Fanfic: Meu Grande Amigo Meu Amor *AyA* Adaptada (Terminada) | Tema: Alfonso e Anahí

Quando Alfonso saiu do apartamento e fechou a porta, fez-se silêncio, e Anahí franziu o cenho.

- Bem, aqui estamos nós, Ângela Jane. Quer ver Casablanca? Ângela Jane... o quê? Seu pai e eu não decidimos como vai ficar o sobrenome. Ângela Jane Henderson-MacAllister? Que nomão para uma garotinha. Oh, bem, há tempo para pensarmos nisso.

Fitou a árvore de Natal.

Se as coisas fossem diferentes, podiam se chamar todos MacAllister. Uma família. Anahí, Alfonso e Ângela MacAllister. Uma família. Pai, mãe e bebê. Marido, esposa e filha. Não, não valia a pena debater-se com o que não aconteceria.

- Não devaneie, Anahí - aconselhou-se, e pegou uma revista da pilha a seu lado. - Oh, veja estas delícias de Natal! Esqueça. Vou assistir ao meu filme...

Mais tarde naquela noite, Anahí sorriu ao desligar o telefone após conversar com Alfonso. Apagou o abajur e mexeu-se na cama até encontrar uma posição confortável.

Alfonso parecera tão satisfeito consigo mesmo, pensou, fitando a escuridão. O especialista com quem ele se encontrara ia conversar com a esposa sobre a possibilidade de se mudarem para Ventura, um plano bom, considerando que a família já se cansara dos invernos de Minnesota.

Divertiu Alfonso contando-lhe tudo o que fizera desde que ele partira, detalhando cada porção de refeição sem sal que ingerira.

A trivialidade de San Francisco era ótima. Havia 336 covinhas em uma bola de golfe comum. Fascinante. Alfonso com certeza era um mestre das trivialidades.

Bocejou, sentiu as pálpebras pesadas e adormeceu.

Três horas depois, Anahí abriu os olhos e imaginou vagamente por que despertara. No momento seguinte, perdeu o fôlego ante a dor que lhe atravessou o corpo.

Quando a pontada diminuiu, respirou fundo e tentou se acalmar.

O que quer que fosse, acabara. Podia relaxar e voltar a dormir...

- Oh! - exclamou, ao sentir outra pontada atroz.

Agarrou-se ao cobertor com força até a agonia terminar e, então, sentou-se na cama. Ao levantar-se, um fluxo de líquido ensopou sua camisola e o carpete.

- Oh, céus, não! - sussurrou. - A bolsa de água se rompeu. - Levou a mão à barriga. - Angela, não, ainda não, querida. E muito cedo. Você não pode chegar ainda. Alfonso. Oh, céus, Alfonso, preciso de você. Por favor, Alfonso.

Acalme-se, Anahí, convenceu-se, enquanto acendia a luz.

Sentou-se na beirada da cama, abriu a agenda e pegou o telefone, trêmula. Teclou os números, errou, lamuriou-se e tentou mais uma vez. Kara atendeu logo:

- Dra. MacAllister.

- Kara? É Anahí. Oh, Kara, minha bolsa de água se rompeu e estou tendo dores agudas, é muito cedo para Angela nascer e...

- Calma, calma. Peça a Alfonso para levá-la ao hospital imediatamente. A gente se encontra lá.

- Alfonso não está aqui... Teve de ir a San Francisco rápido. Ele não está aqui, Kara!

- Está bem. Anahí, não se desespere, ouviu? Vou mandar uma ambulância aí. É o modo mais seguro. Destranque a porta para que os paramédicos possam entrar. Não se incomode em se vestir, apenas troque a camisola. Está entendendo?

- Destranque a porta. Camisola nova - repetiu Anahí, assentindo. - Mas e o bebê? Ela não devia nascer ainda, Kara.

- Ângela obviamente não quer perder a festa de Natal - brincou Kara. - Vou estar com a equipe especializada em alerta, Annie. Ângela vai receber o melhor atendimento possível, prometo. Agora, desligue para darmos início ao show.

- Está bem... até.

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