Fanfic: Meu Grande Amigo Meu Amor *AyA* Adaptada (Terminada) | Tema: Alfonso e Anahí

Alfonso inclinou-se para bem junto dela.

- Meu filho não vai começar a vida acreditando que a felicidade é uma caminhonete, uma garrafa de cerveja e uma mulher ardente, Annie.

Ela riu.

- Esta é a conversa mais insana que já tive. Não há prova nenhuma de que ouvir certo tipo de música ou ler um material específico a um bebê na barriga faça alguma diferença.

- Oh, não sei - interveio uma mulher atrás deles na fila. - Quando estava grávida do meu primeiro filho, meu marido lia a seção policial do jornal para a minha barriga todas as noites. A criança ficou tão preocupada que teve cólicas durante os quatro primeiros meses.

Anahí e Alfonso voltaram-se espantados.

- Estou brincando - adiantou a mulher. - Eu juro, inventei tudo. Vocês, são tão bonitinhos. Sabe, pais de primeira viagem, e eu não resisti. Relaxem e aproveitem o momento. Tenho quatro filhos, e eles sobrevivem a todos os erros. Acreditem, vocês vão cometer vários.

- Oh - lamuriou-se Anahí.

- O próximo - chamou a operadora de caixa. Alfonso empurrou o carrinho e começou a descarregar as mercadorias.

Erros?, pensou Anahí, pousando uma lata de suco de laranja na esteira rolante. Seus pais haviam cometido erros ao criá-la? Se sim, não se lembrava de nenhum naquele instante. Bem, ao completar cinco anos, pedira um bolo em forma de hipopótamo, e eles lhe deram um em forma de dinossauro, mas não ficara traumatizada.

Erros? Ora, esse negócio de maternidade parecia complicado. E se cometesse um erro grave?

- Alfonso?

- Hum? - atendeu ele, sem interromper a tarefa.

- Não sabemos nada sobre bebês - advertiu Anahí. - E se cometermos um erro grande ? Não acha assustador?

- Por que está sussurrando? - sussurrou Alfonso.

- Porque não quero que ninguém na loja saiba que sou uma mãe potencialmente inadequada.

- Não fique estressada, Annie - aconselhou Alfonso. - Não faz bem para o bebê. Vamos nos sair bem. Lemos muito, faremos cursos, podemos pesquisar o clã MacAllister. Céus, há uma porção de crianças na família e são todas umas fofuras.

- Oh? E quando faremos tudo isso? - indagou Anahí. - Você nunca está em casa, lembra-se? Passa mais tempo fora a trabalho do que fica aqui.

- Sacolas de plástico ou cartucho de papel? - indagou a operadora de caixa.

- Papel - respondeu Anahí.

- Plástico - respondeu Alfonso.

- Essa é uma decisão importante na vida de vocês? - ironizou a moça.

- Metade vai em sacola, metade em cartuchos - decidiu Alfonso, rápido.

- Que seja - concordou a funcionária.

- Pare de se preocupar - aconselhou Alfonso a Anahí. - Está cansada.

- Não estou cansada! - exclamou Anahí, arrependida ao se ver alvo de olhares. - Desisto. Preciso de uma soneca.

Alfonso gabou-se:

- Vá por mim, Annie, estou entendendo como esse negócio de gravidez funciona.

Oh, sim, pensou Anahí, com um suspiro cansado. Definitivamente, acataria as diretrizes de Alfonso, até entender melhor aquilo com que estava lidando. Afinal, os amigos serviam para estar presentes, para dar apoio emocional nos momentos de crise.