Fanfic: Acompanhada pelo Frio | Tema: American Horror Story

- Sim, eu quero. – eu disse, quase inaudível.

- Eu não te ouvi direito. Você disse que eu sou o menino mais lindo, inteligente e gostoso que você já conheceu? – ele disse, zombando de mim. Talvez um pouco aliviado por eu ter dito sim? – Não posso discordar de você, esquisita. Mas tente parar de babar por mim e me responder, ok?

- Mais convencido, impossível, não?

- Me responda. – ele disse, mantendo um falso tom autoritário na voz.

- Vai-te-ferrar. Já não disse uma vez?

- Não vai me responder? – ele levantou as sobrancelhas. Em um segundo, já estava de pé, e no outro, me carregava em direção ao mar. – Não vai me responder mesmo? Tem certeza? – ele disse, ameaçando me derrubar na água gelada. – Porque levar uma garota seca ou uma molhada para casa não faz diferença para mim.

- Você não faria isso. Agora, me ponha no chão.

- Não? – ele me soltou, mas antes que eu pudesse atingir a água, me agarrou de volta. – Tem certeza?

- PAAAAAAAAAAAAAAAAARA. Não me derruba. Agora, se eu fizer o que você pediu, você me põe de volta na areia?

- Eu prom...

- SECA!

- Estragou minha diversão – ele disse, rolando os olhos. – Mas se você disser, eu cumpro minha palavra.

- Eu... Suzanne...Não-amo-o-Tate.

- Muito engraçado, espertinha.

Pude ver seu sorriso, pouco tempo antes de sentir o gosto salgado do mar em minha boca. Ele havia me soltado, obviamente. Mas eu não podia reclamar. Eu adoro o mar. E sou tão boa nele quanto um peixe.

Antes que ele pudesse se dar conta do que estava acontecendo, eu já estava embaixo dele, escondida pela ondas, pronta para arrasta-lo para baixo comigo.

- Surpresa! – disse, puxando seus pés.

 Seu equilíbrio foi rapidamente perdido, e ele havia caído em cima de mim. Por sorte, as ondas o fizeram boiar, o que aliviou em parte o impacto de nossos corpos. E antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, saí nadando, em direção ao meio do mar, e depois, de volta para outra parte da praia.

- Sério? Você nada? – ele disse, me seguindo, claramente não tão acostumado a nadar quanto eu.

- Não. Eu estou voando na água, não viu? – respondi, zombeteira, sentando na areia e puxando a água de meus cabelos.

Sentando do meu lado, um pouco de tempo depois, claramente cansado do “exercício”, ele respondeu

- Não precisava ser tão grossa. - ele disse, rindo.

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Ficamos em silêncio, no caminho de volta para a minha casa. Até que ele foi quebrado pelas suas palavras, à beira da minha janela:

- Estamos empatados, então.

- Empatados no quê? – fui obrigada a falar um pouco mais alto, já que ele já estava a uma distância considerável de mim.

- Bom, eu, claramente, sou o rosto bonito no nosso relacionamento... E você, é a atleta. – ele disse, antes de sumir de vista.

Essas palavras me deixaram parada, por alguns minutos. Elas me davam a certeza de duas coisas: 1) ele deixou claro que estávamos em um relacionamento; e 2) esse relacionamento não afetou em nada o jeito como nós conversávamos, nem o jeito que ele me tratava.

E eu fui dormir completamente feliz.