Fanfic: Meu Grande Amigo Meu Amor *AyA* Adaptada (Terminada) | Tema: Alfonso e Anahí

- Oi, tia Anahí - saudou uma voz infantil. - Não vai nadar conosco?

Ela abriu os olhos, sentou-se na espreguiçadeira e sorriu para as três garotinhas idênticas em maiôs coloridos.

- Olá, Jéssica, Emily e Alice MacAllister - saudou Anahí. - Vocês estão umas florzinhas nesses maiôs.

- Onde está o seu maiô, tia Anahí? - indagou uma das meninas.

- Aqui, debaixo do robe, mas estou com preguiça de entrar na piscina hoje. Decidi ficar deitada, tomando sol e relaxando. - Na verdade, Anahí tinha a ridícula impressão de que todos perceberiam em um instante sua gravidez caso se mostrasse de biquíni. - Mas, então, trigêmeas lindas de Forest e Jillian, que tal ter seis anos completos?

- E bom - respondeu uma delas, assentindo. - E melhor do que ter cinco, porque podemos ficar mais quinze minutos acordadas à noite.

- Tia Anahí? - chamou outra trigêmea. - Por que chorou tanto no casamento de tia Kara e tio Andrew? Ouvi os soluços. Está triste porque tia Kara e tio Andrew se casaram?

- Oh, não... qual das trigêmeas é você? - indagou Anahí, franzindo o cenho.

- Eu sou Jéssica.

- Não, Jéssica - afirmou Anahí. -Eu não estava triste. - E o seguinte, querida: segundo Kara, os hormônios na gravidez deixam a mulher volúvel e emotiva. Além disso, meu bem, Kara e Andrew obviamente estão tão apaixonados que eu me senti solitária e assustada com o bebê que vou ter e... Foi tudo tão especial e maravilhoso, Jéssica, que as lágrimas vieram, só isso.

- Foram muitas lágrimas - observou Jéssica.

- Sim, bem... - concordou Anahí. - Não querem entrar naquela linda piscina nova? Talvez eu vá mais tarde. Está bem?

- "Tá" - responderam as três, e correram para pular na água.

Anahí recostou-se na espreguiçadeira, fechou os olhos novamente e suspirou.

Vamos nos casar logo.

As palavras de Alfonso ecoavam em seus pensamentos, e implorou para que se dissipassem, deixando-a em paz.

Desposar Alfonso MacAllister não era opção. Quando ele se acalmasse e pensasse melhor, perceberia que tinha sorte por ela não ter agarrado a oferta e marcado uma data na agenda... a caneta.

Francamente, tinha de dar crédito a Alfonso por ter reagido tão bem à notícia da chegada do bebê. Ele não se enervara, não negara a responsabilidade nem agira como um homem acuado, forçado a assumir o papel de pai, um papel que não queria.

Não, não Alfonso. Ele parecia encantado com a ideia, pronto para levá-la ao altar e colocar uma aliança em seu dedo. Era meigo, mas não iria acontecer. Não. De jeito nenhum. Nada justificava se casar com um homem que não a amava e que ela também não amava.

Claro, amava Alfonso, não podia imaginar a vida sem ele, mas como amiga, sem romance. De fato, haviam partilhado uma noite... e o incrível desempenho sexual classificava-se como romantismo ao extremo... mas acontecera, sem quererem.

Não era o tipo de acontecimento que provocava união entre um homem e uma mulher. Não chegava nem perto. Com bebê ou sem, não se comprometeria para sempre com um homem que não passava de um bom amigo.

Deu uma fungadela.

Bolas, ia chorar de novo. Por que estava tão emotiva? Não sabia, não tinha a mínima ideia, mas, daquele jeito, passaria os próximos oito meses com o nariz vermelho e uma dor de cabeça cavalar para combinar com os enjôos que atacavam a qualquer hora.