitei e fiquei lendo um pouco de House Of Night. Simplismente AMO essa série, pois pareço a Afrodite. até dar a hora de ir para a minha sessão no spa. Chegado o relaxante momento, me deitei naquela aconchegante maca e deixei que as minhas esteticistas orientais cuidassem de mim com aquelas mãos divinas. Depois de ficar diva, fui para o quarto me arrumar, colocando um vestido preto, justo, que ia até a metade das coxas. Prendi meu cabelo numa meia lua (que particularmente eu achei linda) e sai para dar uma passada na casa do Lipe.


Ao chegar lá, bati na porta da casa e esperei um pouco. Lipe abriu a porta.


– Olá. - Disse ele sem muita energia.

Havia uma agitação muito grande lá dentro da casa, e ao esticar o pescoço por cima do ombro dele constatei que Carol estava desesperada tacando muitas almofadas para o alto, gritando diversas vezes as palavras "cadê", "diário", "droga", entre outras. Me contive o suficiente para não dar gargalhar dela. Não demorou muito e o berreiro se tornou insuportável, tanto que Lipe saiu de uma vez e fechou a porta, encostando-se nela. Me aproximei, abraçando ele e deitando minha cabeça em seu peito. Depois de uns amassos na varanda fomos passear numa pracinha, com as mãos dadas. De repente lembrei-me do nosso futuro passeio ao sítio da minha familia, que ocorreria no carnaval. Fiquei tão contente em relembrar que cheguei a comentar com ele. Lipe, por sua vez, respondeu num desanimo que me deixou preocupada. Depois disso, não perguntei mais muitas coisas, e prosseguimos com a nossa caminnhada até pararmos para descansar. Ali ficamos juntos um pouco e fiquei mais segura ao ver nos beijos dele que o fogo não tinha diminuido. Poxa, deveria ter sido só cisma minha mesmo aquela parada do desanimo... Seria?


Bom, chega de ladainha. Já cansei de escrever nessa porcaria de caderninho. À propósito, Carolzinha, fiz isso só para mostrar que os meus dias glamorusos são muito mais interessantes que os seus. Beijos quentes, da sua amada cunhadinha.

O.B.S.:Pra mostrar que eu sou superior, roubei esse seu diário... Não, me aproveitei do seu descuido e peguei ele no banheiro do hospital. Viu se não fosse por mim? Haha. Pode ficar tranquilinha que eu não li nada não tá? Eu tenho princípios.