Fanfic: Acompanhada pelo Frio | Tema: American Horror Story

Pude ver suas bochechas corando, o que me surpreendeu. Ele não era o tipo de pessoa que se envergonhasse fácil. Na verdade, Tate era bem espontâneo, dizia tudo o que pensava. Ele era muito sem-vergonha, na verdade, brincava com tudo.

E aí, pude sentir minhas bochechas corando: desta vez ele não estava brincando. Tudo isso se passou em segundos, de novo. É incrível como as coisas entre nós rolavam tão rápido. Desde o primeiro dia em que a gente se viu. O que aconteceu em seguida foi mais rápido ainda. Se você piscasse, veria, em um minuto, dois adolescentes com as bochechas coradas, e no outro, um só, unidos por um beijo. Só que dessa vez, a idéia do beijo veio de mim.

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Era algo que eu não esperava fazer, e se eu pensasse, certamente não faria. No que eu estava pensando? Sinceramente não sei. Não sei como em um minuto estou disposta a esquecer essa história de beijo e manda-lo esquecer também e no outro, estou eu mesma me jogando em cima dele.

Bom, eu estava confusa, e tudo passava pela minha cabeça, enquanto eu estava lá com ele. Mas eu não ia me permitir parar.

Infelizmente, acabou que eu, instintivamente fui fazer aquela coisa estúpida que fazem nos filmes, de levantar o pézinho e tal. Teria ficado até romântico... Se eu não tivesse me desequilibrado e feito com que ele batesse a cabeça nas rochas (que eu só me dei conta que estavam ali naquele constrangedor momento).

Se você tivesse passando a 1 km de distância daquele lugar, ouviria o gemido de dor que ele fez. Exagero? Talvez um pouco. Mas isso ainda não tira o peso da burrice que eu havia feito.

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Eu já estava mal, com toda essa situação. Depois que eu ouvi o baque da cabeça dele contra a parede de rochas, e vi ele se separando de mim para passar sua mão pela cabeça, eu literalmente não sabia onde esconder a cara. Pensava até na idéia de fugir para o mar e nunca mais voltar. E ele definitivamente não me ajudou quando começou a rir da minha cara.

Se eu já estava nervosa antes, ele me fez ter vontade de enforcá-lo com um pedaço de alga, ou talvez afogá-lo no mar. Não sou nenhum exemplo de autocontrole, de qualquer maneira, e ele sabe disso, então, provavelmente, a pancada foi tão grande que ele perdeu a noção do perigo.

Mas no fundo, eu sabia que não podia culpar ele por rir de mim. Além do mais, minha cara de zangada não ajudava em nada a tirar o sorriso da cara dele. Tudo o que ele podia fazer naquele momento era rir, rir da minha completa pateticidade.